A Essência da Pólvora: A Ceia dos Cardeais

19-07-2018
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EM
13 de Outubro de 2011 o presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo
Salgado, entrou pelas 18h05 na Presidência do Conselho de Ministros, onde o
Executivo estava a discutir o Orçamento do Estado para 2012, e foi reunir-se
com o secretário de Estado Feliciano Barreiras Duarte para tratar de assuntos
da “imigração” (terá querido dizer imigração de capitais?), o que é uma
extraordinária coincidência, para não lhe chamar outra coisa.

Esta
visita de Ricardo Salgado, e a sua mais que certa participação naquele banquete
do Orçamento (que posteriormente considerou uma iniciativa de "enorme
coragem"), vem mais uma vez demonstrar que, a exemplo do que acontece na
União Europeia, são os grandes glutões do capital financeiro que estão ao leme do
país, umas vezes de forma discreta, e outras vezes nem por isso. E a coisa correu tão bem que nem vai necessitar de recorrer aos 12 mil milhões disponibilizados pela "troika", para amortecer o efeito do perdão da dívida grega.

As
visitas aos baluartes do poder e a partilha de prolongadas ceias, onde se
traçam rumos e asseguram privilégios, são uma velha tradição de família
Espírito Santo, pois desde o tempo da ditadura salazarista e caetanista que
aqueles sempre tiveram uma relação privilegiada, de corpo e alma, com o poder
político, e este hábito, pelos vistos, mantém-se de pedra e cal.

EM
13 de Outubro de 2011 o presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo
Salgado, entrou pelas 18h05 na Presidência do Conselho de Ministros, onde o
Executivo estava a discutir o Orçamento do Estado para 2012, e foi reunir-se
com o secretário de Estado Feliciano Barreiras Duarte para tratar de assuntos
da “imigração” (terá querido dizer imigração de capitais?), o que é uma
extraordinária coincidência, para não lhe chamar outra coisa.

Esta
visita de Ricardo Salgado, e a sua mais que certa participação naquele banquete
do Orçamento (que posteriormente considerou uma iniciativa de "enorme
coragem"), vem mais uma vez demonstrar que, a exemplo do que acontece na
União Europeia, são os grandes glutões do capital financeiro que estão ao leme do
país, umas vezes de forma discreta, e outras vezes nem por isso. E a coisa correu tão bem que nem vai necessitar de recorrer aos 12 mil milhões disponibilizados pela "troika", para amortecer o efeito do perdão da dívida grega.

As
visitas aos baluartes do poder e a partilha de prolongadas ceias, onde se
traçam rumos e asseguram privilégios, são uma velha tradição de família
Espírito Santo, pois desde o tempo da ditadura salazarista e caetanista que
aqueles sempre tiveram uma relação privilegiada, de corpo e alma, com o poder
político, e este hábito, pelos vistos, mantém-se de pedra e cal.

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