Vou Beber Café: O Barlavento vale zero

20-04-2019
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Se, no Algarve, os resultados eleitorais de 4 de Outubro se
situassem dentro dos níveis da mais recente sondagem do Expresso/SIC, o PS
conseguiria eleger quatro deputados; a coligação PSD/CDS outros quatro e a CDU
manteria um eleito.

Em termos geográficos passaríamos a ter uma das representações
mais desequilibradas de sempre.

Pelo PS seriam eleitos: José Apolinário (Faro), António Eusébio
(S. Brás de Alportel), Jamila Madeira (Loulé) e Luís Graça (Faro). Pela
coligação PSD/CDS iriam para o Parlamento: José Carlos Barros (Vila Real Sto.
António), Cristóvão Norte (Faro), Teresa Caeiro (Lisboa) e Pedro Lomba
(Lisboa). Finalmente, pela CDU manter-se-ia Paulo Sá (Faro).

Ou seja, da zona geográfica do Algarve que vai de Loulé a Vila
Real de Sto. António sairiam sete deputados, a juntar a dois de… Lisboa. A
parte do Algarve que vai Albufeira a Vila do Bispo – onde habitam cerca de 200
mil pessoas - ficaria sem representantes.

Obviamente que se pode dizer que não é por ser deste ou daquele concelho
que um deputado vai representar melhor ou pior o Algarve. Pois, mas pela lógica
natural das coisas, é provável que alguém de Portimão, Lagos, Lagoa ou
Albufeira tenha maior conhecimento e sensibilidade sobre o que se passa no
Barlavento e seja mais provável que procure alertar os seus pares e o Governo
para os problemas desta sub-região.

A colocação de candidatos nas listas tem
muito mais a ver com a força de cada estrutura concelhia do que com a qualidade
e capacidades dos escolhidos. E a ausência de candidatos desta zona do Algarve
significa que o peso político do Barlavento junto de quem manda nos principais
partidos nacionais é zero ou pouco mais do que isso.

(Opinião, Jorge Eusébio)

Posts relacionados:

A candidata a deputada pelo Algarve que expulsou algarvios do Parlamento

Têm o que merecem 

Se, no Algarve, os resultados eleitorais de 4 de Outubro se
situassem dentro dos níveis da mais recente sondagem do Expresso/SIC, o PS
conseguiria eleger quatro deputados; a coligação PSD/CDS outros quatro e a CDU
manteria um eleito.

Em termos geográficos passaríamos a ter uma das representações
mais desequilibradas de sempre.

Pelo PS seriam eleitos: José Apolinário (Faro), António Eusébio
(S. Brás de Alportel), Jamila Madeira (Loulé) e Luís Graça (Faro). Pela
coligação PSD/CDS iriam para o Parlamento: José Carlos Barros (Vila Real Sto.
António), Cristóvão Norte (Faro), Teresa Caeiro (Lisboa) e Pedro Lomba
(Lisboa). Finalmente, pela CDU manter-se-ia Paulo Sá (Faro).

Ou seja, da zona geográfica do Algarve que vai de Loulé a Vila
Real de Sto. António sairiam sete deputados, a juntar a dois de… Lisboa. A
parte do Algarve que vai Albufeira a Vila do Bispo – onde habitam cerca de 200
mil pessoas - ficaria sem representantes.

Obviamente que se pode dizer que não é por ser deste ou daquele concelho
que um deputado vai representar melhor ou pior o Algarve. Pois, mas pela lógica
natural das coisas, é provável que alguém de Portimão, Lagos, Lagoa ou
Albufeira tenha maior conhecimento e sensibilidade sobre o que se passa no
Barlavento e seja mais provável que procure alertar os seus pares e o Governo
para os problemas desta sub-região.

A colocação de candidatos nas listas tem
muito mais a ver com a força de cada estrutura concelhia do que com a qualidade
e capacidades dos escolhidos. E a ausência de candidatos desta zona do Algarve
significa que o peso político do Barlavento junto de quem manda nos principais
partidos nacionais é zero ou pouco mais do que isso.

(Opinião, Jorge Eusébio)

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