CDS-PP: Concelhia de Lisboa

20-09-2019
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O projecto de António Costa para vender seis palácios a privados, para serem hotéis de "charme" afinal parece não ser consensual e pode estar comprometido.O projecto de António Costa para vender seis palácios a privados, para serem hotéis de "charme" afinal parece não ser consensual e pode estar comprometido. A Assembleia Municipal de Lisboa adiou a sua discussão, quarta-feira, porque a comissão de habitação e reabilitação urbana esteve contra, na véspera. Neste órgão o PSD tem maioria, propôs o adiamento da votação da proposta e pediu a António Costa que reformulasse o plano desta alienação do património que iria à praça por 12,7 milhões de euros. Invocou a actual crise considerando que "vender pode não ser a melhor opção por não haver ofertas suficientemente boas". O gabinete de Costa reagiu e invocou a obrigação de "honrar o acordo feito", antes, em segredo.Os deputados Modesto Navarro, do PCP, e Heitor de Sousa, do Bloco de Esquerda, apontam falhas à proposta, mormente por "não estabelecer que os imóveis apenas poderão ter como destino unidades hoteleiras". Para Heitor de Sousa, "a Câmara parece que vai ao encontro do apetite dos promotores imobiliários". Explica: "Com este plano corre-se o risco de os seis palácios se transformarem em condomínios fechados". Quanto a Rui Roque, da bancada do CDS/PP, questiona-se e lança a interrogação ao executivo camarário lisboeta: "Se a actual má conjuntura económica não impedirá o município de tentar arrecadar 12,7 milhões de euros com a venda de tal património".O parecer dos deputados autarcas que constituem aquela comissão nada tem de vinculativo, mas acontece que foi "por unanimidade" que o grupo recomendou as conclusões. É que parece que foram suscitadas dúvidas sobre o que aconteceu de facto no tal encontro secreto. Os socialistas acham que se alcançou um acordo relativamente aos palácios, ao passo que os sociais-democratas acham que apenas houve consenso na parte da lista em que estavam "vários outros imóveis" e, assim, "só teria havido consenso para estes ficando para mais tarde uma decisão sobre os seis palácios em questão".Assim, a comissão quer que o plano seja reformulado, com a análise individual dos seis edifícios devolutos, por considerar que "não só não partilham da mesma importância patrimonial, como têm diferentes graus de degradação".Se o executivo da CML mantiver a proposta "Lisboa, capital do charme", tal como está, esta poderá ser chumbada na Assembleia Municipal, onde o PSD detém a maioria, tanto mais que o CDS/PP e BE já adiantaram que, "tal como está, a metodologia do plano de alienação merecerá o seu voto contra", receando "o perigo dos condomínios". in Semanário, edição CDS-PP LisboaEtiquetas: AML, José Roque, Palácios, Património Municipal

O projecto de António Costa para vender seis palácios a privados, para serem hotéis de "charme" afinal parece não ser consensual e pode estar comprometido.O projecto de António Costa para vender seis palácios a privados, para serem hotéis de "charme" afinal parece não ser consensual e pode estar comprometido. A Assembleia Municipal de Lisboa adiou a sua discussão, quarta-feira, porque a comissão de habitação e reabilitação urbana esteve contra, na véspera. Neste órgão o PSD tem maioria, propôs o adiamento da votação da proposta e pediu a António Costa que reformulasse o plano desta alienação do património que iria à praça por 12,7 milhões de euros. Invocou a actual crise considerando que "vender pode não ser a melhor opção por não haver ofertas suficientemente boas". O gabinete de Costa reagiu e invocou a obrigação de "honrar o acordo feito", antes, em segredo.Os deputados Modesto Navarro, do PCP, e Heitor de Sousa, do Bloco de Esquerda, apontam falhas à proposta, mormente por "não estabelecer que os imóveis apenas poderão ter como destino unidades hoteleiras". Para Heitor de Sousa, "a Câmara parece que vai ao encontro do apetite dos promotores imobiliários". Explica: "Com este plano corre-se o risco de os seis palácios se transformarem em condomínios fechados". Quanto a Rui Roque, da bancada do CDS/PP, questiona-se e lança a interrogação ao executivo camarário lisboeta: "Se a actual má conjuntura económica não impedirá o município de tentar arrecadar 12,7 milhões de euros com a venda de tal património".O parecer dos deputados autarcas que constituem aquela comissão nada tem de vinculativo, mas acontece que foi "por unanimidade" que o grupo recomendou as conclusões. É que parece que foram suscitadas dúvidas sobre o que aconteceu de facto no tal encontro secreto. Os socialistas acham que se alcançou um acordo relativamente aos palácios, ao passo que os sociais-democratas acham que apenas houve consenso na parte da lista em que estavam "vários outros imóveis" e, assim, "só teria havido consenso para estes ficando para mais tarde uma decisão sobre os seis palácios em questão".Assim, a comissão quer que o plano seja reformulado, com a análise individual dos seis edifícios devolutos, por considerar que "não só não partilham da mesma importância patrimonial, como têm diferentes graus de degradação".Se o executivo da CML mantiver a proposta "Lisboa, capital do charme", tal como está, esta poderá ser chumbada na Assembleia Municipal, onde o PSD detém a maioria, tanto mais que o CDS/PP e BE já adiantaram que, "tal como está, a metodologia do plano de alienação merecerá o seu voto contra", receando "o perigo dos condomínios". in Semanário, edição CDS-PP LisboaEtiquetas: AML, José Roque, Palácios, Património Municipal

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