Carros a diesel. Declarações do ministro são "extemporâneas e exageradas", diz a Mobinov

01-02-2019
marcar artigo

O presidente do Cluster Automóvel Portugal (Mobinov) classifica de "extemporâneas e alarmistas" as declarações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes sobre o prazo de validade comercial dos carros a gasóleo.

José Couto desconhece em que se baseou o ministro para decretar o valor comercial nulo no prazo de quatro anos. A Mobinov não subscreve tais previsões, mas o ministro "pode ter informações que nós ignoramos", diz o responsável ao Expresso.

"As previsões são extemporâneas e parecem exageradas face ao cenário central com que lidamos", diz José Couto. A pressão contra o diesel "é enorme" e as declarações "vão influenciar o mercado automóvel."

Por exemplo, no ano passado a fábrica de VW de Palmela teve de recompor o seu plano de produção tendo em conta as encomendas de carros a gasolina e de gasóleo.

Investir na ferrovia

José Couto lamenta que na lista de preocupações ambientais do ministro não constem os investimentos na ferrovia que permitam às exportações portuguesas viajarem de comboio para além dos Pirinéus, em vez de recorrer ao transporte rodoviário.

Quanto ao diesel, o industrial recorda que os fabricantes têm realizado um "esforço considerável" na redução das emissões e tornar os carros mais amigos do ambiente. As marcas lidam com margens mais baixas para tornar a categoria mais apelativa aos consumidores.

As notícias que dão conta da interdição dos carros a diesel circular nas cidades, "não referem que a proibição é só para carros mais antigos e com emissões acima de determinados valores".

Os modelos a diesel são em geral mais caros 10% a 20% dos congéneres a gasolina. Na hora de optar, empresas e particulares têm de recorrer à máquina calculadora para concluir qual a melhor opção. Até agora, "o número de quilómetros a percorrer era fundamental para uma decisão". Esta declaração do ministro "introduz um novo fator na formação da decisão, sem se saber em que dados ele se baseia", diz o presidente do Mobinov.

Segundo o IMT, dois em cada três ligeiros que circulam pelas estradas portuguesas são a diesel. No parque existente (6,32 milhões de ligeiros), o segmento diesel representa 64% - 4,1 milhões.

As declarações do ministro partem do princípio de que até 2025 se atingirá a paridade de custos de aquisição entre os veículos elétricos e os convencionais.

O presidente do Cluster Automóvel Portugal (Mobinov) classifica de "extemporâneas e alarmistas" as declarações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes sobre o prazo de validade comercial dos carros a gasóleo.

José Couto desconhece em que se baseou o ministro para decretar o valor comercial nulo no prazo de quatro anos. A Mobinov não subscreve tais previsões, mas o ministro "pode ter informações que nós ignoramos", diz o responsável ao Expresso.

"As previsões são extemporâneas e parecem exageradas face ao cenário central com que lidamos", diz José Couto. A pressão contra o diesel "é enorme" e as declarações "vão influenciar o mercado automóvel."

Por exemplo, no ano passado a fábrica de VW de Palmela teve de recompor o seu plano de produção tendo em conta as encomendas de carros a gasolina e de gasóleo.

Investir na ferrovia

José Couto lamenta que na lista de preocupações ambientais do ministro não constem os investimentos na ferrovia que permitam às exportações portuguesas viajarem de comboio para além dos Pirinéus, em vez de recorrer ao transporte rodoviário.

Quanto ao diesel, o industrial recorda que os fabricantes têm realizado um "esforço considerável" na redução das emissões e tornar os carros mais amigos do ambiente. As marcas lidam com margens mais baixas para tornar a categoria mais apelativa aos consumidores.

As notícias que dão conta da interdição dos carros a diesel circular nas cidades, "não referem que a proibição é só para carros mais antigos e com emissões acima de determinados valores".

Os modelos a diesel são em geral mais caros 10% a 20% dos congéneres a gasolina. Na hora de optar, empresas e particulares têm de recorrer à máquina calculadora para concluir qual a melhor opção. Até agora, "o número de quilómetros a percorrer era fundamental para uma decisão". Esta declaração do ministro "introduz um novo fator na formação da decisão, sem se saber em que dados ele se baseia", diz o presidente do Mobinov.

Segundo o IMT, dois em cada três ligeiros que circulam pelas estradas portuguesas são a diesel. No parque existente (6,32 milhões de ligeiros), o segmento diesel representa 64% - 4,1 milhões.

As declarações do ministro partem do princípio de que até 2025 se atingirá a paridade de custos de aquisição entre os veículos elétricos e os convencionais.

marcar artigo