Nem Passos Coelho nem Paulo Portas intervieram numa sessão marcada pela ausência dos partidos de esquerda. PSD acusou oposição de pôr em causa “valores democráticos e da ética republicana”
Os partidos que fazem parte do Governo ainda em funções marcaram presença numa sessão evocativa dos 40 anos do 25 de Novembro, que decorreu esta quarta-feira na Assembleia da República. Tanto Passos Coelho como Paulo Portas estiveram presentes na sessão a que toda a oposição faltou, mas nenhum dos dois interveio ou prestou declarações aos jornalistas.
Na abertura da sessão, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, criticou os partidos de esquerda por não se terem juntado a PSD e CDS nesta iniciativa: "Não nos conformamos com essa atitude. Infelizmente, vivemos tempos em que os valores democráticos - eu diria mesmo os valores da ética republicana - têm sido colocados em crise por variadas razões, e este foi apenas mais um exemplo".
O líder parlamentar social-democrata acescentou que para os partidos de direita "é um imperativo invocar os 40 anos do 25 de Novembro na Assembleia da República". "Numa primeira hora, tivemos a anuência de todos os partidos para esse efeito", alegou Luís Montenegro, acrescentando: "Numa segunda hora, tivemos a atitude de desrespeito, senão mesmo de desautorização, daquilo que foi uma decisão do senhor presidente da Assembleia da República de precisamente diligenciar no sentido de proporcionar essa evocação. Tivemos a desistência de todas as demais forças políticas, que muito lamentamos".
Esquerda “desautorizou” Cavaco Silva
O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, também interveio para insistir na necessidade de evocar a data que marcou o fim do PREC (Processo Revolucionário em Curso) de "forma rigorosa, científica", lamentando que não tenha sido possível "fazê-lo de uma forma institucional, oficial, plural, global na Assembleia da República".
Nuno Magalhães atribuiu essa alegada falha a "motivos que são conhecidos e que certamente não prestigiam esta casa na pessoa do seu presidente, que foi desautorizado pelos restantes partidos da esquerda, de centro esquerda, da esquerda mais à esquerda, da extrema-esquerda, enfim, desta nova esquerda que se fala".
PSD e CDS tinham manifestado vontade de assinalar os 40 anos do 25 de Novembro de 1975 numa carta dirigida ao presidente da Assembleia da República, mas o grupo de trabalho criado pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, para decidir sobre as eventuais iniciativas que assinalariam a efeméride acabou por não reunir porque os representantes de PS, Bloco de Esquerda, PCP e partido ecologista “Os Verdes” não compareceram.
Na sessão estiveram ainda presentes o historiador Rui Ramos e o general Rui Tomé, a convite dos partidos de direita.
Categorias
Entidades
Nem Passos Coelho nem Paulo Portas intervieram numa sessão marcada pela ausência dos partidos de esquerda. PSD acusou oposição de pôr em causa “valores democráticos e da ética republicana”
Os partidos que fazem parte do Governo ainda em funções marcaram presença numa sessão evocativa dos 40 anos do 25 de Novembro, que decorreu esta quarta-feira na Assembleia da República. Tanto Passos Coelho como Paulo Portas estiveram presentes na sessão a que toda a oposição faltou, mas nenhum dos dois interveio ou prestou declarações aos jornalistas.
Na abertura da sessão, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, criticou os partidos de esquerda por não se terem juntado a PSD e CDS nesta iniciativa: "Não nos conformamos com essa atitude. Infelizmente, vivemos tempos em que os valores democráticos - eu diria mesmo os valores da ética republicana - têm sido colocados em crise por variadas razões, e este foi apenas mais um exemplo".
O líder parlamentar social-democrata acescentou que para os partidos de direita "é um imperativo invocar os 40 anos do 25 de Novembro na Assembleia da República". "Numa primeira hora, tivemos a anuência de todos os partidos para esse efeito", alegou Luís Montenegro, acrescentando: "Numa segunda hora, tivemos a atitude de desrespeito, senão mesmo de desautorização, daquilo que foi uma decisão do senhor presidente da Assembleia da República de precisamente diligenciar no sentido de proporcionar essa evocação. Tivemos a desistência de todas as demais forças políticas, que muito lamentamos".
Esquerda “desautorizou” Cavaco Silva
O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, também interveio para insistir na necessidade de evocar a data que marcou o fim do PREC (Processo Revolucionário em Curso) de "forma rigorosa, científica", lamentando que não tenha sido possível "fazê-lo de uma forma institucional, oficial, plural, global na Assembleia da República".
Nuno Magalhães atribuiu essa alegada falha a "motivos que são conhecidos e que certamente não prestigiam esta casa na pessoa do seu presidente, que foi desautorizado pelos restantes partidos da esquerda, de centro esquerda, da esquerda mais à esquerda, da extrema-esquerda, enfim, desta nova esquerda que se fala".
PSD e CDS tinham manifestado vontade de assinalar os 40 anos do 25 de Novembro de 1975 numa carta dirigida ao presidente da Assembleia da República, mas o grupo de trabalho criado pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, para decidir sobre as eventuais iniciativas que assinalariam a efeméride acabou por não reunir porque os representantes de PS, Bloco de Esquerda, PCP e partido ecologista “Os Verdes” não compareceram.
Na sessão estiveram ainda presentes o historiador Rui Ramos e o general Rui Tomé, a convite dos partidos de direita.