Em ano de eleições, todos os euros são votos

07-07-2019
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As eleições legislativas aproximam-se e nos próximos tempos vai ser um forrobodó de propostas para todos os gostos e feitios. Não haverá partido que não tenha solução para os graves – ou menos graves – problemas que o país enfrenta. Como se passassem uma esponja sobre tudo o que se tem passado e agora é que vai ser.

Atravessando Portugal um grave problema de natalidade, o PS já se chegou à frente e disse que pretende ver no seu programa eleitoral que os homens partilhem, pelo menos, 40 por cento do tempo de licença de paternidade com a mãe do bebé.

Mas é isto que vai ajudar os casais a terem mais filhos? O pai será melhor pai por estar em casa quase três meses? Isto faz algum sentido? Até parece que vivemos num país onde a produtividade é enorme e que ombreamos com as nações mais ricas.

Se há propostas que os partidos vão anunciar nos seus programas de Governo, até lá, António Costa e os seus ministros terão muito trabalho pela frente. O escândalo do fecho das urgências das maternidades que fez meio país ficar indignado, pelos vistos, também chegou ao Executivo que, contra todas as explicações dadas até agora, decidiu anular essa medida, criando uma rotatividade entre os médicos das quatro principais maternidades da Grande Lisboa e contratando profissionais se for caso disso. Pelo meio gastou-se tempo e dinheiro para se chegar a uma conclusão óbvia: as grávidas não podiam andar atrás da urgência aberta.

Tudo o que signifique tirar votos ao partido do Governo deve estar a ser muito bem analisado pelo Executivo. Veja-se, por exemplo, o que se passou com a Caixa Geral de Depósitos, que tinha enviado uma carta aos seus clientes a dizer que iria deixar de pagar juros abaixo de um euro nos depósitos. Afinal, ontem ficou a saber-se que o banco estatal vai continuar a remunerar as poupanças mais reduzidas. Em ano de eleições, todos os cuidados são poucos, mesmo com questões simbólicas.

As eleições legislativas aproximam-se e nos próximos tempos vai ser um forrobodó de propostas para todos os gostos e feitios. Não haverá partido que não tenha solução para os graves – ou menos graves – problemas que o país enfrenta. Como se passassem uma esponja sobre tudo o que se tem passado e agora é que vai ser.

Atravessando Portugal um grave problema de natalidade, o PS já se chegou à frente e disse que pretende ver no seu programa eleitoral que os homens partilhem, pelo menos, 40 por cento do tempo de licença de paternidade com a mãe do bebé.

Mas é isto que vai ajudar os casais a terem mais filhos? O pai será melhor pai por estar em casa quase três meses? Isto faz algum sentido? Até parece que vivemos num país onde a produtividade é enorme e que ombreamos com as nações mais ricas.

Se há propostas que os partidos vão anunciar nos seus programas de Governo, até lá, António Costa e os seus ministros terão muito trabalho pela frente. O escândalo do fecho das urgências das maternidades que fez meio país ficar indignado, pelos vistos, também chegou ao Executivo que, contra todas as explicações dadas até agora, decidiu anular essa medida, criando uma rotatividade entre os médicos das quatro principais maternidades da Grande Lisboa e contratando profissionais se for caso disso. Pelo meio gastou-se tempo e dinheiro para se chegar a uma conclusão óbvia: as grávidas não podiam andar atrás da urgência aberta.

Tudo o que signifique tirar votos ao partido do Governo deve estar a ser muito bem analisado pelo Executivo. Veja-se, por exemplo, o que se passou com a Caixa Geral de Depósitos, que tinha enviado uma carta aos seus clientes a dizer que iria deixar de pagar juros abaixo de um euro nos depósitos. Afinal, ontem ficou a saber-se que o banco estatal vai continuar a remunerar as poupanças mais reduzidas. Em ano de eleições, todos os cuidados são poucos, mesmo com questões simbólicas.

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