máquina de lavar: O Ano Político de 2012

18-09-2019
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2012 foi um ano marcante, que ficará para a História da
Autonomia Açoriana como o fim da governação de 16 anos de Carlos César e a
passagem de testemunho para o seu discípulo Vasco Cordeiro. 

Há um ano atrás ninguém acreditaria que o resultado das
eleições de Outubro fosse aquele que veio a acontecer. Pelo contrário, há um
ano atrás a maioria dos analistas políticos tanto nos Açores como no continente
davam como certa uma mudança no partido do poder nos Açores. Esperava-se que
Berta Cabral viesse a aproveitar, desde logo, do seu próprio capital político,
ganho meritoriamente nos 11 anos que esteve na presidência da maior Câmara Municipal dos Açores, mas também do evidente desgaste que o Partido Socialista
vinha a sofrer, que se traduzia em problemas financeiros gravíssimos e um
desemprego galopante.

No entanto, uma série de erros de estratégia por parte do
PSD/Açores, aliados ao uso inteligente do poder, por parte do PS/Açores
acabaram por dar a vitória aos socialistas dos Açores. O efeito Pedro Passos
Coelho veio apenas aumentar as distâncias. Se não tivéssemos tido o efeito
Passos Coelho, no máximo, o PSD-Açores teria evitado a maioria absoluta do PS.

O PSD/Açores teve uma
oportunidade única de destronar o PS do poder, mas deixou-se levar e perder por
dinâmicas internas a antigas muito difíceis de compreender. Não se compreendeu,
por exemplo, o insistir-se em nomes que se sabiam fazer perder votos em vez de
ganhar. Não se percebeu também a febre dos independentes, que, já agora,
atingiu também o PS-Açores. Independentes que se sabiam ser apenas mercenários,
pessoas sem nenhum sentido de serviço público, como se comprovou ao não
aceitarem os seus lugares de deputados. Pessoas que entendem o serviço público
como um jogo, em que só jogam se for para ganhar. O PSD Açores deixou-se levar.
Não houve capacidade de liderança. Não houve capacidade estratégica. Imperou a
lógica da garantia dos lugares, em vez do superior interesse da população
açoriana. Depois assistiu-se a um triste espectáculo de arrivistas, pessoas a quem
lhes cheirou o poder e colaram-se como puderam a Berta Cabral, ajudando ainda
mais a afundar o barco. O PSD-Açores fez quase tudo mal. Agora, o PSD tem as
autárquicas em 2013. Tem algumas boas hipóteses, como manter Ponta Delgada nas
mãos do competente José Bolieiro. Mas, se não se aprender com os erros dos
passado, os maus resultados continuarão. Isso é certo.

O PS não jogou limpo. Já se esperava. Usaram todos os truques
e mais alguns para manter captivo e dependente grande parte do eleitorado.
Fala-se sempre nas sacas de cimento, ou nas fotografias de telemóvel no dia da
eleição. Mas nunca se prova nada disso. Mas, uma coisa é certa, por exemplo os
milhares de jovens que estavam no programa Estagiar e que acabavam os seus
estágios em Agosto, viram os prazos alargados até Dezembro. Ou seja, o PS
conseguiu encobrir os números do desemprego por mais uns meses, passando,
assim, por Outubro com uma taxa de desemprego que estava longe de ser a
verdadeira. 

O desemprego nos Açores é, verdadeiramente, o nosso maior
problema. Passou de 9% em 2011, para 15% em 2012, mas de certeza que a
realidade está acima dos 20%. 

E o desemprego é apenas a ponta do icebergue. Na verdade,
estima-se que a situação económica e financeira nos Açores não seja nada
saudável e o trabalho que o novo governo tem em mãos será terrivelmente
difícil. Vasco Cordeiro escolheu o governo que achou ser o melhor para
enfrentar os problemas que todos sabemos termos pela frente e nós, açorianos,
apenas lhes podemos desejar o melhor e esperar para ver.

A nível nacional, as notícias são cada vez piores. Em 2013 a
situação vai ser pior que em 2012. A verdade é que nós fomos habituados a um
nível de vida e de repente estão a tirar-nos tudo. E as pessoas só aguentam
serem saqueadas naquilo que é seu durante um certo tempo. Receio que em 2013,
além das maiores dificuldades, ainda teremos mais convulsões sociais. Espera-se
também que todos os esforços que estão sendo impostos aos portugueses tenham os
resultados esperados e que em 2014 se veja uma luz ao fundo do túnel.

Precisamos de homens de estado e que estejam verdadeiramente
disponíveis para o serviço público, em vez destes abutres que nos têm vindo a
governar e que pensam apenas em si próprios e nada mais. Acima de tudo,
precisamos de muita saúde e união para ultrapassarmos um ano de 2013 que nos
trará dificuldades.

2012 foi um ano marcante, que ficará para a História da
Autonomia Açoriana como o fim da governação de 16 anos de Carlos César e a
passagem de testemunho para o seu discípulo Vasco Cordeiro. 

Há um ano atrás ninguém acreditaria que o resultado das
eleições de Outubro fosse aquele que veio a acontecer. Pelo contrário, há um
ano atrás a maioria dos analistas políticos tanto nos Açores como no continente
davam como certa uma mudança no partido do poder nos Açores. Esperava-se que
Berta Cabral viesse a aproveitar, desde logo, do seu próprio capital político,
ganho meritoriamente nos 11 anos que esteve na presidência da maior Câmara Municipal dos Açores, mas também do evidente desgaste que o Partido Socialista
vinha a sofrer, que se traduzia em problemas financeiros gravíssimos e um
desemprego galopante.

No entanto, uma série de erros de estratégia por parte do
PSD/Açores, aliados ao uso inteligente do poder, por parte do PS/Açores
acabaram por dar a vitória aos socialistas dos Açores. O efeito Pedro Passos
Coelho veio apenas aumentar as distâncias. Se não tivéssemos tido o efeito
Passos Coelho, no máximo, o PSD-Açores teria evitado a maioria absoluta do PS.

O PSD/Açores teve uma
oportunidade única de destronar o PS do poder, mas deixou-se levar e perder por
dinâmicas internas a antigas muito difíceis de compreender. Não se compreendeu,
por exemplo, o insistir-se em nomes que se sabiam fazer perder votos em vez de
ganhar. Não se percebeu também a febre dos independentes, que, já agora,
atingiu também o PS-Açores. Independentes que se sabiam ser apenas mercenários,
pessoas sem nenhum sentido de serviço público, como se comprovou ao não
aceitarem os seus lugares de deputados. Pessoas que entendem o serviço público
como um jogo, em que só jogam se for para ganhar. O PSD Açores deixou-se levar.
Não houve capacidade de liderança. Não houve capacidade estratégica. Imperou a
lógica da garantia dos lugares, em vez do superior interesse da população
açoriana. Depois assistiu-se a um triste espectáculo de arrivistas, pessoas a quem
lhes cheirou o poder e colaram-se como puderam a Berta Cabral, ajudando ainda
mais a afundar o barco. O PSD-Açores fez quase tudo mal. Agora, o PSD tem as
autárquicas em 2013. Tem algumas boas hipóteses, como manter Ponta Delgada nas
mãos do competente José Bolieiro. Mas, se não se aprender com os erros dos
passado, os maus resultados continuarão. Isso é certo.

O PS não jogou limpo. Já se esperava. Usaram todos os truques
e mais alguns para manter captivo e dependente grande parte do eleitorado.
Fala-se sempre nas sacas de cimento, ou nas fotografias de telemóvel no dia da
eleição. Mas nunca se prova nada disso. Mas, uma coisa é certa, por exemplo os
milhares de jovens que estavam no programa Estagiar e que acabavam os seus
estágios em Agosto, viram os prazos alargados até Dezembro. Ou seja, o PS
conseguiu encobrir os números do desemprego por mais uns meses, passando,
assim, por Outubro com uma taxa de desemprego que estava longe de ser a
verdadeira. 

O desemprego nos Açores é, verdadeiramente, o nosso maior
problema. Passou de 9% em 2011, para 15% em 2012, mas de certeza que a
realidade está acima dos 20%. 

E o desemprego é apenas a ponta do icebergue. Na verdade,
estima-se que a situação económica e financeira nos Açores não seja nada
saudável e o trabalho que o novo governo tem em mãos será terrivelmente
difícil. Vasco Cordeiro escolheu o governo que achou ser o melhor para
enfrentar os problemas que todos sabemos termos pela frente e nós, açorianos,
apenas lhes podemos desejar o melhor e esperar para ver.

A nível nacional, as notícias são cada vez piores. Em 2013 a
situação vai ser pior que em 2012. A verdade é que nós fomos habituados a um
nível de vida e de repente estão a tirar-nos tudo. E as pessoas só aguentam
serem saqueadas naquilo que é seu durante um certo tempo. Receio que em 2013,
além das maiores dificuldades, ainda teremos mais convulsões sociais. Espera-se
também que todos os esforços que estão sendo impostos aos portugueses tenham os
resultados esperados e que em 2014 se veja uma luz ao fundo do túnel.

Precisamos de homens de estado e que estejam verdadeiramente
disponíveis para o serviço público, em vez destes abutres que nos têm vindo a
governar e que pensam apenas em si próprios e nada mais. Acima de tudo,
precisamos de muita saúde e união para ultrapassarmos um ano de 2013 que nos
trará dificuldades.

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