Paz Ferreira: “Não creio que o BdP tenha ligado muito aos relatórios”

04-04-2019
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Eduardo Paz Ferreira, ex-presidente da comissão de auditoria da Caixa Geral de Depósitos (CGD), garante ter feito a sua parte no banco estatal ao alertar o Banco de Portugal para os riscos através dos relatórios que eram enviados pela entidade que liderava. Documentos a que o supervisor "não ligou muito".

Questionado pela deputada do PSD Conceição Bessa Ruão sobre como vê o facto de o Banco de Portugal não ter lido os relatórios realizados pela comissão de auditoria, Paz Ferreira disse "não se sentir pessoalmente insultado se isso aconteceu". Mas, sim, "preocupado, isso é evidente". E continuou: "Não creio que o Banco de Portugal tenha ligado muito a estes relatórios".

De acordo com o responsável, o "conselho fiscal era responsável pela elaboração de três documentos fundamentais: um relatório trimestral dirigido ao acionista, um relatório anual sobre o sistema de controlo interno ao Banco de Portugal e um parecer sobre o relatório e contas anual da sociedade". Era este o trabalho da comissão de auditoria e do conselho fiscal, afirmou. O resto - a fiscalização - cabia ao conselho de administração, ao regulador e aos governos.

"O conselho fiscal não tem de apreciar a bondade das operações à luz dos critérios económico-financeiros", sendo o conselho de administração a "principal fonte de fiscalização", relembrou Paz Ferreira.

Ainda sobre a entidade liderada por Carlos Costa, disse que o "o órgão de supervisão foi especialmente omisso", com a integração no Banco Central Europeu a desviá-lo "de zonas fundamentais para se tornar numa espécie de gabinete de estudos".

Já por parte da tutela, não houve respostas. Questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves sobre a reação do acionista único aos alertas emitidos pelo conselho fiscal e pela comissão de auditoria da CGD, Eduardo Paz Ferreira afirmou ser "difícil dar uma resposta segura" sobre o tema, mas considerou que os vários governos não davam uma resposta "muito evidente".

Os governos, disse, "teriam uma ideia de 'deixar correr a ver se se aguenta'". Isto apesar das 49 observações quanto ao sistema de controlo de risco da instituição financeira assinaladas pela comissão de auditoria.

Eduardo Paz Ferreira, ex-presidente da comissão de auditoria da Caixa Geral de Depósitos (CGD), garante ter feito a sua parte no banco estatal ao alertar o Banco de Portugal para os riscos através dos relatórios que eram enviados pela entidade que liderava. Documentos a que o supervisor "não ligou muito".

Questionado pela deputada do PSD Conceição Bessa Ruão sobre como vê o facto de o Banco de Portugal não ter lido os relatórios realizados pela comissão de auditoria, Paz Ferreira disse "não se sentir pessoalmente insultado se isso aconteceu". Mas, sim, "preocupado, isso é evidente". E continuou: "Não creio que o Banco de Portugal tenha ligado muito a estes relatórios".

De acordo com o responsável, o "conselho fiscal era responsável pela elaboração de três documentos fundamentais: um relatório trimestral dirigido ao acionista, um relatório anual sobre o sistema de controlo interno ao Banco de Portugal e um parecer sobre o relatório e contas anual da sociedade". Era este o trabalho da comissão de auditoria e do conselho fiscal, afirmou. O resto - a fiscalização - cabia ao conselho de administração, ao regulador e aos governos.

"O conselho fiscal não tem de apreciar a bondade das operações à luz dos critérios económico-financeiros", sendo o conselho de administração a "principal fonte de fiscalização", relembrou Paz Ferreira.

Ainda sobre a entidade liderada por Carlos Costa, disse que o "o órgão de supervisão foi especialmente omisso", com a integração no Banco Central Europeu a desviá-lo "de zonas fundamentais para se tornar numa espécie de gabinete de estudos".

Já por parte da tutela, não houve respostas. Questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves sobre a reação do acionista único aos alertas emitidos pelo conselho fiscal e pela comissão de auditoria da CGD, Eduardo Paz Ferreira afirmou ser "difícil dar uma resposta segura" sobre o tema, mas considerou que os vários governos não davam uma resposta "muito evidente".

Os governos, disse, "teriam uma ideia de 'deixar correr a ver se se aguenta'". Isto apesar das 49 observações quanto ao sistema de controlo de risco da instituição financeira assinaladas pela comissão de auditoria.

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