Sobretaxa e salários da função pública. César dá como “assegurado” apoio do PCP e BE

12-11-2015
marcar artigo

O líder parlamentar do PS, Carlos César, acredita que não haverá problemas à esquerda para a aprovação das medidas extraordinárias a aprovar até ao final do ano, que incluem a reposição dos cortes dos salários dos funcionários públicos gradualmente em 2016 e a redução da sobretaxa de IRS em dois anos. As medidas ainda não estão asseguradas, uma vez que não estão preto no branco nos acordos assinados, mas Carlos César garante que estão no programa do PS que tem o acordo do PCP, BE e PEV:

“Estas medidas decorrem, como sabem do programa de Governo do PS. A nossa forma de trabalhar no Parlamento será de coordenação com os partidos que apoiam o Governo. É isso que resulta do acordo que celebrámos. [Essas medidas] têm esse potencial de sucesso previamente assegurado, não obstante o diálogo e a concertação ser uma tarefa diária. Não há nenhuma razão para pensarmos que essas iniciativas não terão o seu vencimento“, disse aos jornalistas no final da reunião do grupo parlamentar socialista.

O socialista não se quis alongar sobre o voto do PCP e BE, dizendo que não lhe competia revelar sentidos de voto. Certo é que nos acordos assinados, estas duas medidas não constam como acordadas. Nos textos do PCP e do PEV é dito que houve acordo quanto aos objetivos, mas não quanto ao desenho. Contudo, de acordo com conversas feitas ontem ao Observador, não deverá haver problemas na sua aprovação. Apesar de não estar escrito no acordo, os comunistas preferirão o mal menor: entre a medida da maioria ou a gestão por duodécimos, que levaria, na opinião do PCP a manter os cortes atuais, os comunistas deverão aprovar a proposta socialista.

Já o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, não revelando sentido de voto, disse ao Observador que “não há divergências” quanto a estas matérias. Para assegurar as conversas permanentes à esquerda, o PS destacou um vice-presidente para estar em permanente diálogo com PCP e BE.

Estas matérias estão agendadas para discussão no dia 26 de novembro, mas podem ser reagendadas. Tudo depende da decisão do Presidente da República. César não tem dúvidas que Cavaco Silva vai dar posse ao Governo do PS: “A sucessão normal no plano institucional do que tem acontecido é a indicação de António Costa como primeiro-ministro. Não há nenhuma razão e não temos nenhum indício que a normalidade não continue a pautar a evolução política do nosso país. E de resto as próprias entidades externas esperam isso. O único motivo de intranquilidade que hoje nós detetamos não é a perspetiva de um Governo do PS, é a demora de funcionamento do Governo PS”, disse.

César pede empenho a empresários

O líder parlamentar do PS aproveitou ainda o final da reunião do grupo parlamentar para responder ao presidente da CIP, António Saraiva, dizendo que os patrões podem estar descansados porque o “PS coloca nas suas prioridades a concertação social”.

César responde a patrões. Pede-lhes empenho e diz que podem estar descansados quanto à concertação social pic.twitter.com/zO91VMUutF — Liliana Valente (@LilianaValente) November 12, 2015

Continuar a ler

O líder parlamentar do PS, Carlos César, acredita que não haverá problemas à esquerda para a aprovação das medidas extraordinárias a aprovar até ao final do ano, que incluem a reposição dos cortes dos salários dos funcionários públicos gradualmente em 2016 e a redução da sobretaxa de IRS em dois anos. As medidas ainda não estão asseguradas, uma vez que não estão preto no branco nos acordos assinados, mas Carlos César garante que estão no programa do PS que tem o acordo do PCP, BE e PEV:

“Estas medidas decorrem, como sabem do programa de Governo do PS. A nossa forma de trabalhar no Parlamento será de coordenação com os partidos que apoiam o Governo. É isso que resulta do acordo que celebrámos. [Essas medidas] têm esse potencial de sucesso previamente assegurado, não obstante o diálogo e a concertação ser uma tarefa diária. Não há nenhuma razão para pensarmos que essas iniciativas não terão o seu vencimento“, disse aos jornalistas no final da reunião do grupo parlamentar socialista.

O socialista não se quis alongar sobre o voto do PCP e BE, dizendo que não lhe competia revelar sentidos de voto. Certo é que nos acordos assinados, estas duas medidas não constam como acordadas. Nos textos do PCP e do PEV é dito que houve acordo quanto aos objetivos, mas não quanto ao desenho. Contudo, de acordo com conversas feitas ontem ao Observador, não deverá haver problemas na sua aprovação. Apesar de não estar escrito no acordo, os comunistas preferirão o mal menor: entre a medida da maioria ou a gestão por duodécimos, que levaria, na opinião do PCP a manter os cortes atuais, os comunistas deverão aprovar a proposta socialista.

Já o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, não revelando sentido de voto, disse ao Observador que “não há divergências” quanto a estas matérias. Para assegurar as conversas permanentes à esquerda, o PS destacou um vice-presidente para estar em permanente diálogo com PCP e BE.

Estas matérias estão agendadas para discussão no dia 26 de novembro, mas podem ser reagendadas. Tudo depende da decisão do Presidente da República. César não tem dúvidas que Cavaco Silva vai dar posse ao Governo do PS: “A sucessão normal no plano institucional do que tem acontecido é a indicação de António Costa como primeiro-ministro. Não há nenhuma razão e não temos nenhum indício que a normalidade não continue a pautar a evolução política do nosso país. E de resto as próprias entidades externas esperam isso. O único motivo de intranquilidade que hoje nós detetamos não é a perspetiva de um Governo do PS, é a demora de funcionamento do Governo PS”, disse.

César pede empenho a empresários

O líder parlamentar do PS aproveitou ainda o final da reunião do grupo parlamentar para responder ao presidente da CIP, António Saraiva, dizendo que os patrões podem estar descansados porque o “PS coloca nas suas prioridades a concertação social”.

César responde a patrões. Pede-lhes empenho e diz que podem estar descansados quanto à concertação social pic.twitter.com/zO91VMUutF — Liliana Valente (@LilianaValente) November 12, 2015

Continuar a ler

marcar artigo