Lobo D'Ávila deixa Parlamento e assinala que "só Deus sabe" o futuro

22-03-2018
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"Não há despedidas porque eu não quero, porque sei que há muitos que não queriam, porque também não tenho idade, verdadeiramente, e porque nunca, nunca, se desiste. Hoje há apenas agradecimento por tudo e a consciência de que do futuro só Deus sabe", declarou Filipe Lobo D'Ávila.

Numa intervenção em que usou o tempo individual disponível aos deputados, Lobo D'Ávila foi aplaudido de pé por deputados do PSD e do CDS-PP, mas não pela presidente centrista, Assunção Cristas, que o cumprimentou, depois, no final, com um abraço.

A atual líder centrista, de quem Filipe Lobo D'Ávila é crítico, não foi referida no discurso em que houve menção a Paulo Portas, de quem foi porta-voz, naquilo que descreveu ter sido "toda uma escola de vida, de exigência única, e de natural complexidade".

"Saio do parlamento, mas não deixo a vida política, não abandono o meu partido e não abdico da vontade de participar num Portugal melhor", afirmou, recordando que encerra um ciclo de 16 anos em que passou pela administração pública, no Ministério da Justiça, com três executivos diferentes, pelo Governo, enquanto secretário de Estado da Administração Interna, e pelo parlamento.

Lobo D'Ávila, que se declarou hoje mais parlamentarista do que quando entrou para a Assembleia da República, defendeu uma "nova atitude" para "perceber que não é a exclusividade dos deputados o problema mais grave da vida política, mas sim o funcionalismo político, transversal a todos, que limita a independência, a autonomia, a criatividade e o talento".

"O parlamento não pode ser um microclima do país, tem de ser o espelho perfeito do Portugal que temos lá fora", argumentou.

Agradecendo ao líder parlamentar, Nuno Magalhães, Lobo D'Ávila disse ter sido "um enorme orgulho" fazer parte da bancada centrista e sublinhou a sua condição de homem livre.

"Política fazemos em qualquer sítio. Podemos querer deixar a política, mas a política não nos deixa. Para isso, basta ser livre, ter espírito crítico e querer sempre um país melhor. Continuo livre, o meu partido sabe bem que continuo a ter espírito crítico, o meu país também sabe que hoje continuo a querer um Portugal melhor", declarou.

No final do seu discurso, o deputado do PS Filipe Neto Brandão e o deputado do PSD Adão Silva cumprimentaram Lobo D'Ávila, desejando-lhe felicidades na nova fase da sua vida, a que se associou a mesa da Assembleia da República, através do presidente em exercício, Jorge Lacão.

Nuno Magalhães interveio igualmente para agradecer a Filipe Lobo D'Ávila e, como a figura regimental usada era o pedido de esclarecimento e tinha de terminar com uma pergunta, o líder parlamentar rematou: "Quando é que vamos jantar ou beber um café?".

Filipe Lobo D'Ávila tem sido, desde o Congresso de Gondomar, em que Assunção Cristas foi eleita líder do CDS-PP pela primeira vez, em 2016, uma voz crítica da direção centrista, encabeçando listas alternativas ao Conselho Nacional, o órgão máximo do partido entre congressos.

Nas listas da coligação PSD/CDS-PP, por Lisboa, nas legislativas de 2015, Raúl de Almeida era o nome centrista que se seguia ao de Lobo D'Ávila, aparecendo, depois, a histórica militante Orísia Roque e João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa e vereador na Câmara da capital.

Raúl de Almeida, que tem apoiado Filipe Lobo D'Ávila nas questões internas do CDS-PP, disse na segunda-feira à Lusa estar ainda a ponderar acerca da sua disponibilidade pessoal e profissional e das "condições políticas" para assumir o mandato de deputado.

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Numa intervenção em que usou o tempo individual disponível aos deputados, Lobo D'Ávila foi aplaudido de pé por deputados do PSD e do CDS-PP, mas não pela presidente centrista, Assunção Cristas, que o cumprimentou, depois, no final, com um abraço.

A atual líder centrista, de quem Filipe Lobo D'Ávila é crítico, não foi referida no discurso em que houve menção a Paulo Portas, de quem foi porta-voz, naquilo que descreveu ter sido "toda uma escola de vida, de exigência única, e de natural complexidade".

"Saio do parlamento, mas não deixo a vida política, não abandono o meu partido e não abdico da vontade de participar num Portugal melhor", afirmou, recordando que encerra um ciclo de 16 anos em que passou pela administração pública, no Ministério da Justiça, com três executivos diferentes, pelo Governo, enquanto secretário de Estado da Administração Interna, e pelo parlamento.

Lobo D'Ávila, que se declarou hoje mais parlamentarista do que quando entrou para a Assembleia da República, defendeu uma "nova atitude" para "perceber que não é a exclusividade dos deputados o problema mais grave da vida política, mas sim o funcionalismo político, transversal a todos, que limita a independência, a autonomia, a criatividade e o talento".

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Agradecendo ao líder parlamentar, Nuno Magalhães, Lobo D'Ávila disse ter sido "um enorme orgulho" fazer parte da bancada centrista e sublinhou a sua condição de homem livre.

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No final do seu discurso, o deputado do PS Filipe Neto Brandão e o deputado do PSD Adão Silva cumprimentaram Lobo D'Ávila, desejando-lhe felicidades na nova fase da sua vida, a que se associou a mesa da Assembleia da República, através do presidente em exercício, Jorge Lacão.

Nuno Magalhães interveio igualmente para agradecer a Filipe Lobo D'Ávila e, como a figura regimental usada era o pedido de esclarecimento e tinha de terminar com uma pergunta, o líder parlamentar rematou: "Quando é que vamos jantar ou beber um café?".

Filipe Lobo D'Ávila tem sido, desde o Congresso de Gondomar, em que Assunção Cristas foi eleita líder do CDS-PP pela primeira vez, em 2016, uma voz crítica da direção centrista, encabeçando listas alternativas ao Conselho Nacional, o órgão máximo do partido entre congressos.

Nas listas da coligação PSD/CDS-PP, por Lisboa, nas legislativas de 2015, Raúl de Almeida era o nome centrista que se seguia ao de Lobo D'Ávila, aparecendo, depois, a histórica militante Orísia Roque e João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa e vereador na Câmara da capital.

Raúl de Almeida, que tem apoiado Filipe Lobo D'Ávila nas questões internas do CDS-PP, disse na segunda-feira à Lusa estar ainda a ponderar acerca da sua disponibilidade pessoal e profissional e das "condições políticas" para assumir o mandato de deputado.

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