Fernando Negrão eleito com 39% dos votos da bancada do PSD

07-09-2018
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O momento é de expectativa: os deputados do PSD votaram, as urnas fecharam, mas Fernando Negrão - o único candidato - não conseguiu a maioria dos votos para a bancada parlamentar. Apenas 35 dos deputados sociais-democratas quiseram Negrão como líder, tendo 32 deputados votado em branco e 21 nulo.

Negrão não conseguiu, assim, ter pelo menos metade dos votos da sua bancada, e esse era o objetivo que tinha definido. Durante o Congresso do PSD, o deputado disse ao Observador que “se ganham eleições com mais um voto do que a maioria”.

Entretanto, Negrão anunciou que vai assumir o cargo porque interpreta os votos em branco como expressão do “exercício da dúvida” e por isso acredita “ter condições” para liderar a bancada. E há outro motivo: mais ninguém teve a “coragem” de se candidatar - Negrão foi candidato único à eleição - e por isso Negrão “assume essa responsabilidade”.

Fernando Negrão foi o único deputado que se apresentou como candidato à liderança da bancada parlamentar. Mas nem por isso o seu nome foi consensual. Por um lado, Negrão não apoiou Rui Rio nas eleições internas para a presidência do partido; por outro, mesmo do lado dos santanistas, havia quem defendesse a continuidade de Hugo Soares na liderança parlamentar, uma vez que o agora ex-líder esteve à frente da bancada apenas sete meses, tendo sido eleito em julho com uma vasta maioria dos votos (85%).

Talvez por isso, na conferência de imprensa em que anunciou a candidatura, Negrão disse esperar ter os votos necessários mas não almejar a um consenso de 100% nem querer obrigar as pessoas a votar em si: “Estou preparado para tudo quanto à votação”, admitiu. Dias depois, recusava dizer qual seria a fasquia desejável para a sua eleição e não respondia se precisaria de 50% dos votos para assumir a liderança de uma bancada dividida. Mas lembrava: “Acontece com todos os grandes partidos políticos as votações mais variáveis que se possa imaginar”.

Negrão anunciou a candidatura depois de ter conversado com Rui Rio – uma conversa em que disse não ter sido posta a hipótese de Hugo Soares continuar no cargo – e de lhe ter comunicado depois, “por cortesia”, a sua decisão. Na terça-feira, apresentou a sua lista à direção, com sete vice-presidentes. Destes, Adão Silva, António Leitão Amaro (ambos apoiantes de Rio nas eleições internas) e Margarida Mano transitam da presidência anterior; os deputados Emídio Guerreiro, Carlos Peixoto, Rubina Berardo e António Costa Silva passam agora a fazer parte da direção da bancada.

O momento é de expectativa: os deputados do PSD votaram, as urnas fecharam, mas Fernando Negrão - o único candidato - não conseguiu a maioria dos votos para a bancada parlamentar. Apenas 35 dos deputados sociais-democratas quiseram Negrão como líder, tendo 32 deputados votado em branco e 21 nulo.

Negrão não conseguiu, assim, ter pelo menos metade dos votos da sua bancada, e esse era o objetivo que tinha definido. Durante o Congresso do PSD, o deputado disse ao Observador que “se ganham eleições com mais um voto do que a maioria”.

Entretanto, Negrão anunciou que vai assumir o cargo porque interpreta os votos em branco como expressão do “exercício da dúvida” e por isso acredita “ter condições” para liderar a bancada. E há outro motivo: mais ninguém teve a “coragem” de se candidatar - Negrão foi candidato único à eleição - e por isso Negrão “assume essa responsabilidade”.

Fernando Negrão foi o único deputado que se apresentou como candidato à liderança da bancada parlamentar. Mas nem por isso o seu nome foi consensual. Por um lado, Negrão não apoiou Rui Rio nas eleições internas para a presidência do partido; por outro, mesmo do lado dos santanistas, havia quem defendesse a continuidade de Hugo Soares na liderança parlamentar, uma vez que o agora ex-líder esteve à frente da bancada apenas sete meses, tendo sido eleito em julho com uma vasta maioria dos votos (85%).

Talvez por isso, na conferência de imprensa em que anunciou a candidatura, Negrão disse esperar ter os votos necessários mas não almejar a um consenso de 100% nem querer obrigar as pessoas a votar em si: “Estou preparado para tudo quanto à votação”, admitiu. Dias depois, recusava dizer qual seria a fasquia desejável para a sua eleição e não respondia se precisaria de 50% dos votos para assumir a liderança de uma bancada dividida. Mas lembrava: “Acontece com todos os grandes partidos políticos as votações mais variáveis que se possa imaginar”.

Negrão anunciou a candidatura depois de ter conversado com Rui Rio – uma conversa em que disse não ter sido posta a hipótese de Hugo Soares continuar no cargo – e de lhe ter comunicado depois, “por cortesia”, a sua decisão. Na terça-feira, apresentou a sua lista à direção, com sete vice-presidentes. Destes, Adão Silva, António Leitão Amaro (ambos apoiantes de Rio nas eleições internas) e Margarida Mano transitam da presidência anterior; os deputados Emídio Guerreiro, Carlos Peixoto, Rubina Berardo e António Costa Silva passam agora a fazer parte da direção da bancada.

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