Depois Falamos: Mal

12-04-2019
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Dois meses depois das directas no PSD, que elegeram Rui Rio em confronto com Pedro Santana Lopes, e quase um mês depois do congresso em que foram eleitos os restantes orgãos do partido há que fazer um pequeno balanço do que se passou de lá para cá.

Em primeiro lugar confirmou-se plenamente a prioridade dada por PSL à unidade do partido no pós eleições - "Unir o partido, ganhar o país" - porque percebeu desde logo que só com um partido unido e motivado seria possível ambicionar uma vitória nas legislativas.

E no congresso deu o seu contributo para isso, como é sabido, dando provas de uma genuína vontade de contribuir para o sucesso da nova liderança e mais do que isso para o sucesso do PSD.

Duvido que outro(s) o tivessem feito se PSL tivesse ganho as directas.

Infelizmente essa necessidade de união e coesão não foi em momento algum  a preocupação da nova direcção política do partido como se viu com as escolhas no congresso de alguns vice presidentes e as polémicas em volta da nova (mas desnecessária) liderança parlamentar em que a vontade do grupo parlamentar manifestada poucos meses antes foi completamente desrespeitada.

Depois as confusões de estratégia sobre o Bloco Central, sobre a viabilização de governos do PS, do quase oferecimento de apoio aos socialistas que estes prontamente recusaram, de em dois dias assistirmos a duas tomadas de posição diferentes com um vice presidente a dizer que as eleições que contam são as de 2021 e 2023 e logo a seguir o próprio líder vir afirmar que o foco está nas de 2019.

E os casos.

Os casos em que o propalado "banho de ética" que Rui Rio apregoava na campanha das directas parece não ter aplicação aos seus amigos por ele escolhidos para dirigentes do partido.  

São os casos de Salvador Malheiro em Ovar, é o caso de Elina Fraga com a Ordem dos Advogdos, é este recente e espantoso caso de Feliciano Barreiras Duarte e o seu currículo do qual constam falsidades evidentes e já claramente demonstradas e o que mais estará para vir nestes e noutros casos que já se adivinham.

Casos e trapalhadas, trapalhadas e casos tem sido a imagem de marca da liderança de Rui Rio nestes dois meses.

Causas?

Ainda não há.

Propostas que façam a diferença em relação ao PS?

Nem vê-las.

Iniciativas políticas marcantes?

Nada a registar.

Conclusão?

Um partido desunido e desanimado, uma opinião publica perplexa, PS e CDS a esfregarem as mãos de contentes perante os cenários eleitorais de 2019.

Quero com isto dizer que o cenário é negro e as derrotas nas eleições de 2019 inevitáveis?

Não.

Mas Rui Rio, e a sua fragilizada equipa dirigente, terão de mudar muita coisa e muito depressa se querem fazer do PSD uma alternativa ganhadora nas europeias  e legislativas do próximo ano constituindo um factor de esperança para os portugueses.

Porque caso contrário escusam de se preocuparem com as autárquicas de 2021 e as legislativas de 2023 (como referia ao Expresso o tal vice presidente que as considerava como os grandes objectivos) porque já não serão problema deles mas de quem lhes suceder.

Ou seja, e muito claramente, a fasquia está na vitória nas legislativas de 2019.

Ganham...continuam.

Perdem...dão o lugar a quem faça melhor.

Afinal até o (por eles) "detestado" Pedro Passos Coelho ganhou duas legislativas consecutivas e a ultima delas em circunstâncias extraordinariamente difíceis.

Depois Falamos.

P.S. Imagino o que alguns apoiantes de Rui Rio, nomeadamente comentadores televisivos, diriam se Santana Lopes tivesse ganho as directas e o secretário geral por ele escolhido estivesse num processo de completa descredibilização política como está o secretário geral de Rui Rio.

Dois meses depois das directas no PSD, que elegeram Rui Rio em confronto com Pedro Santana Lopes, e quase um mês depois do congresso em que foram eleitos os restantes orgãos do partido há que fazer um pequeno balanço do que se passou de lá para cá.

Em primeiro lugar confirmou-se plenamente a prioridade dada por PSL à unidade do partido no pós eleições - "Unir o partido, ganhar o país" - porque percebeu desde logo que só com um partido unido e motivado seria possível ambicionar uma vitória nas legislativas.

E no congresso deu o seu contributo para isso, como é sabido, dando provas de uma genuína vontade de contribuir para o sucesso da nova liderança e mais do que isso para o sucesso do PSD.

Duvido que outro(s) o tivessem feito se PSL tivesse ganho as directas.

Infelizmente essa necessidade de união e coesão não foi em momento algum  a preocupação da nova direcção política do partido como se viu com as escolhas no congresso de alguns vice presidentes e as polémicas em volta da nova (mas desnecessária) liderança parlamentar em que a vontade do grupo parlamentar manifestada poucos meses antes foi completamente desrespeitada.

Depois as confusões de estratégia sobre o Bloco Central, sobre a viabilização de governos do PS, do quase oferecimento de apoio aos socialistas que estes prontamente recusaram, de em dois dias assistirmos a duas tomadas de posição diferentes com um vice presidente a dizer que as eleições que contam são as de 2021 e 2023 e logo a seguir o próprio líder vir afirmar que o foco está nas de 2019.

E os casos.

Os casos em que o propalado "banho de ética" que Rui Rio apregoava na campanha das directas parece não ter aplicação aos seus amigos por ele escolhidos para dirigentes do partido.  

São os casos de Salvador Malheiro em Ovar, é o caso de Elina Fraga com a Ordem dos Advogdos, é este recente e espantoso caso de Feliciano Barreiras Duarte e o seu currículo do qual constam falsidades evidentes e já claramente demonstradas e o que mais estará para vir nestes e noutros casos que já se adivinham.

Casos e trapalhadas, trapalhadas e casos tem sido a imagem de marca da liderança de Rui Rio nestes dois meses.

Causas?

Ainda não há.

Propostas que façam a diferença em relação ao PS?

Nem vê-las.

Iniciativas políticas marcantes?

Nada a registar.

Conclusão?

Um partido desunido e desanimado, uma opinião publica perplexa, PS e CDS a esfregarem as mãos de contentes perante os cenários eleitorais de 2019.

Quero com isto dizer que o cenário é negro e as derrotas nas eleições de 2019 inevitáveis?

Não.

Mas Rui Rio, e a sua fragilizada equipa dirigente, terão de mudar muita coisa e muito depressa se querem fazer do PSD uma alternativa ganhadora nas europeias  e legislativas do próximo ano constituindo um factor de esperança para os portugueses.

Porque caso contrário escusam de se preocuparem com as autárquicas de 2021 e as legislativas de 2023 (como referia ao Expresso o tal vice presidente que as considerava como os grandes objectivos) porque já não serão problema deles mas de quem lhes suceder.

Ou seja, e muito claramente, a fasquia está na vitória nas legislativas de 2019.

Ganham...continuam.

Perdem...dão o lugar a quem faça melhor.

Afinal até o (por eles) "detestado" Pedro Passos Coelho ganhou duas legislativas consecutivas e a ultima delas em circunstâncias extraordinariamente difíceis.

Depois Falamos.

P.S. Imagino o que alguns apoiantes de Rui Rio, nomeadamente comentadores televisivos, diriam se Santana Lopes tivesse ganho as directas e o secretário geral por ele escolhido estivesse num processo de completa descredibilização política como está o secretário geral de Rui Rio.

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