João Galamba: “São os partidos à esquerda que tentam encontrar linhas de divergência com o PS”

28-06-2018
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O PS não se está a afastar dos partidos da geringonça para se aproximar do PSD. O que está a acontecer é o contrário, diz João Galamba, deputado do PS, em entrevista ao “Público” e à “Renascença” esta quinta-feira. “São os partidos à esquerda que tentam encontrar linhas de divergência com o PS, porque precisam dessas linhas de divergência para se apresentarem de forma autónoma às eleições”, atira o deputado socialista.

Confrontado com a opinião de Francisco Louçã, que tem dito e escrito que o PS anda a provocar os partidos de esquerda, Galamba ripostou: “Respondendo diretamente a Francisco Louçã, é ele e outros quem tentam criar linhas divisórias e tentar provocar crises artificiais”.

“É natural que o BE e PCP tentem empolar um pouco divergências que sempre existiram com o PS, que são naturais e não são obstáculo a que se chegue a compromissos. No passado havia muitas áreas onde havia divergências e elas não foram obstáculo a que chegássemos a soluções. Mas têm que ser soluções que representem um compromisso. Se houver partidos que estão mais interessados neste momento, ao contrário do que aconteceu nestes três anos, em hipervalorizar as diferenças e torná-las quase como único referencial relevante neste ano que falta para as eleições.... estão na sua inteira legitimidade para o fazer. Mas é assim que eu entendo essas declarações de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, acho que são tentativas de criar conflitos artificiais”, explicou.

Para Galamba, os acordos à esquerda, com BE e PCP/Verdes, são para manter numa próxima legislatura, pois “já deram resultados muito positivos” e o “povo português sabe valorizar os benefícios” que trouxeram às suas vidas.

“Eu gostava que fosse possível continuar a trabalhar com os partidos à esquerda no futuro - e não vejo razão para que isso não possa acontecer. Acho que a esquerda ganha se for capaz de apresentar soluções de governabilidade. E ganham todos, não apenas o PS”, afirma.

Questionado se o conflito com os professores não vai bloquear o Orçamento de Estado para 2019, João Galamba assumiu as divergências e a tensão existente entre os partidos à esquerda, mas disse ter esperanças tal não aconteça. “O PS tem um programa de Governo, o programa está a ser cumprido, este Governo e o PS não se têm desviado dessa linha política. Portanto, não vejo que isso possa constituir um obstáculo à aprovação do Orçamento. Agora, lá que é uma área onde o PS, PCP, Bloco e PEV divergem, isso não vou negar”, disse.

Dialogar com PSD e CDS “não é pecado”

Para determinadas matérias, como é o caso das reformas estruturais, tem que se ter “sempre parceiros prioritários”, diz João Galamba, em entrevista ao “Público” e à “Renascença”. Ou seja, há reformas que o PS só conseguirá fazer com o PSD e CDS.

“Nenhuma negociação pode avançar com seriedade se não tivermos bem definidos quais são os nossos princípios e quem são os nossos parceiros privilegiados na discussão em torno desses princípios. Isso não significa que se crie uma linha Maginot à esquerda e que todo e qualquer diálogo com PSD e CDS seja visto como pecado. As matérias que o PS negociou com o PSD vinham no programa eleitoral. A ter havido alguma inflexão foi do PSD, que se aproximou do PS. O PS, nesta matéria, não saiu do sítio”, disse.

O PS não se está a afastar dos partidos da geringonça para se aproximar do PSD. O que está a acontecer é o contrário, diz João Galamba, deputado do PS, em entrevista ao “Público” e à “Renascença” esta quinta-feira. “São os partidos à esquerda que tentam encontrar linhas de divergência com o PS, porque precisam dessas linhas de divergência para se apresentarem de forma autónoma às eleições”, atira o deputado socialista.

Confrontado com a opinião de Francisco Louçã, que tem dito e escrito que o PS anda a provocar os partidos de esquerda, Galamba ripostou: “Respondendo diretamente a Francisco Louçã, é ele e outros quem tentam criar linhas divisórias e tentar provocar crises artificiais”.

“É natural que o BE e PCP tentem empolar um pouco divergências que sempre existiram com o PS, que são naturais e não são obstáculo a que se chegue a compromissos. No passado havia muitas áreas onde havia divergências e elas não foram obstáculo a que chegássemos a soluções. Mas têm que ser soluções que representem um compromisso. Se houver partidos que estão mais interessados neste momento, ao contrário do que aconteceu nestes três anos, em hipervalorizar as diferenças e torná-las quase como único referencial relevante neste ano que falta para as eleições.... estão na sua inteira legitimidade para o fazer. Mas é assim que eu entendo essas declarações de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, acho que são tentativas de criar conflitos artificiais”, explicou.

Para Galamba, os acordos à esquerda, com BE e PCP/Verdes, são para manter numa próxima legislatura, pois “já deram resultados muito positivos” e o “povo português sabe valorizar os benefícios” que trouxeram às suas vidas.

“Eu gostava que fosse possível continuar a trabalhar com os partidos à esquerda no futuro - e não vejo razão para que isso não possa acontecer. Acho que a esquerda ganha se for capaz de apresentar soluções de governabilidade. E ganham todos, não apenas o PS”, afirma.

Questionado se o conflito com os professores não vai bloquear o Orçamento de Estado para 2019, João Galamba assumiu as divergências e a tensão existente entre os partidos à esquerda, mas disse ter esperanças tal não aconteça. “O PS tem um programa de Governo, o programa está a ser cumprido, este Governo e o PS não se têm desviado dessa linha política. Portanto, não vejo que isso possa constituir um obstáculo à aprovação do Orçamento. Agora, lá que é uma área onde o PS, PCP, Bloco e PEV divergem, isso não vou negar”, disse.

Dialogar com PSD e CDS “não é pecado”

Para determinadas matérias, como é o caso das reformas estruturais, tem que se ter “sempre parceiros prioritários”, diz João Galamba, em entrevista ao “Público” e à “Renascença”. Ou seja, há reformas que o PS só conseguirá fazer com o PSD e CDS.

“Nenhuma negociação pode avançar com seriedade se não tivermos bem definidos quais são os nossos princípios e quem são os nossos parceiros privilegiados na discussão em torno desses princípios. Isso não significa que se crie uma linha Maginot à esquerda e que todo e qualquer diálogo com PSD e CDS seja visto como pecado. As matérias que o PS negociou com o PSD vinham no programa eleitoral. A ter havido alguma inflexão foi do PSD, que se aproximou do PS. O PS, nesta matéria, não saiu do sítio”, disse.

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