NOS garante direitos de transmissão do Benfica por 400 milhões

29-12-2015
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A NOS assegurou os direitos de transmissão dos jogos do Benfica e a transmissão e distribuição da Benfica TV, em Portugal e a nível internacional, por 400 milhões de euros, para as próximas dez épocas. O valor, o mais alto de sempre pago a um clube português, foi comunicado ontem pela operadora ao mercado e será repartido “por montantes anuais progressivos”.

O contrato, que confirma as notícias dos últimos dias, assegura os primeiros três anos, podendo os restantes sete ser renovados por opção de ambas as partes. A oferta da operadora, liderada por Miguel Almeida, coloca os direitos de transmissão do clube da Luz ao nível dos valores pagos aos principais clubes da Liga francesa, a quinta mais valiosa da Europa.

Onegócio agora fechado vem revolucionar um sector que tem revelado um apetite crescente por conteúdos exclusivos e diferenciadores. Terá sido a aproximação da Altice ao Benfica a motivar a resposta da NOS. A dona da Meo terá, no entanto, oferecido um valor inferior à operadora que é também accionista da Sport TV, em partes iguais com a Controlinveste de Joaquim Oliveira.

Ainda ontem, o canal ‘premium’ de desporto convocou uma conferência de imprensa para anunciar “novidades importantes para a estação”. Não fica claro, para já, qual será o canal a transmitir os jogos do Benfica em casa. Certo é que os direitos estavam assegurados até 2018 pela Benfica TV, o que significa que o acordo entra em vigor um ano antes. Ocanal do clube detém ainda os direitos de transmissão para Portugal das ligas inglesa (acordo que termina já em 2016), italiana e francesa.

OBenfica, que ontem já tinha ganho seis milhões em bolsa beneficiado dos rumores em torno do negócio, acabou por ser o grande vencedor da disputa entre os dois operadores. Considerada, este ano, a 40ª marca mais valiosa do futebol mundial pela consultora Brand Finance, com um valor estimado de 78 milhões de euros, o potencial do Benfica como âncora para cativar audiência “é indiscutível”, sublinha Manuel Falcão, director-geral da agência de meios Nova Expressão. “É uma questão de notoriedade e de potencial da marca, que é uma das mais valiosas a nível nacional”, acrescenta Luís Mergulhão, do Omnicom Media Group em Portugal.

O negócio também poderá ajudar a Sport TV, que tinha vindo a perder conteúdos para a Benfica TV e cujo prejuízo se tem agravado nos últimos anos.

Guerra aberta pelos conteúdos

“Content is king, local is queen and sports runs the household”. A frase, que resume o novo paradigma dos media, significa que, num território em que os conteúdos são o rei e a ficção e o entretenimento local a rainha, quem manda mesmo é o desporto. É, aliás, esta máxima que está na base da disputa entre os distribuidores de televisão pelos direitos de transmissão dos jogos do Benfica.

Num mercado em que mais de três quartos das casas é cliente da televisão paga, o crescimento do negócio dependerá sobretudo da captação de clientes aos concorrentes. Além disso, os operadores estão interessados em proteger a sua margem evitando a competição pelo preço. Como? Através dos conteúdos mais apelativos, ou seja, através do futebol.

Crescer e proteger receita são os grandes objectivos de um sector em que as margens dos grandes operadores são suficientes para acomodar este investimento, explicou ao Diário Económico uma fonte ligada ao mercado.

Já com as negociações a decorrerem nos bastidores, o tema dos conteúdos dominou o debate do Estado da Nação no congresso das telecomunicações da APDC, na passada semana. Paulo Neves, presidente da PT, disse que queria “todos os conteúdos” para os clientes do Meo. Miguel Almeida, da NOS, foi rápido a reagir, acusando-o de estar a mudar as regras do jogo, visão corroborada por Mário Vaz, da Vodafone.

De facto, as regras do jogo têm ditado que o mercado funcione de forma concorrencial, tendo a Autoridade da Concorrência chegado mesmo a condenar a Sport TV ao pagamento de uma coima no valor de 3,7 milhões de euros, pela alegada prática da infracção de abuso de posição dominante no mercado nacional de canais de acesso condicionado com conteúdos desportivos ‘premium’.

A NOS assegurou os direitos de transmissão dos jogos do Benfica e a transmissão e distribuição da Benfica TV, em Portugal e a nível internacional, por 400 milhões de euros, para as próximas dez épocas. O valor, o mais alto de sempre pago a um clube português, foi comunicado ontem pela operadora ao mercado e será repartido “por montantes anuais progressivos”.

O contrato, que confirma as notícias dos últimos dias, assegura os primeiros três anos, podendo os restantes sete ser renovados por opção de ambas as partes. A oferta da operadora, liderada por Miguel Almeida, coloca os direitos de transmissão do clube da Luz ao nível dos valores pagos aos principais clubes da Liga francesa, a quinta mais valiosa da Europa.

Onegócio agora fechado vem revolucionar um sector que tem revelado um apetite crescente por conteúdos exclusivos e diferenciadores. Terá sido a aproximação da Altice ao Benfica a motivar a resposta da NOS. A dona da Meo terá, no entanto, oferecido um valor inferior à operadora que é também accionista da Sport TV, em partes iguais com a Controlinveste de Joaquim Oliveira.

Ainda ontem, o canal ‘premium’ de desporto convocou uma conferência de imprensa para anunciar “novidades importantes para a estação”. Não fica claro, para já, qual será o canal a transmitir os jogos do Benfica em casa. Certo é que os direitos estavam assegurados até 2018 pela Benfica TV, o que significa que o acordo entra em vigor um ano antes. Ocanal do clube detém ainda os direitos de transmissão para Portugal das ligas inglesa (acordo que termina já em 2016), italiana e francesa.

OBenfica, que ontem já tinha ganho seis milhões em bolsa beneficiado dos rumores em torno do negócio, acabou por ser o grande vencedor da disputa entre os dois operadores. Considerada, este ano, a 40ª marca mais valiosa do futebol mundial pela consultora Brand Finance, com um valor estimado de 78 milhões de euros, o potencial do Benfica como âncora para cativar audiência “é indiscutível”, sublinha Manuel Falcão, director-geral da agência de meios Nova Expressão. “É uma questão de notoriedade e de potencial da marca, que é uma das mais valiosas a nível nacional”, acrescenta Luís Mergulhão, do Omnicom Media Group em Portugal.

O negócio também poderá ajudar a Sport TV, que tinha vindo a perder conteúdos para a Benfica TV e cujo prejuízo se tem agravado nos últimos anos.

Guerra aberta pelos conteúdos

“Content is king, local is queen and sports runs the household”. A frase, que resume o novo paradigma dos media, significa que, num território em que os conteúdos são o rei e a ficção e o entretenimento local a rainha, quem manda mesmo é o desporto. É, aliás, esta máxima que está na base da disputa entre os distribuidores de televisão pelos direitos de transmissão dos jogos do Benfica.

Num mercado em que mais de três quartos das casas é cliente da televisão paga, o crescimento do negócio dependerá sobretudo da captação de clientes aos concorrentes. Além disso, os operadores estão interessados em proteger a sua margem evitando a competição pelo preço. Como? Através dos conteúdos mais apelativos, ou seja, através do futebol.

Crescer e proteger receita são os grandes objectivos de um sector em que as margens dos grandes operadores são suficientes para acomodar este investimento, explicou ao Diário Económico uma fonte ligada ao mercado.

Já com as negociações a decorrerem nos bastidores, o tema dos conteúdos dominou o debate do Estado da Nação no congresso das telecomunicações da APDC, na passada semana. Paulo Neves, presidente da PT, disse que queria “todos os conteúdos” para os clientes do Meo. Miguel Almeida, da NOS, foi rápido a reagir, acusando-o de estar a mudar as regras do jogo, visão corroborada por Mário Vaz, da Vodafone.

De facto, as regras do jogo têm ditado que o mercado funcione de forma concorrencial, tendo a Autoridade da Concorrência chegado mesmo a condenar a Sport TV ao pagamento de uma coima no valor de 3,7 milhões de euros, pela alegada prática da infracção de abuso de posição dominante no mercado nacional de canais de acesso condicionado com conteúdos desportivos ‘premium’.

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