Adalberto Campos Fernandes: “Não fazemos usurpação política”

12-07-2017
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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, recusa as acusações de estar a "usurpar" resultados construídos pelo Governo anterior, que acusa de um "pessimismo voluntarista". As declarações foram prestadas esta tarde no Parlamento, onde decorre o debate do Estado da Nação, em resposta a perguntas e críticas das várias bancadas parlamentares.

Algumas das acusações mais fortes vieram da bancada social-democrata, com o deputado Miguel Santos a declarar que "entre o discurso auto justificativo do Bloco de Esquerda e do PCP, o ministro no meio [deles] seria um usurpador", "porque ainda vive do trabalho do anterior Governo e do anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, das políticas executadas e dos resultados obtidos".

"O ministro sabe, em boa honestidade, que são políticas iniciadas – e parte delas concluídas - pelo doutor Paulo Macedo", argumentou Miguel Santos, que aproveitou para questionar as garantias do Governo de que não terá havido cativações na área da saúde, deixando ainda registada a "extrema preocupação" com a situação atual do INEM.

Mais ataques vieram da deputada centrista Isabel Galriça Neto, que acusou o ministro da Saúde de ser um "otimista irrealista" e de pronunciar "um discurso que não cola com a realidade e não cola com o discurso do Bloco de Esquerda e do PCP". "Nível de cativações, desinvestimento na saúde, dívidas que crescem e crescem" foram alguns dos problemas enumerados na área da saúde, o que "compromete a prestação de cuidados de saúde aos portugueses".

Sobre a polémica das cativações, a deputada do CDS declarou que "a Conta Geral do Estado desmente [o ministro], quando mostra que o Governo pediu autorização ao Parlamento para gastar 10.047 milhões de euros na Saúde, e gastou menos 331 milhões de euros. É altura de responder: onde cortou? Onde é que os portugueses ficaram sem serviços por causa das cativações?".

Do lado do Governo, o ministro respondeu às críticas acusando os opositores de um "pessimismo voluntarista" e recusou entregar os louros a Paulo Macedo, o que seria "manifestamente exagerado". "Dois anos não é muito tempo, mas é suficiente para que nós não façamos usurpação política e muito menos da realidade", argumentou: "É perguntar às farmácias de Portugal o que foi o consulado de Paulo Macedo, a dificuldade para os doentes oncológicos, o congelamento da inovação terapêutica".

"Quando falam nesta nova austeridade, quantos serviços públicos foram fechados nos últimos dois anos? E no vosso tempo?", questionou Adalberto Campos Fernandes. "Para o PSD não conta nada a reintrodução das 35 horas, e até incomoda, como incomoda a recuperação do rendimento e a capacidade de ter mais pessoas a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde", criticou.

Metas para médicos de família não vão ser cumpridas

Também à esquerda houve críticas - o deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, garantiu que existem "vários aspetos em que a política da saúde permanece exatamente igual à do Governo anterior", falando de uma redução de custos "obsessiva e excessiva" para "Schauble ver". Para concluir a sua intervenção, Moisés Ferreira, tal como Paula Santos, do PCP, pediu ao Governo que garanta que a saúde não fica "cativa dos negócios privados".

Sobre casos particulares, Adalberto Campos Fernandes falou do hospital de Sintra para dizer que a novidade visa "complementar o serviço" naquela zona, sem que haja "alinhamento com a estratégfia privada. A opção dos privados de abrir hospital em Sintra só a eles diz respeito".

Em resposta a Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", que falou no compromisso que ditava que até ao fim do ano o país estaria "dotado de médicos de família para todos os cidadãos" - e que o ministro confirmou que não será cumprido -, o governante lembrou que há este ano "duas épocas para colocar 400 médicos de família especialistas que estão a aguardar colocação. Este ano seguramente não cobriremos a totalidade [das necessidades], mas ficaremos muito próximos do objetivo".

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, recusa as acusações de estar a "usurpar" resultados construídos pelo Governo anterior, que acusa de um "pessimismo voluntarista". As declarações foram prestadas esta tarde no Parlamento, onde decorre o debate do Estado da Nação, em resposta a perguntas e críticas das várias bancadas parlamentares.

Algumas das acusações mais fortes vieram da bancada social-democrata, com o deputado Miguel Santos a declarar que "entre o discurso auto justificativo do Bloco de Esquerda e do PCP, o ministro no meio [deles] seria um usurpador", "porque ainda vive do trabalho do anterior Governo e do anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, das políticas executadas e dos resultados obtidos".

"O ministro sabe, em boa honestidade, que são políticas iniciadas – e parte delas concluídas - pelo doutor Paulo Macedo", argumentou Miguel Santos, que aproveitou para questionar as garantias do Governo de que não terá havido cativações na área da saúde, deixando ainda registada a "extrema preocupação" com a situação atual do INEM.

Mais ataques vieram da deputada centrista Isabel Galriça Neto, que acusou o ministro da Saúde de ser um "otimista irrealista" e de pronunciar "um discurso que não cola com a realidade e não cola com o discurso do Bloco de Esquerda e do PCP". "Nível de cativações, desinvestimento na saúde, dívidas que crescem e crescem" foram alguns dos problemas enumerados na área da saúde, o que "compromete a prestação de cuidados de saúde aos portugueses".

Sobre a polémica das cativações, a deputada do CDS declarou que "a Conta Geral do Estado desmente [o ministro], quando mostra que o Governo pediu autorização ao Parlamento para gastar 10.047 milhões de euros na Saúde, e gastou menos 331 milhões de euros. É altura de responder: onde cortou? Onde é que os portugueses ficaram sem serviços por causa das cativações?".

Do lado do Governo, o ministro respondeu às críticas acusando os opositores de um "pessimismo voluntarista" e recusou entregar os louros a Paulo Macedo, o que seria "manifestamente exagerado". "Dois anos não é muito tempo, mas é suficiente para que nós não façamos usurpação política e muito menos da realidade", argumentou: "É perguntar às farmácias de Portugal o que foi o consulado de Paulo Macedo, a dificuldade para os doentes oncológicos, o congelamento da inovação terapêutica".

"Quando falam nesta nova austeridade, quantos serviços públicos foram fechados nos últimos dois anos? E no vosso tempo?", questionou Adalberto Campos Fernandes. "Para o PSD não conta nada a reintrodução das 35 horas, e até incomoda, como incomoda a recuperação do rendimento e a capacidade de ter mais pessoas a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde", criticou.

Metas para médicos de família não vão ser cumpridas

Também à esquerda houve críticas - o deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, garantiu que existem "vários aspetos em que a política da saúde permanece exatamente igual à do Governo anterior", falando de uma redução de custos "obsessiva e excessiva" para "Schauble ver". Para concluir a sua intervenção, Moisés Ferreira, tal como Paula Santos, do PCP, pediu ao Governo que garanta que a saúde não fica "cativa dos negócios privados".

Sobre casos particulares, Adalberto Campos Fernandes falou do hospital de Sintra para dizer que a novidade visa "complementar o serviço" naquela zona, sem que haja "alinhamento com a estratégfia privada. A opção dos privados de abrir hospital em Sintra só a eles diz respeito".

Em resposta a Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", que falou no compromisso que ditava que até ao fim do ano o país estaria "dotado de médicos de família para todos os cidadãos" - e que o ministro confirmou que não será cumprido -, o governante lembrou que há este ano "duas épocas para colocar 400 médicos de família especialistas que estão a aguardar colocação. Este ano seguramente não cobriremos a totalidade [das necessidades], mas ficaremos muito próximos do objetivo".

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