GLADIUS: MINISTRO INCENTIVA JOVENS A EMIGRAR

15-10-2019
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Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/governo-incentiva-jovens-desempregados-a-emigrar_130198.html
O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto. "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá "dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem".Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante "regressará depois de conhecer as boas práticas" do outro país e poderá "replicar o que viu" no sentido de "dinamizar, inovar e empreender".Com o intuito de capacitar o jovem português e aumentar os laços com outros países, o responsável diz que o governo português pretende incentivar também os intercâmbios estudantis e os estágios no estrangeiro.A presença do jovem no estrangeiro será um dos temas abordados do Livro Branco da Juventude, que deverá ser lançado a 02 de Novembro, disse.Miguel Mestre falou à Agência Lusa no seminário "Luso-brasilidade: Reflexões e Actualidade", iniciativa piloto para aproximar o governo das comunidades portuguesas em outros países.Presentes no seminário estiveram também o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.
Ao princípio pensei, por uma questão de prudência e de evitar o exagero no ataque ao sistema, ao princípio pensei, dizia, que se tratava sobretudo de uma espécie de cortesia para com os portugueses emigrados no Brasil (e não só) - mas com a insistência e desenvolvimento dos argumentos a favor da emigração, não pude deixar de constatar que isto é realmente um apelo a que jovens portugueses abandonem o País, e, o que é mais repulsivo, um apelo feito em linguagem típica da elite apátrida contemporânea, que já aprendeu a disfarçar a sua mensagem bastardizante por baixo de uma retórica de pretensa valorização do «esforço», quase a dar-se ares heróicos... O jovem quer uma vida estável e digna? É um menino mimado que só quer é segurança e estar no «bem-bom»... O cidadão quer ter um emprego seguro para poder virar as atenções para outras coisas além do trabalho? Na na, isso são luxos, os privilégios acabaram, porque sim, porque é mesmo assim, pronto - leia-se: porque os donos do sistema preferem que as pessoas sejam transformadas em plasticina, apta para ser atirada de um lado para o outro do mundo e moldada consoante as conveniências do capital apátrida. Neste novo mundo que se impinge ao europeu como «inevitável», o indivíduo tem de meter nos cornos que não pode enraizar-se em lado nenhum nem pretender ter uma vida familiar normal, isso é que era bom, agora o indivíduo se não arranja trabalho em Lisboa ou no Porto que se prepare mas é para amanhã ir já trabalhar para Ayamonte, Londres ou até São Paulo, paciência, é onde o quiserem pôr, porque isto já se sabe, «é a vida», como diria Guterres...

A tal ponto chega esta prosápia que agora um ministro até chama «zona de conforto» a essa coisa antiquada que é a Pátria. O sagrado direito a viver de cabeça levantada na sua própria terra é agora definido como «conforto», como se de um bom apartamento de luxo se tratasse... um daqueles apartamentos que ministros como este ou seus amigos bem estabelecidos na alta finança compram com cada vez mais frequência...

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/governo-incentiva-jovens-desempregados-a-emigrar_130198.html
O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto. "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá "dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem".Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante "regressará depois de conhecer as boas práticas" do outro país e poderá "replicar o que viu" no sentido de "dinamizar, inovar e empreender".Com o intuito de capacitar o jovem português e aumentar os laços com outros países, o responsável diz que o governo português pretende incentivar também os intercâmbios estudantis e os estágios no estrangeiro.A presença do jovem no estrangeiro será um dos temas abordados do Livro Branco da Juventude, que deverá ser lançado a 02 de Novembro, disse.Miguel Mestre falou à Agência Lusa no seminário "Luso-brasilidade: Reflexões e Actualidade", iniciativa piloto para aproximar o governo das comunidades portuguesas em outros países.Presentes no seminário estiveram também o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.
Ao princípio pensei, por uma questão de prudência e de evitar o exagero no ataque ao sistema, ao princípio pensei, dizia, que se tratava sobretudo de uma espécie de cortesia para com os portugueses emigrados no Brasil (e não só) - mas com a insistência e desenvolvimento dos argumentos a favor da emigração, não pude deixar de constatar que isto é realmente um apelo a que jovens portugueses abandonem o País, e, o que é mais repulsivo, um apelo feito em linguagem típica da elite apátrida contemporânea, que já aprendeu a disfarçar a sua mensagem bastardizante por baixo de uma retórica de pretensa valorização do «esforço», quase a dar-se ares heróicos... O jovem quer uma vida estável e digna? É um menino mimado que só quer é segurança e estar no «bem-bom»... O cidadão quer ter um emprego seguro para poder virar as atenções para outras coisas além do trabalho? Na na, isso são luxos, os privilégios acabaram, porque sim, porque é mesmo assim, pronto - leia-se: porque os donos do sistema preferem que as pessoas sejam transformadas em plasticina, apta para ser atirada de um lado para o outro do mundo e moldada consoante as conveniências do capital apátrida. Neste novo mundo que se impinge ao europeu como «inevitável», o indivíduo tem de meter nos cornos que não pode enraizar-se em lado nenhum nem pretender ter uma vida familiar normal, isso é que era bom, agora o indivíduo se não arranja trabalho em Lisboa ou no Porto que se prepare mas é para amanhã ir já trabalhar para Ayamonte, Londres ou até São Paulo, paciência, é onde o quiserem pôr, porque isto já se sabe, «é a vida», como diria Guterres...

A tal ponto chega esta prosápia que agora um ministro até chama «zona de conforto» a essa coisa antiquada que é a Pátria. O sagrado direito a viver de cabeça levantada na sua própria terra é agora definido como «conforto», como se de um bom apartamento de luxo se tratasse... um daqueles apartamentos que ministros como este ou seus amigos bem estabelecidos na alta finança compram com cada vez mais frequência...

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