Jack Bauer e Teresa Coelho

21-03-2017
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Quase tão nervosos como os fãs de "24" estavam os militantes do PSD de Lisboa: Passos Coelho nunca mais anunciava aos crentes o seu candidato para concorrer contra Fernando Medina (e, já agora, contra Assunção Cristas). Da cartola reduzida onde o líder do PSD faz os truques saiu Teresa Leal Coelho. Depois da longa espera esperava-se que Passos Coelho anunciasse um candidato arrasador, estilo Arnold Schwarzenegger. Saiu uma política estimável, mas que para os alfacinhas parece um emoji. Lisboa precisava de um candidato forte do PSD para dirimir com Fernando Medina (e Manuel Salgado), o estado da capital, o seu modelo de existência e o lugar dos lisboetas nesta cidade turística. Não parece que tenha sido essa a opção: Passos Coelho escolheu uma das suas fiéis seguidoras. É pouco. É pouco estimulante. É um desastre anunciado. Para Teresa Leal Coelho e para Passos Coelho.

A escolha da candidata social-democrata é uma espécie de prenda para Medina: dificilmente não ganhará as eleições. Pior: é uma opção pouco tentadora para o eleitorado conservador que, vistas as coisas, poderá muito bem optar pela mais acutilante Assunção Cristas. Numa altura em que esta parece querer enterrar a herança da aliança com o PSD, preparando o seu próprio espaço (até para um dia poder negociar maiorias com António Costa), a escolha de Teresa Leal Coelho pelo PSD é um rebuçado para a líder centrista. Está há mais tempo no terreno e tem um aura de simpatia que Teresa Leal Coelho obviamente não tem. Se Passos Coelho queria um Jack Bauer, enganou-se no cardápio. O entusiasmo das bases lisboetas do PSD disse tudo sobre a boa nova. Passos Coelho, ao escolhê-la, desafia o seu destino: se o resultado for uma catástrofe, ele pode começar a pensar na reforma.

Grande repórter

Quase tão nervosos como os fãs de "24" estavam os militantes do PSD de Lisboa: Passos Coelho nunca mais anunciava aos crentes o seu candidato para concorrer contra Fernando Medina (e, já agora, contra Assunção Cristas). Da cartola reduzida onde o líder do PSD faz os truques saiu Teresa Leal Coelho. Depois da longa espera esperava-se que Passos Coelho anunciasse um candidato arrasador, estilo Arnold Schwarzenegger. Saiu uma política estimável, mas que para os alfacinhas parece um emoji. Lisboa precisava de um candidato forte do PSD para dirimir com Fernando Medina (e Manuel Salgado), o estado da capital, o seu modelo de existência e o lugar dos lisboetas nesta cidade turística. Não parece que tenha sido essa a opção: Passos Coelho escolheu uma das suas fiéis seguidoras. É pouco. É pouco estimulante. É um desastre anunciado. Para Teresa Leal Coelho e para Passos Coelho.

A escolha da candidata social-democrata é uma espécie de prenda para Medina: dificilmente não ganhará as eleições. Pior: é uma opção pouco tentadora para o eleitorado conservador que, vistas as coisas, poderá muito bem optar pela mais acutilante Assunção Cristas. Numa altura em que esta parece querer enterrar a herança da aliança com o PSD, preparando o seu próprio espaço (até para um dia poder negociar maiorias com António Costa), a escolha de Teresa Leal Coelho pelo PSD é um rebuçado para a líder centrista. Está há mais tempo no terreno e tem um aura de simpatia que Teresa Leal Coelho obviamente não tem. Se Passos Coelho queria um Jack Bauer, enganou-se no cardápio. O entusiasmo das bases lisboetas do PSD disse tudo sobre a boa nova. Passos Coelho, ao escolhê-la, desafia o seu destino: se o resultado for uma catástrofe, ele pode começar a pensar na reforma.

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