Ladrões de Bicicletas: Vende-pátrias ou vampiros?

22-05-2019
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Se o criminoso de guerra Blair acumulou um património imobiliário avaliado em 27 milhões de libras, porque não poderá Durão Barroso tentar fazer algo de mérito equivalente?

Se o político mais poderoso nesta ordem europeia pós-democrática, Mario Draghi, foi vice-presidente da Goldman Sachs antes de ir para o BCE, porque não poderá o antigo Presidente da Comissão Europeia ser agora presidente não-executivo nesta multinacional financeira?

Se há toda uma tradição de venalidade em instituições europeias, criadas para obstaculizar a democracia e servir os grandes negócios, com predomínio da finança nas últimas décadas, porque não poderá Barroso, no fundo um conservador, continuar uma já vetusta prática que diz tudo sobre a disposição inscrita na integração realmente existente?

Se os resgates à periferia não passaram de socializações das perdas dos grandes bancos internacionais, baseados no centro, porque não poderão alguns dos seus responsáveis políticos continuar a fazer política por outros, e mais lucrativos, meios?

Porque não? Afinal de contas, estamos no século XXI e este é o capitalismo realmente existente, feito de vencedores e de vencidos. E a estes últimos, quando reagem em modo de contramovimento, só lhes resta serem apodados de racistas, de ignorantes, pelos primeiros e pelo seu cortejo de intelectuais de serviço.

De Maria Luís Albuquerque a Durão Barroso, querem que nos habituemos a uma ordem que não acontece apenas neste país, mas que destrói este país.

Vende-pátrias é um termo que incomoda? Habituem-se: vende-pátrias é o termo mais rigoroso para os protagonistas de uma econonomia política ainda dominante, mas tenho de reconhecer que vampiros é uma boa alternativa metafórica.


Se o criminoso de guerra Blair acumulou um património imobiliário avaliado em 27 milhões de libras, porque não poderá Durão Barroso tentar fazer algo de mérito equivalente?

Se o político mais poderoso nesta ordem europeia pós-democrática, Mario Draghi, foi vice-presidente da Goldman Sachs antes de ir para o BCE, porque não poderá o antigo Presidente da Comissão Europeia ser agora presidente não-executivo nesta multinacional financeira?

Se há toda uma tradição de venalidade em instituições europeias, criadas para obstaculizar a democracia e servir os grandes negócios, com predomínio da finança nas últimas décadas, porque não poderá Barroso, no fundo um conservador, continuar uma já vetusta prática que diz tudo sobre a disposição inscrita na integração realmente existente?

Se os resgates à periferia não passaram de socializações das perdas dos grandes bancos internacionais, baseados no centro, porque não poderão alguns dos seus responsáveis políticos continuar a fazer política por outros, e mais lucrativos, meios?

Porque não? Afinal de contas, estamos no século XXI e este é o capitalismo realmente existente, feito de vencedores e de vencidos. E a estes últimos, quando reagem em modo de contramovimento, só lhes resta serem apodados de racistas, de ignorantes, pelos primeiros e pelo seu cortejo de intelectuais de serviço.

De Maria Luís Albuquerque a Durão Barroso, querem que nos habituemos a uma ordem que não acontece apenas neste país, mas que destrói este país.

Vende-pátrias é um termo que incomoda? Habituem-se: vende-pátrias é o termo mais rigoroso para os protagonistas de uma econonomia política ainda dominante, mas tenho de reconhecer que vampiros é uma boa alternativa metafórica.

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