nelson paciencia: Filipe Pinto

03-09-2019
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Conheci o Filipe Pinto naquele que foi, seguramente, um dos dias importantes da minha vida, o dia em que me tornei Urban Sketcher. Foi a 1 de Setembro de 2012, um Sábado quente de Verão, e a pretexto de um workshop de um (para mim) desconhecido Richard Câmara, que fiz os primeiros desenhos num caderno. Desde então que nos cruzámos muitas vezes, em workshops ou encontros, eu sempre com uma curiosidade de menino, a espreitar os cadernos do Filipe, e a perceber como ele, também como eu, andava a evoluir nisto dos desenhos em caderno.

Já o tinha comentado com alguém, mas nunca com ele, e disse-lhe este Sábado, no Museu do Carmo: eu acho mesmo que os desenhos são iguais às pessoas que os fazem. Dei exemplos dos desenhos do José Louro e do Salavisa, que tanto admiro, e de como eles são iguaizinhos àquelas linhas. Alguém que conheça, por exemplo, o João Catarino, não entende que aquela poesia feita com pincéis é igualzinha ao sujeito? Como o Filipe Pinto, que tem desenhos como ele, pacientes, programados e silenciosos, mas afinal tão ricos por detrás daquelas linhas e aguarelas sem imperfeições. Dali não se espera uma coisa estouvada, nem no caderno nem na pessoa.

Desenhei e escrevi parte da palestra do Filipe, e coisas soltas do Museu do Carmo. 

Será que os meus desenhos também de parecem comigo?

I met Filipe Pinto in a day that was surely one of the important ones of my life, the day I became an Urban Sketcher. It was on September 1st in 2012, a hot summer Saturday, and under the pretext of a workshop of one (for me) unknown Richard Câmara, that I made the first drawings in a sketchbook. Since then we have often met in workshops or meetings, always with such a curiosity, peeking at Filipe's sketchbooks, and realizing how him, like myself, was progressingin this sketchbook thing.

I had already mentioned it with someone, but never with him, and I told him this Saturday at the Carmo Museum: I really think the drawings are similar to the people who makes them. I gave examples of the drawings of José Louro and Salavisa, which I admire so much, and how they are similar to those lines. Someone who knows, for example, João Catarino, does not understand that that poetry made with brushes is just like him? Like Filipe Pinto, who has drawings like him, patients, programmed and silent, but after all so rich behind those lines and watercolors without imperfections. From there you do not expect anything out of place, neither in the sketchbook nor in the person.

I drew and wrote part of Philip's lecture, and loose things from the Carmo Museum.

Do my drawings also look like me?

Conheci o Filipe Pinto naquele que foi, seguramente, um dos dias importantes da minha vida, o dia em que me tornei Urban Sketcher. Foi a 1 de Setembro de 2012, um Sábado quente de Verão, e a pretexto de um workshop de um (para mim) desconhecido Richard Câmara, que fiz os primeiros desenhos num caderno. Desde então que nos cruzámos muitas vezes, em workshops ou encontros, eu sempre com uma curiosidade de menino, a espreitar os cadernos do Filipe, e a perceber como ele, também como eu, andava a evoluir nisto dos desenhos em caderno.

Já o tinha comentado com alguém, mas nunca com ele, e disse-lhe este Sábado, no Museu do Carmo: eu acho mesmo que os desenhos são iguais às pessoas que os fazem. Dei exemplos dos desenhos do José Louro e do Salavisa, que tanto admiro, e de como eles são iguaizinhos àquelas linhas. Alguém que conheça, por exemplo, o João Catarino, não entende que aquela poesia feita com pincéis é igualzinha ao sujeito? Como o Filipe Pinto, que tem desenhos como ele, pacientes, programados e silenciosos, mas afinal tão ricos por detrás daquelas linhas e aguarelas sem imperfeições. Dali não se espera uma coisa estouvada, nem no caderno nem na pessoa.

Desenhei e escrevi parte da palestra do Filipe, e coisas soltas do Museu do Carmo. 

Será que os meus desenhos também de parecem comigo?

I met Filipe Pinto in a day that was surely one of the important ones of my life, the day I became an Urban Sketcher. It was on September 1st in 2012, a hot summer Saturday, and under the pretext of a workshop of one (for me) unknown Richard Câmara, that I made the first drawings in a sketchbook. Since then we have often met in workshops or meetings, always with such a curiosity, peeking at Filipe's sketchbooks, and realizing how him, like myself, was progressingin this sketchbook thing.

I had already mentioned it with someone, but never with him, and I told him this Saturday at the Carmo Museum: I really think the drawings are similar to the people who makes them. I gave examples of the drawings of José Louro and Salavisa, which I admire so much, and how they are similar to those lines. Someone who knows, for example, João Catarino, does not understand that that poetry made with brushes is just like him? Like Filipe Pinto, who has drawings like him, patients, programmed and silent, but after all so rich behind those lines and watercolors without imperfections. From there you do not expect anything out of place, neither in the sketchbook nor in the person.

I drew and wrote part of Philip's lecture, and loose things from the Carmo Museum.

Do my drawings also look like me?

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