PCP ao ataque: uns partidos juntam “com o bico” e o Bloco espalha “com as patas”

22-09-2016
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O líder parlamentar do PCP veio sugerir, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no jornal “Avante!”, que uns partidos que fazem parte da atual solução governativa andam a “juntar com o bico”, enquanto o Bloco se entretém a “espalhar com as patas”. Esta é mais uma crítica dos comunistas àquilo que consideram ser a excessiva sede de protagonismo dos bloquistas.

A propósito da polémica sobre o eventual novo imposto sobre o património de luxo e o anúncio feito pela deputada bloquista Mariana Mortágua, João Oliveira titula o texto com a frase final: “Ainda que, às vezes, pareça que andam uns a juntar com o bico e outros a espalhar com as patas…”.

“Uma medida que pode contribuir para maior justiça fiscal fazendo cobrar mais impostos a uma minoria de contribuintes que tem património de valor mais elevado foi transformada, com o inestimável contributo do Bloco de Esquerda, numa ameaça à generalidade dos contribuintes a partir da especulação sobre o número e valor dos imóveis a abranger, do destino que é dado ao imóvel e de outros elementos por definir”, acusa João Oliveira.

“Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto”, defende o deputado comunista.

Para o líder da bancada parlamentar do PCP, estes são os “critérios que levarão à apreciação sobre o Orçamento do Estado” por parte do seu partido. Tudo que Bloco (e também PS) esqueceram quando se apressaram a anunciar uma medida que não está sequer fechada.

“O saldo do que aconteceu na última semana, depois do apressado anúncio feito pelo BE e confirmado pelo PS a propósito do imposto sobre o património imobiliário de valor elevado, confirma que posturas e critérios errados não se limitam apenas a criar dificuldades a boas medidas que podem ser tomadas, oferecem ainda de bandeja a outros (neste caso, a PSD e CDS) a oportunidade de branquearem as suas opções”, pode ler-se no artigo de opinião escrito por João Oliveira.

O comunista vinca, de resto, que “uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo” e “está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão”.

“Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo -, o Bloco de Esquerda procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção”, acusa o parlamentar comunista.

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O líder parlamentar do PCP veio sugerir, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no jornal “Avante!”, que uns partidos que fazem parte da atual solução governativa andam a “juntar com o bico”, enquanto o Bloco se entretém a “espalhar com as patas”. Esta é mais uma crítica dos comunistas àquilo que consideram ser a excessiva sede de protagonismo dos bloquistas.

A propósito da polémica sobre o eventual novo imposto sobre o património de luxo e o anúncio feito pela deputada bloquista Mariana Mortágua, João Oliveira titula o texto com a frase final: “Ainda que, às vezes, pareça que andam uns a juntar com o bico e outros a espalhar com as patas…”.

“Uma medida que pode contribuir para maior justiça fiscal fazendo cobrar mais impostos a uma minoria de contribuintes que tem património de valor mais elevado foi transformada, com o inestimável contributo do Bloco de Esquerda, numa ameaça à generalidade dos contribuintes a partir da especulação sobre o número e valor dos imóveis a abranger, do destino que é dado ao imóvel e de outros elementos por definir”, acusa João Oliveira.

“Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto”, defende o deputado comunista.

Para o líder da bancada parlamentar do PCP, estes são os “critérios que levarão à apreciação sobre o Orçamento do Estado” por parte do seu partido. Tudo que Bloco (e também PS) esqueceram quando se apressaram a anunciar uma medida que não está sequer fechada.

“O saldo do que aconteceu na última semana, depois do apressado anúncio feito pelo BE e confirmado pelo PS a propósito do imposto sobre o património imobiliário de valor elevado, confirma que posturas e critérios errados não se limitam apenas a criar dificuldades a boas medidas que podem ser tomadas, oferecem ainda de bandeja a outros (neste caso, a PSD e CDS) a oportunidade de branquearem as suas opções”, pode ler-se no artigo de opinião escrito por João Oliveira.

O comunista vinca, de resto, que “uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo” e “está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão”.

“Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo -, o Bloco de Esquerda procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção”, acusa o parlamentar comunista.

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