PALAVROSSAVRVS REX: NUNCA

11-07-2018
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Mal o ex-administrador da PT, Rui Pedro Soares, acabou de garantir no Parlamento nunca ter recebido instruções do primeiro-ministro em relação à Portugal Telecom e nunca ter falado do negócio PT/TVI com o ministro Mário Lino, foi beber um copo e dizer de si para si: «A estes já papei». E é verdade. A Deputação, que está lá por estar, põe-se a jeito de ser papada. Não abundam por ali perguntadores eficientes e incisivos como Nuno Melo. Só lambisgóias esparramadas sobre as mesas da Comissão, como Inês de Medeiros. O cidadão é a refeição de esta gente, seja de administradores políticos e politizantes ao serviço dos estômagos do Regime, seja da Deputação mesma: fomos papados há muito e de muitas maneiras. O sistema político, tal como está, papa os portugueses que não emigram. Rui Pedro Soares papou a Comichão Patética. Pronto. Sócrates papou Miguel Sousa Tavares. Pedro Passos Coelho quer papar Aguiar-Branco e Rangel. O inverso é válido. Nunca digas nunca, lá reza o ditado. Certo é que a comédia portuguesa não rende mais que isto: o Triunfo nababo dos Porcos; o sucesso risonho do Mentiroso; a satisfação fácil do Facínora. «Basta negar com convicção», costuma aconselhar o Primeiro. «Põe os olhos no chefe!»; «Observa com que alegria, com que robustez de ânimo, ele papa o auditório.» Faz o mesmo. Nada de nervosismos imberbes. Assim ensina e estimula os seus o célebre Mefistófeles do Minho bem como o Mefisto de Lisboa.


Mal o ex-administrador da PT, Rui Pedro Soares, acabou de garantir no Parlamento nunca ter recebido instruções do primeiro-ministro em relação à Portugal Telecom e nunca ter falado do negócio PT/TVI com o ministro Mário Lino, foi beber um copo e dizer de si para si: «A estes já papei». E é verdade. A Deputação, que está lá por estar, põe-se a jeito de ser papada. Não abundam por ali perguntadores eficientes e incisivos como Nuno Melo. Só lambisgóias esparramadas sobre as mesas da Comissão, como Inês de Medeiros. O cidadão é a refeição de esta gente, seja de administradores políticos e politizantes ao serviço dos estômagos do Regime, seja da Deputação mesma: fomos papados há muito e de muitas maneiras. O sistema político, tal como está, papa os portugueses que não emigram. Rui Pedro Soares papou a Comichão Patética. Pronto. Sócrates papou Miguel Sousa Tavares. Pedro Passos Coelho quer papar Aguiar-Branco e Rangel. O inverso é válido. Nunca digas nunca, lá reza o ditado. Certo é que a comédia portuguesa não rende mais que isto: o Triunfo nababo dos Porcos; o sucesso risonho do Mentiroso; a satisfação fácil do Facínora. «Basta negar com convicção», costuma aconselhar o Primeiro. «Põe os olhos no chefe!»; «Observa com que alegria, com que robustez de ânimo, ele papa o auditório.» Faz o mesmo. Nada de nervosismos imberbes. Assim ensina e estimula os seus o célebre Mefistófeles do Minho bem como o Mefisto de Lisboa.

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