«O PISA é um modelo de avaliação por competências, de base marcadamente construtivista, na forma como os seus itens são construídos. Se reconhecemos o valor de provas que mobilizam conhecimentos desta forma, terá de haver coerência no discurso em torno dos pressupostos que subjazem à sua conceção. Não se pode um dia banir a palavra competência do sistema educativo e, no dia seguinte, enaltecer as provas que avaliam competências.»
João Costa, O sucesso escolar não tem dono
«Se sairmos da simplificação absurda da coincidência temporal, estes resultados não são mérito de nenhuma medida em particular porque correspondem a uma evolução de 15 anos em que tudo conta, desde a escolarização da família até ao estado de degradação das escolas, desde as coisas positivas como a rede de bibliotecas escolares e o Plano Nacional de Leitura, como as menos positivas como o abandono da formação de professores.»
Joana Mortágua, PISA 2015, resultados inclinados?
«Tão importante como o reconhecimento do impacto positivo das políticas educativas foi o ambiente de consenso com que foram recebidos os resultados. (...) É, contudo, irónico que a perspetiva reacionária que tomou conta do sector da educação no espaço do centro-direita, e que nunca escondeu a sua desconfiança face às políticas desenvolvidas em Portugal desde os anos noventa, se tenha apressado a reclamar louros por estes resultados.»
Pedro Adão e Silva, Que diferença faz?
«Com estes resultados, cai por terra a ideia do "facilitismo" e de que os jovens "hoje sabem menos". Nada mais falso. Têm conhecimentos diferentes, maior capacidade de sistematizar informação e adaptá-la em contextos distintos, mas são hoje inegavelmente mais qualificados. E também há questões metodológicas importantes, como o facto de os alunos encaminhados para as vias vocacionais por Nuno Crato não serem avaliados, o que melhora os resultados.»
Fernando Medina, Uma excelente notícia
«Não fossem tantas as retenções e estaríamos entre os primeiros da OCDE, diz quem fez as contas com os parâmetros do PISA. Porque falo de facilitismo? Porque apostar numa avaliação contínua que detete o aluno que está a ficar para trás e ter um plano de recuperação para ele é muitíssimo mais difícil e exigente do que chumbar quem não acompanhou a matéria. É esta exigência que nos falta.»
Daniel Oliveira, A tal década perdida
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«O PISA é um modelo de avaliação por competências, de base marcadamente construtivista, na forma como os seus itens são construídos. Se reconhecemos o valor de provas que mobilizam conhecimentos desta forma, terá de haver coerência no discurso em torno dos pressupostos que subjazem à sua conceção. Não se pode um dia banir a palavra competência do sistema educativo e, no dia seguinte, enaltecer as provas que avaliam competências.»
João Costa, O sucesso escolar não tem dono
«Se sairmos da simplificação absurda da coincidência temporal, estes resultados não são mérito de nenhuma medida em particular porque correspondem a uma evolução de 15 anos em que tudo conta, desde a escolarização da família até ao estado de degradação das escolas, desde as coisas positivas como a rede de bibliotecas escolares e o Plano Nacional de Leitura, como as menos positivas como o abandono da formação de professores.»
Joana Mortágua, PISA 2015, resultados inclinados?
«Tão importante como o reconhecimento do impacto positivo das políticas educativas foi o ambiente de consenso com que foram recebidos os resultados. (...) É, contudo, irónico que a perspetiva reacionária que tomou conta do sector da educação no espaço do centro-direita, e que nunca escondeu a sua desconfiança face às políticas desenvolvidas em Portugal desde os anos noventa, se tenha apressado a reclamar louros por estes resultados.»
Pedro Adão e Silva, Que diferença faz?
«Com estes resultados, cai por terra a ideia do "facilitismo" e de que os jovens "hoje sabem menos". Nada mais falso. Têm conhecimentos diferentes, maior capacidade de sistematizar informação e adaptá-la em contextos distintos, mas são hoje inegavelmente mais qualificados. E também há questões metodológicas importantes, como o facto de os alunos encaminhados para as vias vocacionais por Nuno Crato não serem avaliados, o que melhora os resultados.»
Fernando Medina, Uma excelente notícia
«Não fossem tantas as retenções e estaríamos entre os primeiros da OCDE, diz quem fez as contas com os parâmetros do PISA. Porque falo de facilitismo? Porque apostar numa avaliação contínua que detete o aluno que está a ficar para trás e ter um plano de recuperação para ele é muitíssimo mais difícil e exigente do que chumbar quem não acompanhou a matéria. É esta exigência que nos falta.»
Daniel Oliveira, A tal década perdida