Sob o fio da navalha

07-06-2019
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Depois da moção de confiança apresentada pelo partido «Os verdes», sob o pseudónimo de moção de censura, não mudaram os cenários, mas alteraram-se as condições para as conversações que decorrem entre o PS, PSD e CDS.

O PSD rejubilou com a retumbante vitória obtida pela aritmética de uma maioria que se desfez. O CDS mal se ouviu, a digerir a vergonha do ziguezagueante líder que já perdeu o pudor e o eleitorado. O PS, entalado com a moção que, segundo Jerónimo de Sousa, era contra ele, salvou a honra votando sem hesitações e de acordo com o que tem dito. O PCP e o BE cumpriram a liturgia com compostura.

Não sei avaliar as consequências económicas da decisão, ou ausência dela, que vai sair das conversações dos três partidos a quem o PR, desesperado, exigiu que o salvassem. Fê-lo quando viu o barco do seu Governo a meter água e, só então, convidou o PS para o naufrágio, excluindo o PCP e o BE, como se tivessem lepra.

De algumas coisas estou certo depois de ter visto o ar fúnebre de Paulo Portas na AR, o medo, vindo das Selvagens, na face do PR e ouvido um discurso público, de improviso, num registo surrealista, de Passos Coelho a dirigir-se aos conselheiros do PSD, sem ter percebido o ato de contrição e o ataque à sua liderança no testamento de Vítor Gaspar.

Cedo se saberá se é o suicídio de Seguro que se anuncia ou o funeral do Governo que se encomenda. Na segunda hipótese o PR terá de explicar ao País o que o levou a adiar a certidão de óbito ou a negar a remodelação conduzida por Paulo Portas.


Depois da moção de confiança apresentada pelo partido «Os verdes», sob o pseudónimo de moção de censura, não mudaram os cenários, mas alteraram-se as condições para as conversações que decorrem entre o PS, PSD e CDS.

O PSD rejubilou com a retumbante vitória obtida pela aritmética de uma maioria que se desfez. O CDS mal se ouviu, a digerir a vergonha do ziguezagueante líder que já perdeu o pudor e o eleitorado. O PS, entalado com a moção que, segundo Jerónimo de Sousa, era contra ele, salvou a honra votando sem hesitações e de acordo com o que tem dito. O PCP e o BE cumpriram a liturgia com compostura.

Não sei avaliar as consequências económicas da decisão, ou ausência dela, que vai sair das conversações dos três partidos a quem o PR, desesperado, exigiu que o salvassem. Fê-lo quando viu o barco do seu Governo a meter água e, só então, convidou o PS para o naufrágio, excluindo o PCP e o BE, como se tivessem lepra.

De algumas coisas estou certo depois de ter visto o ar fúnebre de Paulo Portas na AR, o medo, vindo das Selvagens, na face do PR e ouvido um discurso público, de improviso, num registo surrealista, de Passos Coelho a dirigir-se aos conselheiros do PSD, sem ter percebido o ato de contrição e o ataque à sua liderança no testamento de Vítor Gaspar.

Cedo se saberá se é o suicídio de Seguro que se anuncia ou o funeral do Governo que se encomenda. Na segunda hipótese o PR terá de explicar ao País o que o levou a adiar a certidão de óbito ou a negar a remodelação conduzida por Paulo Portas.

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