Partidos insatisfeitos com negócio do Novo Banco

02-04-2017
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O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, considera que a venda do Novo Banco é uma má decisão que só aconteceu porque o Governo deveria ter "acordado mais cedo" para a "necessidade de se proceder a uma venda integral do Novo Banco".

"A venda que hoje foi anunciada é uma venda parcial e ainda por cima acarreta a possibilidade de os contribuintes puderem ter de assumir parte dos custos que estão associados a um processo de capitalização futura do Novo Banco", afirmou.

Também a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, teme o impacto da venda do Novo Banco nas contas públicas.

A líder centrista, sublinha que o "Fundo de Resolução consolida nas contas do Estado e portanto se for necessário emprestar mais dinheiro para fazer face a calotes até 3.800 milhões de euros certamente que isso vai ter algum impacto quer no défice, quer na dívida".

Do lado dos partidos que apoiam o governo, o Bloco de Esquerda classificou o negócio do Novo Banco como "uma venda a preço zero" e vaticinou que, dentro de alguns anos, o Estado será chamado a pagar os custos.

Em declarações aos jornalistas, a deputada Mariana Mortágua desafiou o Governo a debater esta operação no parlamento, dizendo que, se tal não acontecer, o BE avaliará de que forma poderá trazer o tema à Assembleia da República para propor a nacionalização do Novo Banco como a sua alternativa "entre a liquidação e uma má venda".

O deputado do PCP Miguel Tiago lamentou a solução de venda do Novo Banco ao grupo norte-americano Lone Star, prevendo que terá custos para o orçamento de Estado.

"O negócio que agora vemos apresentado aos portugueses e que se traduzirá num novo custo sobre o Orçamento do Estado e o esforço dos trabalhadores demonstra bem a necessidade de travar o processo de alienação. Aquilo que testemunhámos uma vez mais foi o Estado utilizar os recursos dos portugueses para limpar o balanço de um banco", afirmou, no parlamento.

O porta-voz do PS considerou a solução de venda do Novo Banco como a "menos má de todas".

"Não sendo ideal, não sendo a venda estrondosa que, durante muito tempo, inúmeras figuras garantiam que iria acontecer, foi, pelo menos, o encerramento de um ciclo que tinha riscos para o país. Fazendo as contas, olhando para todas as alternativas, parece-nos ser a solução menos má de todas", disse João Galamba, no parlamento.

O primeiro-ministro garantiu que a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo "uma solução equilibrada".

O grupo norte-americano de fundos de investimento Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.

(com Agência Lusa)

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, considera que a venda do Novo Banco é uma má decisão que só aconteceu porque o Governo deveria ter "acordado mais cedo" para a "necessidade de se proceder a uma venda integral do Novo Banco".

"A venda que hoje foi anunciada é uma venda parcial e ainda por cima acarreta a possibilidade de os contribuintes puderem ter de assumir parte dos custos que estão associados a um processo de capitalização futura do Novo Banco", afirmou.

Também a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, teme o impacto da venda do Novo Banco nas contas públicas.

A líder centrista, sublinha que o "Fundo de Resolução consolida nas contas do Estado e portanto se for necessário emprestar mais dinheiro para fazer face a calotes até 3.800 milhões de euros certamente que isso vai ter algum impacto quer no défice, quer na dívida".

Do lado dos partidos que apoiam o governo, o Bloco de Esquerda classificou o negócio do Novo Banco como "uma venda a preço zero" e vaticinou que, dentro de alguns anos, o Estado será chamado a pagar os custos.

Em declarações aos jornalistas, a deputada Mariana Mortágua desafiou o Governo a debater esta operação no parlamento, dizendo que, se tal não acontecer, o BE avaliará de que forma poderá trazer o tema à Assembleia da República para propor a nacionalização do Novo Banco como a sua alternativa "entre a liquidação e uma má venda".

O deputado do PCP Miguel Tiago lamentou a solução de venda do Novo Banco ao grupo norte-americano Lone Star, prevendo que terá custos para o orçamento de Estado.

"O negócio que agora vemos apresentado aos portugueses e que se traduzirá num novo custo sobre o Orçamento do Estado e o esforço dos trabalhadores demonstra bem a necessidade de travar o processo de alienação. Aquilo que testemunhámos uma vez mais foi o Estado utilizar os recursos dos portugueses para limpar o balanço de um banco", afirmou, no parlamento.

O porta-voz do PS considerou a solução de venda do Novo Banco como a "menos má de todas".

"Não sendo ideal, não sendo a venda estrondosa que, durante muito tempo, inúmeras figuras garantiam que iria acontecer, foi, pelo menos, o encerramento de um ciclo que tinha riscos para o país. Fazendo as contas, olhando para todas as alternativas, parece-nos ser a solução menos má de todas", disse João Galamba, no parlamento.

O primeiro-ministro garantiu que a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo "uma solução equilibrada".

O grupo norte-americano de fundos de investimento Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.

(com Agência Lusa)

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