Redução de emissões é prioridade para motores de combustão até 2040

20-08-2017
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Automóvel
Redução de emissões é prioridade para motores de combustão até 2040

Líderes das principais marcas automóveis alemãs estiveram reunidos com autoridades locais em Berlim no início de agosto para discutir a introdução de tecnologia de redução de emissões. Fotografia: EPA/CLEMENS BILAN

Diogo Ferreira Nunes
19.08.2017 / 10:00

Catalisadores, filtros de partículas, sistemas híbridos e combustíveis sintéticos são apostas para reduzir emissões

A seguirRedução de emissões é prioridade para motores de combustão até 2040Bruxelas investiga alegado cartel alemão nas emissões de automóveisClientes da Nos têm até este sábado para rescindir contratos sem custosSindicato desconvoca greve na Carris prevista para dia 31SATA diz que houve "bom senso" na desconvocação da greveMais vistas

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Redução de emissões é prioridade para motores de combustão até 2040

França e Reino Unido já marcaram 2040 como o princípio do fim dos motores de combustão. A partir desse ano, só poderão ser vendidos automóveis movidos a energias alternativas. Entretanto, várias cidades por todo o mundo já começaram a restringir a circulação de veículos, sobretudo a gasóleo, por causa dos efeitos nocivos do óxido de azoto (NOx) e do dióxido de carbono.
Nos próximos anos, os carros a combustão vão conviver ainda mais com os veículos com energias alternativas. “Nos próximos anos, dependendo das geografias, poderemos assistir à coexistência de vários tipos de propulsões, desde as motorizações zero emissões (como os elétricos, hidrogénio ou outros) aos híbridos, mas também haverá espaço para motorizações convencionais mais eficientes a gasóleo e gasolina”, assinala Helena Freitas, do Ceiia.
O combate às emissões vai contar com mais um reforço já a partir do próximo mês. Todos os automóveis novos na União Europeia serão homologados através da norma RDE – Real Driving Emissions. Em vez dos testes de ensaio em laboratório, os veículos serão sujeitos a provas em condições reais, o que levará a uma subida dos níveis de emissões e de consumos.
“Este novo enquadramento legislativo requer sistemas de tratamento de gases de escape bastante complexos para os veículos equipados com motor de combustão”, assinalam os professores do curso de engenharia automóvel do Instituto Politécnico de Leiria.
Alguns destes sistemas de tratamento, como o turbo, o mecanismo de recuperação de gases e a instalação de catalisadores estão a ser testados num Volkswagen Golf GTD, uma das marcas que também está a aumentar o investimento no desenvolvimento de carros elétricos. Este Golf foi modificado pela Bosch, e o Dinheiro Vivo pôde experimentá-lo num percurso de estrada de 40 quilómetros em Boxberg.
Originalmente um motor dois litros Diesel, os alemães decidiram reduzir a cilindrada para 1.7 litros para mostrar que é possível manter a performance do carro sem aumentar as emissões. Este 1.7 acelera de forma mais progressiva em comparação com o modelo original, para não aumentar as emissões de dióxido de carbono e óxido de azoto (NOx).
Mas esta é apenas uma das várias soluções que a Bosch está a desenvolver para os motores de combustão interna. A solução mais imediata, e que já está instalada em alguns automóveis no dia-a-dia, passa pela instalação de um sistema híbrido de 48 volts.

Combinando um eixo motriz elétrico com um motor de combustão, consegue-se reduzir em 15% as emissões de dióxido de carbono (CO2). O sistema recupera energia do motor ao travar e pode fazer com que o carro circule em modo 100% elétrico em situações de para arranca ou a estacionar.
As mudanças não vão ficar por aqui. A fabricante de componentes alemã está a preparar-se para vender filtros de partículas para os motores a gasolina, que deverão passar a ser obrigatórios em 2018 ou 2019, antecipa Rolf Bulander, administrador da Bosch para as soluções de mobilidade.
Os alemães estão ainda a desenvolver os synfuels, combustíveis sintéticos sem emissões de CO2. Com estas propostas, a Bosch admite que os motores de combustão ainda se mantenham como uma hipótese sustentável, além dos motores elétricos.
Do lado da Bosch, uma das principais parceiras das marcas automóveis, a aceleração do desenvolvimento e introdução destas soluções irá depender da “regulação e aceitação dos consumidores”, destaca Rolf Bulander.
O Jornalista viajou a convite da Bosch.

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Líderes das principais marcas automóveis alemãs estiveram reunidos com autoridades locais em Berlim no início de agosto para discutir a introdução de tecnologia de redução de emissões. Fotografia: EPA/CLEMENS BILAN

Diogo Ferreira Nunes
19.08.2017 / 10:00

Catalisadores, filtros de partículas, sistemas híbridos e combustíveis sintéticos são apostas para reduzir emissões

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Nos próximos anos, os carros a combustão vão conviver ainda mais com os veículos com energias alternativas. “Nos próximos anos, dependendo das geografias, poderemos assistir à coexistência de vários tipos de propulsões, desde as motorizações zero emissões (como os elétricos, hidrogénio ou outros) aos híbridos, mas também haverá espaço para motorizações convencionais mais eficientes a gasóleo e gasolina”, assinala Helena Freitas, do Ceiia.
O combate às emissões vai contar com mais um reforço já a partir do próximo mês. Todos os automóveis novos na União Europeia serão homologados através da norma RDE – Real Driving Emissions. Em vez dos testes de ensaio em laboratório, os veículos serão sujeitos a provas em condições reais, o que levará a uma subida dos níveis de emissões e de consumos.
“Este novo enquadramento legislativo requer sistemas de tratamento de gases de escape bastante complexos para os veículos equipados com motor de combustão”, assinalam os professores do curso de engenharia automóvel do Instituto Politécnico de Leiria.
Alguns destes sistemas de tratamento, como o turbo, o mecanismo de recuperação de gases e a instalação de catalisadores estão a ser testados num Volkswagen Golf GTD, uma das marcas que também está a aumentar o investimento no desenvolvimento de carros elétricos. Este Golf foi modificado pela Bosch, e o Dinheiro Vivo pôde experimentá-lo num percurso de estrada de 40 quilómetros em Boxberg.
Originalmente um motor dois litros Diesel, os alemães decidiram reduzir a cilindrada para 1.7 litros para mostrar que é possível manter a performance do carro sem aumentar as emissões. Este 1.7 acelera de forma mais progressiva em comparação com o modelo original, para não aumentar as emissões de dióxido de carbono e óxido de azoto (NOx).
Mas esta é apenas uma das várias soluções que a Bosch está a desenvolver para os motores de combustão interna. A solução mais imediata, e que já está instalada em alguns automóveis no dia-a-dia, passa pela instalação de um sistema híbrido de 48 volts.

Combinando um eixo motriz elétrico com um motor de combustão, consegue-se reduzir em 15% as emissões de dióxido de carbono (CO2). O sistema recupera energia do motor ao travar e pode fazer com que o carro circule em modo 100% elétrico em situações de para arranca ou a estacionar.
As mudanças não vão ficar por aqui. A fabricante de componentes alemã está a preparar-se para vender filtros de partículas para os motores a gasolina, que deverão passar a ser obrigatórios em 2018 ou 2019, antecipa Rolf Bulander, administrador da Bosch para as soluções de mobilidade.
Os alemães estão ainda a desenvolver os synfuels, combustíveis sintéticos sem emissões de CO2. Com estas propostas, a Bosch admite que os motores de combustão ainda se mantenham como uma hipótese sustentável, além dos motores elétricos.
Do lado da Bosch, uma das principais parceiras das marcas automóveis, a aceleração do desenvolvimento e introdução destas soluções irá depender da “regulação e aceitação dos consumidores”, destaca Rolf Bulander.
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