Legislativas. David Justino na calha para cabeça-de-lista em Lisboa

19-06-2019
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O vice-presidente do PSD e ex-ministro da Educação David Justino é o nome em cima da mesa para liderar a lista de candidatos do PSD pelo círculo eleitoral de Lisboa nas próximas eleições legislativas.

De acordo com vários sociais--democratas ouvidos pelo i, o dirigente poderá ser a solução escolhida pelo presidente do partido, Rui Rio, a quem cabe a última palavra na escolha dos líderes das listas para as próximas eleições, marcadas para 6 de outubro.

Nas últimas legislativas, em 2015, a lista de candidatos por Lisboa foi liderada pelo antigo presidente do PSD e ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Agora, será na distrital liderada por Pedro Pinto que se esperam as maiores alterações.

Contactado pelo i, até à hora de fecho do jornal desta quarta-feira, David Justino não prestou qualquer declaração sobre este cenário.

Negrão cabeça-de-lista em Setúbal Mas as mudanças nas listas não se ficam por Lisboa. Outra das grandes novidades é o regresso do atual líder da bancada parlamentar, Fernando Negrão, a cabeça-de-lista por Setúbal. Em 2015, Negrão ocupou o segundo lugar da lista do círculo de Braga. Mas, nas legislativas de 2005 e de 2009, foi cabeça-de-lista do PSD por Setúbal.

A antiga ministra das Finanças de Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque – que em 2015 liderou a lista do distrito –, passa a número dois da lista de candidatos.

Já o atual presidente da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, está apontado para ocupar o terceiro lugar da lista. No entanto, o i sabe que Bruno Vitorino – que é próximo de Miguel Pinto Luz e se colocou ao lado dos críticos de Rui Rio que defenderam as diretas em janeiro – está a ponderar sair da lista de candidatos.

Grande renovação à vista Além dos cabeças-de-lista, na bancada social-democrata antevê-se uma grande renovação face à composição inicial eleita em outubro de 2015.

Muitas figuras de peso já saíram pelo seu próprio pé – casos de Aguiar-Branco ou Luís Campos Ferreira – e, ontem, a ex- -vice-presidente da comissão política do PSD da direção de Passos Coelho e atual deputada Teresa Morais anunciou que também não quer ficar nas listas.

A parlamentar e ex-ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania foi, aliás, muito dura na hora da saída. Fez um discurso de balanço e análise na assembleia distrital do PSD/Leiria e colocou excertos da sua intervenção no Facebook para que não restassem dúvidas sobre a sua atitude. Teresa Morais considerou que o partido está “definhar” com a direção de Rio e diz não se reconhecer nesta versão do PSD. Mais: num tom “clarificador”, Teresa Morais sublinhou que não quer ter “rigorosamente nada em comum com quem está a definhar o partido, a excluir em vez de acrescentar, a tornar o PSD num partido maneirinho e homogéneo”. Ou seja, a ex- -governante escreveu que a atual versão do partido não é a sua e que vê o PSD de hoje como um “partido mediano e ideologicamente puro, onde só cabem amigos e acólitos subservientes”.

E existem mais deputados que pensam como Teresa Morais. A única diferença é a atitude. Uns ficam a aguardar para ver até onde vai a capacidade da direção social-democrata para tentar unir ou, pelo contrário, assumir-se como um “partido de fação”.

O i sabe que pelo caminho deverão ficar mais algumas figuras do partido, como Carlos Abreu Amorim, alinhado com a anterior direção, e Miguel Morgado, antigo assessor político de Passos Coelho.

Matos Correia, vice-presidente da Assembleia da República e ex-vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, é outro dos nomes que deverão estar de saída das listas para um próximo mandato como deputado. O i apurou que o deputado tem dado sinais, junto de pessoas que lhe são próximas, de que poderá não continuar na próxima legislatura. Até à hora de fecho desta edição, o parlamentar manteve-se incontactável.

O mesmo caminho terá Duarte Marques, ex-presidente da JSD, ou Nuno Serra, ex-líder da distrital de Santarém. Ambos foram apoiantes de Santana Lopes na disputa pela liderança do partido.

Também Ulisses Pereira, eleito por Aveiro, estará de saída do Parlamento por vontade própria.

Durante o fim de semana, Leitão Amaro, ex-secretário de Estado da Administração Local do Governo de Passos Coelho, também anunciou a sua saída do Parlamento, onde esteve sete anos. Mas o atual vice-presidente da bancada deixou a promessa de que “não vai abandonar a vida política”. A somar a estes nomes estão ainda Paula Teixeira da Cruz, ex-ministra da Justiça, Manuel Frexes, presidente da distrital de Castelo Branco, Maurício Marques, ex-líder da distrital de Coimbra, e Sérgio Azevedo, ex-vice-presidente da bancada.

Incógnitas Hugo Soares, um dos rostos críticos da atual direção e braço-direito de Luís Montenegro, é uma das grandes dúvidas na lista de Braga. Em janeiro, depois de Montenegro ter perdido a contenda com Rui Rio para garantir a realização de eleições diretas, Hugo Soares disse alto e bom som, numa entrevista à TSF, que não estaria disponível para ser candidato a um próximo mandato como deputado se perdesse o combate. “Sairei pelo meu próprio pé das listas, não sendo candidato novamente”, frisou em janeiro, em plena semana quente da disputa pela liderança do partido.

Mas, desde então, Hugo Soares tem sido discreto e não tem falado do assunto. Contactado pelo i, o parlamentar não fez qualquer comentário sobre o seu futuro.

Outra das incógnitas é Pedro Pinto, atual líder da distrital de Lisboa. Várias fontes apontam ao i que o parlamentar também terá dado sinais de ter vontade de sair, tanto das listas como da direção da estrutura do partido. Durante décadas, Pedro Pinto foi um dos rostos apoiantes de Santana Lopes e um dos líderes das distritais que teceram duras críticas a Rui Rio, e participou na reunião onde se avaliou as diretas no partido.

Ao i, o parlamentar garantiu que “nunca se pronunciou sobre essa questão” e que “só o fará na reunião distrital” a que preside.

As contas finais só surgirão a 19 de julho. Até lá, entre 25 de junho e 1 de julho, as distritais irão propor as listas à direção do partido.

O vice-presidente do PSD e ex-ministro da Educação David Justino é o nome em cima da mesa para liderar a lista de candidatos do PSD pelo círculo eleitoral de Lisboa nas próximas eleições legislativas.

De acordo com vários sociais--democratas ouvidos pelo i, o dirigente poderá ser a solução escolhida pelo presidente do partido, Rui Rio, a quem cabe a última palavra na escolha dos líderes das listas para as próximas eleições, marcadas para 6 de outubro.

Nas últimas legislativas, em 2015, a lista de candidatos por Lisboa foi liderada pelo antigo presidente do PSD e ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Agora, será na distrital liderada por Pedro Pinto que se esperam as maiores alterações.

Contactado pelo i, até à hora de fecho do jornal desta quarta-feira, David Justino não prestou qualquer declaração sobre este cenário.

Negrão cabeça-de-lista em Setúbal Mas as mudanças nas listas não se ficam por Lisboa. Outra das grandes novidades é o regresso do atual líder da bancada parlamentar, Fernando Negrão, a cabeça-de-lista por Setúbal. Em 2015, Negrão ocupou o segundo lugar da lista do círculo de Braga. Mas, nas legislativas de 2005 e de 2009, foi cabeça-de-lista do PSD por Setúbal.

A antiga ministra das Finanças de Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque – que em 2015 liderou a lista do distrito –, passa a número dois da lista de candidatos.

Já o atual presidente da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, está apontado para ocupar o terceiro lugar da lista. No entanto, o i sabe que Bruno Vitorino – que é próximo de Miguel Pinto Luz e se colocou ao lado dos críticos de Rui Rio que defenderam as diretas em janeiro – está a ponderar sair da lista de candidatos.

Grande renovação à vista Além dos cabeças-de-lista, na bancada social-democrata antevê-se uma grande renovação face à composição inicial eleita em outubro de 2015.

Muitas figuras de peso já saíram pelo seu próprio pé – casos de Aguiar-Branco ou Luís Campos Ferreira – e, ontem, a ex- -vice-presidente da comissão política do PSD da direção de Passos Coelho e atual deputada Teresa Morais anunciou que também não quer ficar nas listas.

A parlamentar e ex-ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania foi, aliás, muito dura na hora da saída. Fez um discurso de balanço e análise na assembleia distrital do PSD/Leiria e colocou excertos da sua intervenção no Facebook para que não restassem dúvidas sobre a sua atitude. Teresa Morais considerou que o partido está “definhar” com a direção de Rio e diz não se reconhecer nesta versão do PSD. Mais: num tom “clarificador”, Teresa Morais sublinhou que não quer ter “rigorosamente nada em comum com quem está a definhar o partido, a excluir em vez de acrescentar, a tornar o PSD num partido maneirinho e homogéneo”. Ou seja, a ex- -governante escreveu que a atual versão do partido não é a sua e que vê o PSD de hoje como um “partido mediano e ideologicamente puro, onde só cabem amigos e acólitos subservientes”.

E existem mais deputados que pensam como Teresa Morais. A única diferença é a atitude. Uns ficam a aguardar para ver até onde vai a capacidade da direção social-democrata para tentar unir ou, pelo contrário, assumir-se como um “partido de fação”.

O i sabe que pelo caminho deverão ficar mais algumas figuras do partido, como Carlos Abreu Amorim, alinhado com a anterior direção, e Miguel Morgado, antigo assessor político de Passos Coelho.

Matos Correia, vice-presidente da Assembleia da República e ex-vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, é outro dos nomes que deverão estar de saída das listas para um próximo mandato como deputado. O i apurou que o deputado tem dado sinais, junto de pessoas que lhe são próximas, de que poderá não continuar na próxima legislatura. Até à hora de fecho desta edição, o parlamentar manteve-se incontactável.

O mesmo caminho terá Duarte Marques, ex-presidente da JSD, ou Nuno Serra, ex-líder da distrital de Santarém. Ambos foram apoiantes de Santana Lopes na disputa pela liderança do partido.

Também Ulisses Pereira, eleito por Aveiro, estará de saída do Parlamento por vontade própria.

Durante o fim de semana, Leitão Amaro, ex-secretário de Estado da Administração Local do Governo de Passos Coelho, também anunciou a sua saída do Parlamento, onde esteve sete anos. Mas o atual vice-presidente da bancada deixou a promessa de que “não vai abandonar a vida política”. A somar a estes nomes estão ainda Paula Teixeira da Cruz, ex-ministra da Justiça, Manuel Frexes, presidente da distrital de Castelo Branco, Maurício Marques, ex-líder da distrital de Coimbra, e Sérgio Azevedo, ex-vice-presidente da bancada.

Incógnitas Hugo Soares, um dos rostos críticos da atual direção e braço-direito de Luís Montenegro, é uma das grandes dúvidas na lista de Braga. Em janeiro, depois de Montenegro ter perdido a contenda com Rui Rio para garantir a realização de eleições diretas, Hugo Soares disse alto e bom som, numa entrevista à TSF, que não estaria disponível para ser candidato a um próximo mandato como deputado se perdesse o combate. “Sairei pelo meu próprio pé das listas, não sendo candidato novamente”, frisou em janeiro, em plena semana quente da disputa pela liderança do partido.

Mas, desde então, Hugo Soares tem sido discreto e não tem falado do assunto. Contactado pelo i, o parlamentar não fez qualquer comentário sobre o seu futuro.

Outra das incógnitas é Pedro Pinto, atual líder da distrital de Lisboa. Várias fontes apontam ao i que o parlamentar também terá dado sinais de ter vontade de sair, tanto das listas como da direção da estrutura do partido. Durante décadas, Pedro Pinto foi um dos rostos apoiantes de Santana Lopes e um dos líderes das distritais que teceram duras críticas a Rui Rio, e participou na reunião onde se avaliou as diretas no partido.

Ao i, o parlamentar garantiu que “nunca se pronunciou sobre essa questão” e que “só o fará na reunião distrital” a que preside.

As contas finais só surgirão a 19 de julho. Até lá, entre 25 de junho e 1 de julho, as distritais irão propor as listas à direção do partido.

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