Governo promete estar atento ao Parlamento da Saúde e dar seguimento às melhores sugestões

30-07-2017
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O entusiasmo fez-se sentir hoje no auditório B da Reitoria da Universidade Nova, em Lisboa, assim que às nove da manhã começaram a reunir-se os deputados do Health Parliament Portugal (HPP) para participarem naquele que foi o primeiro plenário do Parlamento da Saúde, projeto do Expresso, Janssen, Universidade Nova e Microsoft, com o alto patrocínio da Presidência da República, que culminará, em Junho, com recomendações para o futuro das políticas de saúde no país.

Manuel Delgado, Secretário de Estado da Saúde, abriu a sessão salientando isso mesmo - o entusiasmo da sala cheia - para a seguir fazer uma viagem pela evolução do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em homenagem à maior conquista "nas políticas públicas depois de abril". Acentuando a ideia de que em 1970 apenas 2% do PIB era para a saúde por oposição aos 8,9% de 2015, o secretário de Estado pôs também o ponteiro nos problemas que ainda têm que ser resolvidos. Manuel Delgado deixou aos parlamentares do HPP a garantia de que o Governo será um "observador atento" dos planos de trabalhos, que há uma porta aberta para a colaboração e que fica a promessa de, dentro de seis meses, "dar seguimento a algumas das sugestões.

Dá-se então início à discussão na especialidade com o tema “O doente no centro da decisão”. Elsa Frazão Mateus, diretora Eupati Portugal, explicou, com propriedade, o que é ser uma doente no centro da decisão, congratulando-se pela inovação de, em Portugal, trazerem o doente para o debate, numa perspectiva de “nothing about us, without us”. Elsa Mateus apontou ainda pontos específicos que afastam o doente e que criam uma barreira na relação com o profissional de saúde.

Isabel Galriça Neto, falou como médica, professora e deputada. Disse que há que mudar as relações que os médicos têm com os doentes e apostar na formação para que depois a práticas possam refletir esta gestão.

Henrique Martins, Presidente do SPMS e da comissão de “Tecnologias da Informação em Saúde”, focou-se na inteligência colectiva: “Já não há certo nem errado, há tonalidades de certo e de errado”, concluiu. Joaquim Cunha, presidente do Health Cluster Portugal, da comissão de “Economia do Conhecimento” trouxe à mesa uma nova visão de saúde “enquanto motor de desenvolvimento que gera riqueza e exportações.” A esta perspectiva juntou o facto de que “Portugal exporta mais saúde que vinho”. Maria Antónia Almeida Santos, deputada da assembleia da república, pediu aos parlamentaristas do HPP que se lembrassem que são eles que agora têm de dar medidas para potenciar a economia do conhecimento: “A saúde cria riqueza. Mas como? Que medidas querem propor?”

À tarde, os parlamentares discutiram “Saúde Mental”. Álvaro Carvalho, Diretor do Programa Nacional Para a Saúde Mental, lembrou que falta muita informação principalmente quando, actualmente, a depressão é a primeira causa de incapacidade nos países desenvolvidos. No fim, e por considerar “não haver saúde sem saúde mental”, espera que saiam do HPP decisões práticas para capacitar a sociedade civil.

O último orador do primeiro plenário trouxe com ele a boa disposição, provocando gargalhadas, aplausos e elogios da plateia. Jorge Soares, Presidente do Conselho Nacional para as Ciências da Vida - que inclusive chamou para junto de si na mesa uma das deputadas encarregues de apresentar recomendações na temática da “Ética” - sublinhou que o caminho a trilhar no futuro passar por colocar a discussão da ética numa óptica quotidiana. Lembrou aos jovens deputados – com idades entre os 21 e os 40 anos - que “a saúde não tem um preço. Mas tem um custo. É uma área de negócio.”

A sessão terminou com a história e as memórias de um português que participou no European Health Parliament 2016, Guilherme Monteiro Ferreira. Isto depois de ter sido eleito o presidente do HPP Portugal, neste caso uma presidente. Ana Castro, com 18 dos 49 votos dos seus pares que estiveram no primeiro plenário, foi a parlamentarista mais votada, dos quatro candidatos ao cargo. Ana Castro escolheu o grupo “Barreiras aos Cuidados de Saúde” e trabalha no Hospital de Santo António, no Porto. Frase de discurso de posse: “Meter o Health Parliament na agenda mediática e política do país”.

O Governo está atento.

O entusiasmo fez-se sentir hoje no auditório B da Reitoria da Universidade Nova, em Lisboa, assim que às nove da manhã começaram a reunir-se os deputados do Health Parliament Portugal (HPP) para participarem naquele que foi o primeiro plenário do Parlamento da Saúde, projeto do Expresso, Janssen, Universidade Nova e Microsoft, com o alto patrocínio da Presidência da República, que culminará, em Junho, com recomendações para o futuro das políticas de saúde no país.

Manuel Delgado, Secretário de Estado da Saúde, abriu a sessão salientando isso mesmo - o entusiasmo da sala cheia - para a seguir fazer uma viagem pela evolução do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em homenagem à maior conquista "nas políticas públicas depois de abril". Acentuando a ideia de que em 1970 apenas 2% do PIB era para a saúde por oposição aos 8,9% de 2015, o secretário de Estado pôs também o ponteiro nos problemas que ainda têm que ser resolvidos. Manuel Delgado deixou aos parlamentares do HPP a garantia de que o Governo será um "observador atento" dos planos de trabalhos, que há uma porta aberta para a colaboração e que fica a promessa de, dentro de seis meses, "dar seguimento a algumas das sugestões.

Dá-se então início à discussão na especialidade com o tema “O doente no centro da decisão”. Elsa Frazão Mateus, diretora Eupati Portugal, explicou, com propriedade, o que é ser uma doente no centro da decisão, congratulando-se pela inovação de, em Portugal, trazerem o doente para o debate, numa perspectiva de “nothing about us, without us”. Elsa Mateus apontou ainda pontos específicos que afastam o doente e que criam uma barreira na relação com o profissional de saúde.

Isabel Galriça Neto, falou como médica, professora e deputada. Disse que há que mudar as relações que os médicos têm com os doentes e apostar na formação para que depois a práticas possam refletir esta gestão.

Henrique Martins, Presidente do SPMS e da comissão de “Tecnologias da Informação em Saúde”, focou-se na inteligência colectiva: “Já não há certo nem errado, há tonalidades de certo e de errado”, concluiu. Joaquim Cunha, presidente do Health Cluster Portugal, da comissão de “Economia do Conhecimento” trouxe à mesa uma nova visão de saúde “enquanto motor de desenvolvimento que gera riqueza e exportações.” A esta perspectiva juntou o facto de que “Portugal exporta mais saúde que vinho”. Maria Antónia Almeida Santos, deputada da assembleia da república, pediu aos parlamentaristas do HPP que se lembrassem que são eles que agora têm de dar medidas para potenciar a economia do conhecimento: “A saúde cria riqueza. Mas como? Que medidas querem propor?”

À tarde, os parlamentares discutiram “Saúde Mental”. Álvaro Carvalho, Diretor do Programa Nacional Para a Saúde Mental, lembrou que falta muita informação principalmente quando, actualmente, a depressão é a primeira causa de incapacidade nos países desenvolvidos. No fim, e por considerar “não haver saúde sem saúde mental”, espera que saiam do HPP decisões práticas para capacitar a sociedade civil.

O último orador do primeiro plenário trouxe com ele a boa disposição, provocando gargalhadas, aplausos e elogios da plateia. Jorge Soares, Presidente do Conselho Nacional para as Ciências da Vida - que inclusive chamou para junto de si na mesa uma das deputadas encarregues de apresentar recomendações na temática da “Ética” - sublinhou que o caminho a trilhar no futuro passar por colocar a discussão da ética numa óptica quotidiana. Lembrou aos jovens deputados – com idades entre os 21 e os 40 anos - que “a saúde não tem um preço. Mas tem um custo. É uma área de negócio.”

A sessão terminou com a história e as memórias de um português que participou no European Health Parliament 2016, Guilherme Monteiro Ferreira. Isto depois de ter sido eleito o presidente do HPP Portugal, neste caso uma presidente. Ana Castro, com 18 dos 49 votos dos seus pares que estiveram no primeiro plenário, foi a parlamentarista mais votada, dos quatro candidatos ao cargo. Ana Castro escolheu o grupo “Barreiras aos Cuidados de Saúde” e trabalha no Hospital de Santo António, no Porto. Frase de discurso de posse: “Meter o Health Parliament na agenda mediática e política do país”.

O Governo está atento.

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