Lone Star procura novo ‘chairman’

28-05-2017
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O Lone Star, fundo de investimento norte-americano escolhido pelo Banco de Portugal para comprar o Novo Banco, está à procura de um novo ‘chairman’ [presidente não executivo] para substituir Rui Cartaxo na presidência do conselho de administração do banco liderado por António Ramalho. Caso se concretize a operação, mantém, no entanto, o compromisso, que já assumiu, de manter António Ramalho como presidente executivo.

Fonte próxima do processo revelou ao Jornal Económico que o Lone Star “já tem o alvo definido”, com a preferência a recair sobre um novo “chairman português que conheça muito bem o sector financeiro”.

Questionada sobre a decisão de o Lone Star não querer manter Rui Cartaxo como presidente não executivo do Novo Banco, fonte oficial do fundo norte-americano não faz comentários. Mas o Jornal Económico sabe que a mudança – que visa garantir um gestor da confiança do novo acionista na administração – já está conversada, não estando ainda fechada a contração do sucessor de Rui Cartaxo, que assumiu a 8 de abril a presidência do conselho de administração do Novo Banco após a a provação dos novos estatutos.

A designação de Rui Cartaxo coube ao Fundo de Resolução, que indicou ainda quatro novos nomes para a comissão executiva do Novo Banco, liderada por António Ramalho, que mantém em funções Vítor Fernandes e Jorge Cardoso (o CFO).

Os quatro novos gestores são – Isabel Ferreira, ex-CEO do Banco Best; Luísa Soares da Silva, sócia da sociedade de advocacia MLGTSS; Rui Fontes, responsável de risco do Novo Banco, e José Eduardo Bettencourt, ex-Santander, ex-presidente do Sporting, e ex-chefe de gabinete de Eduardo Stock da Cunha.

A introdução da figura do chairman faz parte dos novos estatutos do Novo Banco, que assentam numa integração de administradores não executivos.

Lone Star mantém António Ramalho

O comunicado do Novo Banco de 8 de abril realçou ainda que “a Comissão Executiva continua a ser liderada por António Ramalho”, cuja equipa passará a contar com sete elementos, acrescentando que foram ainda aprovados como órgãos de fiscalização uma comissão de auditoria e um revisor oficial de contas.

Em fevereiro, o fundo norte-americano Lone Star tinha já sinalizado que, caso viesse a comprar o Novo Banco, manteria ainda a política comercial deste no apoio às empresas.

“O projeto prevê um trabalho muito próximo com a atual equipa de gestão, contando com a liderança do seu presidente executivo, António Ramalho, cujo conhecimento da instituição é fundamental para sua revitalização”, lê-se na nota enviada à imprensa, a 20 de fevereiro, assinada pelo presidente do Lone Star para a Europa, Olivier Brahin.

O Banco de Portugal anunciou, no mesmo dia, ter selecionado o Lone Star para uma “fase definitiva de negociações, em condições de exclusividade”, no processo de venda do Novo Banco, cujo contrato de promessa de compra e venda foi assinado a 31 de março.

Percurso de Rui Cartaxo

Nascido em 1952, Rui Cartaxo era até agora consultor do conselho de administração do Banco de Portugal, tendo sido responsável pelo grupo de trabalho que fez o livro banco da regulação (Livro Branco).

Licenciado em economia pelo ISEG, Rui Cartaxo assumiu cargos de gestão em algumas das maiores empresas portuguesas do sector das telecomunicações e energia, nas duas últimas décadas. Foi presidente executivo da REN entre 2009 e 2014 e antes exerceu funções de administrador executivo da Transgás, da Galp Energia, da Galp Espanha e ainda da REN.

Na área das telecomunicações, teve o cargo de administrador financeiro (CFO) da ‘holding’ que promoveu a fusão da Telecom Portugal, TLP e Marconi, tendo ainda coordenado o IPO [entrada em bolsa] da Portugal Telecom, a primeira operação de dispersão de capital de uma empresa portuguesa nos mercados internacionais.

O Lone Star, fundo de investimento norte-americano escolhido pelo Banco de Portugal para comprar o Novo Banco, está à procura de um novo ‘chairman’ [presidente não executivo] para substituir Rui Cartaxo na presidência do conselho de administração do banco liderado por António Ramalho. Caso se concretize a operação, mantém, no entanto, o compromisso, que já assumiu, de manter António Ramalho como presidente executivo.

Fonte próxima do processo revelou ao Jornal Económico que o Lone Star “já tem o alvo definido”, com a preferência a recair sobre um novo “chairman português que conheça muito bem o sector financeiro”.

Questionada sobre a decisão de o Lone Star não querer manter Rui Cartaxo como presidente não executivo do Novo Banco, fonte oficial do fundo norte-americano não faz comentários. Mas o Jornal Económico sabe que a mudança – que visa garantir um gestor da confiança do novo acionista na administração – já está conversada, não estando ainda fechada a contração do sucessor de Rui Cartaxo, que assumiu a 8 de abril a presidência do conselho de administração do Novo Banco após a a provação dos novos estatutos.

A designação de Rui Cartaxo coube ao Fundo de Resolução, que indicou ainda quatro novos nomes para a comissão executiva do Novo Banco, liderada por António Ramalho, que mantém em funções Vítor Fernandes e Jorge Cardoso (o CFO).

Os quatro novos gestores são – Isabel Ferreira, ex-CEO do Banco Best; Luísa Soares da Silva, sócia da sociedade de advocacia MLGTSS; Rui Fontes, responsável de risco do Novo Banco, e José Eduardo Bettencourt, ex-Santander, ex-presidente do Sporting, e ex-chefe de gabinete de Eduardo Stock da Cunha.

A introdução da figura do chairman faz parte dos novos estatutos do Novo Banco, que assentam numa integração de administradores não executivos.

Lone Star mantém António Ramalho

O comunicado do Novo Banco de 8 de abril realçou ainda que “a Comissão Executiva continua a ser liderada por António Ramalho”, cuja equipa passará a contar com sete elementos, acrescentando que foram ainda aprovados como órgãos de fiscalização uma comissão de auditoria e um revisor oficial de contas.

Em fevereiro, o fundo norte-americano Lone Star tinha já sinalizado que, caso viesse a comprar o Novo Banco, manteria ainda a política comercial deste no apoio às empresas.

“O projeto prevê um trabalho muito próximo com a atual equipa de gestão, contando com a liderança do seu presidente executivo, António Ramalho, cujo conhecimento da instituição é fundamental para sua revitalização”, lê-se na nota enviada à imprensa, a 20 de fevereiro, assinada pelo presidente do Lone Star para a Europa, Olivier Brahin.

O Banco de Portugal anunciou, no mesmo dia, ter selecionado o Lone Star para uma “fase definitiva de negociações, em condições de exclusividade”, no processo de venda do Novo Banco, cujo contrato de promessa de compra e venda foi assinado a 31 de março.

Percurso de Rui Cartaxo

Nascido em 1952, Rui Cartaxo era até agora consultor do conselho de administração do Banco de Portugal, tendo sido responsável pelo grupo de trabalho que fez o livro banco da regulação (Livro Branco).

Licenciado em economia pelo ISEG, Rui Cartaxo assumiu cargos de gestão em algumas das maiores empresas portuguesas do sector das telecomunicações e energia, nas duas últimas décadas. Foi presidente executivo da REN entre 2009 e 2014 e antes exerceu funções de administrador executivo da Transgás, da Galp Energia, da Galp Espanha e ainda da REN.

Na área das telecomunicações, teve o cargo de administrador financeiro (CFO) da ‘holding’ que promoveu a fusão da Telecom Portugal, TLP e Marconi, tendo ainda coordenado o IPO [entrada em bolsa] da Portugal Telecom, a primeira operação de dispersão de capital de uma empresa portuguesa nos mercados internacionais.

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