As críticas e os avisos do CDS a Rui Rio

18-04-2018
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Assunção Cristas prepara-se para receber Rui Rio à entrada do congresso do CDS este domingo, no pavilhão multiusos de Lamego. O líder do PSD encabeça a delegação do partido para a sessão de encerramento do congresso dos centristas. Se não ouviu as críticas (umas mais diretas e outras veladas) que os congressistas lhe dirigiram durante o dia de sábado, aqui fica o registo da ambição do CDS que em alguns pontos atropelou o próprio PSD.

Telmo Correia, deputado e vice-presidente da Assembleia da República: "O nosso espaço de crescimento é amplo. O nosso espaço de crescimento é enorme. Somos o único partido que se assume de direita. Não dependeu de nós, mas puseram-nos nesta posição. Não estamos equidistantes de ninguém."

"Oferecer mais uma parceria a Costa é o mesmo que ir vender caloríferos para o deserto. Não resulta. António Costa não precisa", insistiu.

Telmo Correia referia-se ao facto de Rui Rio ter posicionado o PSD como um partido de centro-direita mais perto do PS do que, por exemplo, Passos Coelho assumia ou Santana Lopes prometia. Por outro lado, os centristas acham completamente errada a estratégia de Rio em oferecer-se como eventual parceiro do PS, caso este ganhe as eleições legislativas com maioria relativa e não consiga reeditar a geringonça. Para o CDS, Costa está decidido a governar com a esquerda e oferecer-lhe outra hipótese só servirá para o fortalecer nas negociações com PCP e BE.

Filipe Anacoreta Correia, membro da Comissão Executiva: "Como militante do CDS não gostei de ouvir Rio [sobre estar equidistante do CDS e do PS]. O PSD tem de perceber que o CDS não será uma muleta. Isto chama-se dar-se ao respeito. O CDS gosta de relações sérias e duradouras".

O que está em causa são as declarações de Rui Rio, depois do almoço com Assunção Cristas, na sede do CDS. Rio disse estar equidistante do PS e CDS. Anacoreta Correia foi o mais direto a expor o incómodo do partido com aquelas afirmações.

Luís Pedro Mota Soares, deputado: "Muita gente olha para nós como a única alternativa de centro e de direita. Um jornalista perguntava-me se acho que a Assunção Cristas é melhor do que Rui Rio. Sim, acho mas acima de tudo acho que Assunção Cristas é muito, muito, muito melhor do que António Costa, a melhor líder política de Portugal."

Os dirigentes do CDS não tèm complexos. Elogiam Cristas, puxam pela auto-estima da líder do CDS e do partido, mesmo que desafiando o seu parceiro natural. Habituem-se, parecem dizer os centristas aos sociais-democratas.

Diogo Feio, presidente do Gabinete de Estudos do CDS: "Nós discutimos as reformas aos olhos de todos no Parlamento."

Este dirigente está a referir-se aos acordos que Governo e PSD estão a negociar sobre descentralização e fundos estruturais mas também ao que o PSD de Rio quer vir a negociar no futuro, numa lógica de bloco central.

Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS: "Somos um partido que representa sem vergonhas os valores de direita."

Mais uma vez, a questão do posicionamento ideológico do PSD. Se este partido encosta mais à esquerda, defende o CDS, então a direita só tem uma opção: Cristas.

Pedro Ferreira de Carvalho, candidato à Câmara de Monforte: "O CDS é o único partido de direita em Portugal. A líder da oposição chama-se Assunção Cristas".

O espaço está aberto e foi Rio quem abriu a porta, insistem os centristas. Resta a Cristas saber aproveitá-lo.

Assunção Cristas prepara-se para receber Rui Rio à entrada do congresso do CDS este domingo, no pavilhão multiusos de Lamego. O líder do PSD encabeça a delegação do partido para a sessão de encerramento do congresso dos centristas. Se não ouviu as críticas (umas mais diretas e outras veladas) que os congressistas lhe dirigiram durante o dia de sábado, aqui fica o registo da ambição do CDS que em alguns pontos atropelou o próprio PSD.

Telmo Correia, deputado e vice-presidente da Assembleia da República: "O nosso espaço de crescimento é amplo. O nosso espaço de crescimento é enorme. Somos o único partido que se assume de direita. Não dependeu de nós, mas puseram-nos nesta posição. Não estamos equidistantes de ninguém."

"Oferecer mais uma parceria a Costa é o mesmo que ir vender caloríferos para o deserto. Não resulta. António Costa não precisa", insistiu.

Telmo Correia referia-se ao facto de Rui Rio ter posicionado o PSD como um partido de centro-direita mais perto do PS do que, por exemplo, Passos Coelho assumia ou Santana Lopes prometia. Por outro lado, os centristas acham completamente errada a estratégia de Rio em oferecer-se como eventual parceiro do PS, caso este ganhe as eleições legislativas com maioria relativa e não consiga reeditar a geringonça. Para o CDS, Costa está decidido a governar com a esquerda e oferecer-lhe outra hipótese só servirá para o fortalecer nas negociações com PCP e BE.

Filipe Anacoreta Correia, membro da Comissão Executiva: "Como militante do CDS não gostei de ouvir Rio [sobre estar equidistante do CDS e do PS]. O PSD tem de perceber que o CDS não será uma muleta. Isto chama-se dar-se ao respeito. O CDS gosta de relações sérias e duradouras".

O que está em causa são as declarações de Rui Rio, depois do almoço com Assunção Cristas, na sede do CDS. Rio disse estar equidistante do PS e CDS. Anacoreta Correia foi o mais direto a expor o incómodo do partido com aquelas afirmações.

Luís Pedro Mota Soares, deputado: "Muita gente olha para nós como a única alternativa de centro e de direita. Um jornalista perguntava-me se acho que a Assunção Cristas é melhor do que Rui Rio. Sim, acho mas acima de tudo acho que Assunção Cristas é muito, muito, muito melhor do que António Costa, a melhor líder política de Portugal."

Os dirigentes do CDS não tèm complexos. Elogiam Cristas, puxam pela auto-estima da líder do CDS e do partido, mesmo que desafiando o seu parceiro natural. Habituem-se, parecem dizer os centristas aos sociais-democratas.

Diogo Feio, presidente do Gabinete de Estudos do CDS: "Nós discutimos as reformas aos olhos de todos no Parlamento."

Este dirigente está a referir-se aos acordos que Governo e PSD estão a negociar sobre descentralização e fundos estruturais mas também ao que o PSD de Rio quer vir a negociar no futuro, numa lógica de bloco central.

Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS: "Somos um partido que representa sem vergonhas os valores de direita."

Mais uma vez, a questão do posicionamento ideológico do PSD. Se este partido encosta mais à esquerda, defende o CDS, então a direita só tem uma opção: Cristas.

Pedro Ferreira de Carvalho, candidato à Câmara de Monforte: "O CDS é o único partido de direita em Portugal. A líder da oposição chama-se Assunção Cristas".

O espaço está aberto e foi Rio quem abriu a porta, insistem os centristas. Resta a Cristas saber aproveitá-lo.

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