O primeiro desafio de Rio: unir o partido

17-10-2018
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A vitória de Rui Rio nas eleições internas do PSD mostrou um partido mais dividido que aquilo que parecia. Segundo vários analistas que comentaram a vitória de ontem, o facto de Rio ter ganho por uma pequena margem a Pedro Santana Lopes (54,3%) mostra, por um lado, que o legado de Pedro Passos Coelho se mantém vivo – dado que, segundo dizem, o antigo presidente da Misericórdia seria o candidato do ‘regime’; e que, por outro, o desafio de ganhar o partido será mais árduo que aquilo que Rio poderia supor.

Os analistas chamam ainda a atenção para outro facto: Rio será um presidente sem palco. Não é a primeira vez que isso sucede, mas Rui Rio não poderá contar com o palco do parlamento – que costuma ser um instrumento importante para quem quer ser uma alternativa ao governo. Pior ainda, o grupo parlamentar não é de todo ‘à imagem e semelhança´ de Rui Rio, o que pode constituir um entrave vigoroso à estratégia que o novo presidente do partido quiser implantar.

Alguns analistas chamam ainda a atenção para o facto de Rui Rio ter vários ódios de estimação no interior do partido. É certo que o ex-presidente da câmara do Porto ganhou a concelhia do Porto, mas a verdade é que há uma mão cheia de membros do partido que faziam parte daquela estrutura no tempo em que Rio era por ali mais ou menos detestado, que se encontram atualmente em posições relevantes. O caso mais evidente é o de Marco António Costa.

A pergunta que os analistas deixam é, portanto, a de saber-se se Rio vai ou não produzir uma ‘vassourada’ nos órgãos do partido, ou se vai manter a estrutura que herdar de Pedro Santana Lopes. A questão leva a uma outra, cujo peso poderá ser também fundamental: Rio é, no interior do partido, uma espécie de general sem exército.

As posições inflexíveis de Rio no interior do partido – nomeadamente quando acompanhou a liderança de Marcelo Rebelo de Sousa – granjearam-lhe alguns ódios de estimação, alguns deles muito visíveis. Isso ficou bem patente na altura da primeira eleição para a câmara do Porto – com parte da concelhia do Porto a ‘divertir-se’ a ligar para as redações dos jornais para ‘queimar’ a imagem do na altura mais que provável derrotado do PSD face ao ganhador Fernando Gomes.

Rio parece ter dado, sobre esta matéria, uma referência no discurso da vitória de ontem à noite, ao dizer que o partido não é um clube de amigos – o que pode querer dizer que o novo presidente não está virado para ‘aturar’ as vontades pessoais dos outros membros do PSD. E este confronto pode fazer toda a diferença: se Rio não ganhar o partido, diz a maioria dos analistas, nunca chegará a ser sequer uma alternativa a António Costa, quanto mais primeiro-ministro!

A vitória de Rui Rio nas eleições internas do PSD mostrou um partido mais dividido que aquilo que parecia. Segundo vários analistas que comentaram a vitória de ontem, o facto de Rio ter ganho por uma pequena margem a Pedro Santana Lopes (54,3%) mostra, por um lado, que o legado de Pedro Passos Coelho se mantém vivo – dado que, segundo dizem, o antigo presidente da Misericórdia seria o candidato do ‘regime’; e que, por outro, o desafio de ganhar o partido será mais árduo que aquilo que Rio poderia supor.

Os analistas chamam ainda a atenção para outro facto: Rio será um presidente sem palco. Não é a primeira vez que isso sucede, mas Rui Rio não poderá contar com o palco do parlamento – que costuma ser um instrumento importante para quem quer ser uma alternativa ao governo. Pior ainda, o grupo parlamentar não é de todo ‘à imagem e semelhança´ de Rui Rio, o que pode constituir um entrave vigoroso à estratégia que o novo presidente do partido quiser implantar.

Alguns analistas chamam ainda a atenção para o facto de Rui Rio ter vários ódios de estimação no interior do partido. É certo que o ex-presidente da câmara do Porto ganhou a concelhia do Porto, mas a verdade é que há uma mão cheia de membros do partido que faziam parte daquela estrutura no tempo em que Rio era por ali mais ou menos detestado, que se encontram atualmente em posições relevantes. O caso mais evidente é o de Marco António Costa.

A pergunta que os analistas deixam é, portanto, a de saber-se se Rio vai ou não produzir uma ‘vassourada’ nos órgãos do partido, ou se vai manter a estrutura que herdar de Pedro Santana Lopes. A questão leva a uma outra, cujo peso poderá ser também fundamental: Rio é, no interior do partido, uma espécie de general sem exército.

As posições inflexíveis de Rio no interior do partido – nomeadamente quando acompanhou a liderança de Marcelo Rebelo de Sousa – granjearam-lhe alguns ódios de estimação, alguns deles muito visíveis. Isso ficou bem patente na altura da primeira eleição para a câmara do Porto – com parte da concelhia do Porto a ‘divertir-se’ a ligar para as redações dos jornais para ‘queimar’ a imagem do na altura mais que provável derrotado do PSD face ao ganhador Fernando Gomes.

Rio parece ter dado, sobre esta matéria, uma referência no discurso da vitória de ontem à noite, ao dizer que o partido não é um clube de amigos – o que pode querer dizer que o novo presidente não está virado para ‘aturar’ as vontades pessoais dos outros membros do PSD. E este confronto pode fazer toda a diferença: se Rio não ganhar o partido, diz a maioria dos analistas, nunca chegará a ser sequer uma alternativa a António Costa, quanto mais primeiro-ministro!

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