Videovigilância avariada em Tancos há cinco anos, diz deputado do Bloco

15-07-2018
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O deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos disse, esta sexta-feira, no Parlamento, que a videovigilância na base militar de Tancos está avariada há cinco anos.

João Vasconcelos disse que, durante os trabalhos da comissão de Defesa Nacional, "ficámos a saber” que a avaria na videovigilância dos Paióis Nacionais de Tancos não dura há dois anos, mas há cinco. João Vasconcelos não divulgou quem deu essa informação aos deputados.

As declarações do deputado bloquista foram feitas no debate da comissão parlamentar de Defesa Nacional, onde o ministro Azeredo Lopes prestou esclarecimentos sobre o furto de material militar da base de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém.

Confiança no CEME

O ministro da Defesa manifestou confiança no chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, afirmando que em nenhuma circunstância deve ser demitido, exortando os deputados a ficarem "contentes" com a actual chefia.

"Não deve em nenhuma circunstância ser demitido o CEME [chefe do Estado-Maior do Exército]. Alguém com esta capacidade, pelo contrário, deviam estar muito contentes com esta chefia, com a forma como está a enfrentar os problemas e como desta forma está a ajudar Portugal", disse.

O ministro respondia ao deputado do BE João Vasconcelos, que questionou Azeredo Lopes sobre se mantém a confiança no CEME.

Antes, Azeredo Lopes frisou que foi falando com o CEME "sobre o evoluir dos acontecimentos" e que o general Rovisco Duarte lhe entregou o primeiro relatório preliminar ainda na sexta-feira passada.

Desde que iniciou funções, disse, o "CEME teve de enfrentar situações muito difíceis e enfrentou-as sempre de forma exemplar e com honra".

Questionado pelo deputado do PSD Costa Neves sobre a decisão do CEME de exonerar os comandantes das cinco unidades que tinham a responsabilidade de indicar efectivos para a segurança rotativa dos Paióis, Azeredo Lopes disse que "registou" as exonerações.

O general Rovisco Duarte foi duramente criticado pelo deputado do CDS João Rebelo: "Ontem [quinta-feira], o CEME não prestou um bom serviço e esteve a desculpar-se com o sargento que não fez as rondas e com os comandantes das unidades", criticou João Rebelo, referindo-se aos esclarecimentos prestados pelo general na comissão parlamentar de Defesa.

"Desinvestimento" não explica

Azeredo Lopes recusa qualquer responsabilidade política do furto de armamento de guerra guardado na base militar de Tancos, na semana passada. "A segurança dos paióis é do domínio administrativo e de gestão. É tipicamente uma questão que cabe aos ramos", disse.

O ministro da Defesa rejeitou também que as falhas na protecção de material militar possam ser justificadas com desinvestimento ou falta de efectivos e reiterou que não foi informado de qualquer problema de insegurança.

Para o governante seria "insultar as Forças Armadas" relacionar falhas e deficiências na protecção de material militar com qualquer "desinvestimento" ou falta de efectivos.

O ministro da Defesa rejeitou que o furto "resulte de constrangimentos severos", considerando que essa interpretação levaria a "um problema significativo de soberania". "Tenho confiança na instituição militar para corrigir as deficiências que se verificaram neste caso em Tancos", disse.

Azeredo Lopes afirmou, em resposta ao deputado do PS Miguel Medeiros, que "não foi informado directa ou indirectamente" de "qualquer situação que permitisse antever o que veio a acontecer em 28 de Junho".

O ministro confrontou ainda os deputados com o facto de ter recebido 503 perguntas e requerimentos no âmbito da fiscalização política do Parlamento ao governo e nenhum referia preocupações com as instalações militares de Tancos.

Azeredo Lopes garantiu ainda aos deputados que não teve qualquer intervenção no processo aberto depois do furto em Tancos. O caso está a ser conduzido pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas.

O ministro acrescentou que o recurso a segurança privada em instalações das Forças Armadas ocorre desde 2009, mas garantiu que estes não têm qualquer missão em bases operacionais.

Em resposta ao deputado comunista Jorge Machado sobre a divulgação por parte de um jornal espanhol da lista do material furtado, Azeredo Lopes referiu que “não sabe como é que o documento foi revelado. Não posso dizer que primeiro chegou a Espanha e depois é que chegou ao jornal espanhol. Aliás essa informação já tinha sido revelada por um jornal português”.

O deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos disse, esta sexta-feira, no Parlamento, que a videovigilância na base militar de Tancos está avariada há cinco anos.

João Vasconcelos disse que, durante os trabalhos da comissão de Defesa Nacional, "ficámos a saber” que a avaria na videovigilância dos Paióis Nacionais de Tancos não dura há dois anos, mas há cinco. João Vasconcelos não divulgou quem deu essa informação aos deputados.

As declarações do deputado bloquista foram feitas no debate da comissão parlamentar de Defesa Nacional, onde o ministro Azeredo Lopes prestou esclarecimentos sobre o furto de material militar da base de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém.

Confiança no CEME

O ministro da Defesa manifestou confiança no chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, afirmando que em nenhuma circunstância deve ser demitido, exortando os deputados a ficarem "contentes" com a actual chefia.

"Não deve em nenhuma circunstância ser demitido o CEME [chefe do Estado-Maior do Exército]. Alguém com esta capacidade, pelo contrário, deviam estar muito contentes com esta chefia, com a forma como está a enfrentar os problemas e como desta forma está a ajudar Portugal", disse.

O ministro respondia ao deputado do BE João Vasconcelos, que questionou Azeredo Lopes sobre se mantém a confiança no CEME.

Antes, Azeredo Lopes frisou que foi falando com o CEME "sobre o evoluir dos acontecimentos" e que o general Rovisco Duarte lhe entregou o primeiro relatório preliminar ainda na sexta-feira passada.

Desde que iniciou funções, disse, o "CEME teve de enfrentar situações muito difíceis e enfrentou-as sempre de forma exemplar e com honra".

Questionado pelo deputado do PSD Costa Neves sobre a decisão do CEME de exonerar os comandantes das cinco unidades que tinham a responsabilidade de indicar efectivos para a segurança rotativa dos Paióis, Azeredo Lopes disse que "registou" as exonerações.

O general Rovisco Duarte foi duramente criticado pelo deputado do CDS João Rebelo: "Ontem [quinta-feira], o CEME não prestou um bom serviço e esteve a desculpar-se com o sargento que não fez as rondas e com os comandantes das unidades", criticou João Rebelo, referindo-se aos esclarecimentos prestados pelo general na comissão parlamentar de Defesa.

"Desinvestimento" não explica

Azeredo Lopes recusa qualquer responsabilidade política do furto de armamento de guerra guardado na base militar de Tancos, na semana passada. "A segurança dos paióis é do domínio administrativo e de gestão. É tipicamente uma questão que cabe aos ramos", disse.

O ministro da Defesa rejeitou também que as falhas na protecção de material militar possam ser justificadas com desinvestimento ou falta de efectivos e reiterou que não foi informado de qualquer problema de insegurança.

Para o governante seria "insultar as Forças Armadas" relacionar falhas e deficiências na protecção de material militar com qualquer "desinvestimento" ou falta de efectivos.

O ministro da Defesa rejeitou que o furto "resulte de constrangimentos severos", considerando que essa interpretação levaria a "um problema significativo de soberania". "Tenho confiança na instituição militar para corrigir as deficiências que se verificaram neste caso em Tancos", disse.

Azeredo Lopes afirmou, em resposta ao deputado do PS Miguel Medeiros, que "não foi informado directa ou indirectamente" de "qualquer situação que permitisse antever o que veio a acontecer em 28 de Junho".

O ministro confrontou ainda os deputados com o facto de ter recebido 503 perguntas e requerimentos no âmbito da fiscalização política do Parlamento ao governo e nenhum referia preocupações com as instalações militares de Tancos.

Azeredo Lopes garantiu ainda aos deputados que não teve qualquer intervenção no processo aberto depois do furto em Tancos. O caso está a ser conduzido pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas.

O ministro acrescentou que o recurso a segurança privada em instalações das Forças Armadas ocorre desde 2009, mas garantiu que estes não têm qualquer missão em bases operacionais.

Em resposta ao deputado comunista Jorge Machado sobre a divulgação por parte de um jornal espanhol da lista do material furtado, Azeredo Lopes referiu que “não sabe como é que o documento foi revelado. Não posso dizer que primeiro chegou a Espanha e depois é que chegou ao jornal espanhol. Aliás essa informação já tinha sido revelada por um jornal português”.

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