José Manuel Pureza cola PS à direita: "É a direita e não o povo socialista que vê num BE forte um inimigo a abater"

20-10-2019
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José Manuel Pureza cola PS à direita: "É a direita e não o povo socialista que vê num BE forte um inimigo a abater"

No comício desta noite em Coimbra, José Manuel Pureza surgiu com a mira afinada. Disparou contra PSD e CDS e encostou o PS, que não faz parte do "povo socialista", à direita.

José Pedro Mozos

Texto

03 Oct 2019, 00:23

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O palco: Coimbra. O protagonista: José Manuel Pureza. As atrizes secundárias: Catarina Martins e Marisa Matias. Os vilões: PS e a direita. O argumento: o BE encosta o Partido Socialista a dois dias do fim da campanha eleitoral. Assim se resume o filme do comício desta quarta-feira do Bloco de Esquerda. No seu distrito, o deputado bloquista fez o discurso mais acutilante da noite, atacando duramente os socialistas que querem ver o BE mais fraco — ou menos forte.“É a direita e não o povo socialista que vê num Bloco de Esquerda forte um inimigo a abater“, afirmou, naquele que foi o primeiro golpe para começar a encostar o PS à direita. E fechou ainda mais o foco sobre quem incidiam as críticas: “Para a direita, qualquer voto a mais no Bloco será  aquilo a que alguém chamou desmesurado“. O alvo era Augusto Santos Silva, que no passado fim-de-semana pediu uma maioria para o seu partido para garantir estabilidade e evitar que o BE tenha um “poder desmedido” ou uma “influência desmesurada” na próxima legislatura.
Numa tenda montada no Largo de São Domingos, bem no centro da cidade, e perante uma plateia de 150 pessoas, o cabeça-de-lista do BE pelo círculo de Coimbra, também não esqueceu o cognome que Carlos Pereira, vice-presidente da bancada do PS no Parlamento, deu aos partidos de esquerda quando pediu uma maioria reforçada que permitisse formar Governo “sem empecilhos”. Assegurando que a luta do BE na próxima legislatura será usada para “defender os de baixo”, garantiu que irá lutar “contra os empecilhos aos seus direitos“.Disposto a continuar na ofensiva, disparou ainda contra o PSD e contra o CDS. “Assunção Cristas e Rui Rio querem afastar o Bloco da solução governativa porque sabem que o BE não se cansará de lutar pelos precários”, afirmou.A abertura a ronda de intervenções coube a Marisa Matias, que discursou pela primeira vez nesta campanha. A eurodeputada já tinha entrado na estrada, mas ainda não tinha usado a palavra. Fê-lo na noite desta quarta-feira para lembrar que ao longo desta legislatura a tensão existente entre PS e BE permitiu que houvesse “diferenças e encontros” entre os dois partidos. “Houve casos em que a posição do BE prevaleceu”, outros em que se ficou “a meio do caminho” e outro em que foi a vontade do PS a levar a melhor. Mas o saldo é positivo e Marisa Matias não tem dúvidas de que só com um reforço do Bloco é que se consegue evitar “o empecilho da maioria absoluta“.

Já Catarina Martins encerrou o comício com um discurso em que voltou a dar gás ao tema que escolheu para abrir o dia: o combate às offshores para garantir maior justiça fiscal no país. Alegando “não estamos todos a fazer o mesmo esforço”, pediu que “os privilegiados que têm tanta riqueza e fogem sempre à sua parte para construir este país” paguem a sua parte. E fechou a intervenção com o habitual apelo ao voto: “Quem sabe que este é o momento de sermos mais exigentes sabe que o partido que faz acontecer justiça na economia é o Bloco de Esquerda“.

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No comício desta noite em Coimbra, José Manuel Pureza surgiu com a mira afinada. Disparou contra PSD e CDS e encostou o PS, que não faz parte do "povo socialista", à direita.

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O palco: Coimbra. O protagonista: José Manuel Pureza. As atrizes secundárias: Catarina Martins e Marisa Matias. Os vilões: PS e a direita. O argumento: o BE encosta o Partido Socialista a dois dias do fim da campanha eleitoral. Assim se resume o filme do comício desta quarta-feira do Bloco de Esquerda. No seu distrito, o deputado bloquista fez o discurso mais acutilante da noite, atacando duramente os socialistas que querem ver o BE mais fraco — ou menos forte.“É a direita e não o povo socialista que vê num Bloco de Esquerda forte um inimigo a abater“, afirmou, naquele que foi o primeiro golpe para começar a encostar o PS à direita. E fechou ainda mais o foco sobre quem incidiam as críticas: “Para a direita, qualquer voto a mais no Bloco será  aquilo a que alguém chamou desmesurado“. O alvo era Augusto Santos Silva, que no passado fim-de-semana pediu uma maioria para o seu partido para garantir estabilidade e evitar que o BE tenha um “poder desmedido” ou uma “influência desmesurada” na próxima legislatura.
Numa tenda montada no Largo de São Domingos, bem no centro da cidade, e perante uma plateia de 150 pessoas, o cabeça-de-lista do BE pelo círculo de Coimbra, também não esqueceu o cognome que Carlos Pereira, vice-presidente da bancada do PS no Parlamento, deu aos partidos de esquerda quando pediu uma maioria reforçada que permitisse formar Governo “sem empecilhos”. Assegurando que a luta do BE na próxima legislatura será usada para “defender os de baixo”, garantiu que irá lutar “contra os empecilhos aos seus direitos“.Disposto a continuar na ofensiva, disparou ainda contra o PSD e contra o CDS. “Assunção Cristas e Rui Rio querem afastar o Bloco da solução governativa porque sabem que o BE não se cansará de lutar pelos precários”, afirmou.A abertura a ronda de intervenções coube a Marisa Matias, que discursou pela primeira vez nesta campanha. A eurodeputada já tinha entrado na estrada, mas ainda não tinha usado a palavra. Fê-lo na noite desta quarta-feira para lembrar que ao longo desta legislatura a tensão existente entre PS e BE permitiu que houvesse “diferenças e encontros” entre os dois partidos. “Houve casos em que a posição do BE prevaleceu”, outros em que se ficou “a meio do caminho” e outro em que foi a vontade do PS a levar a melhor. Mas o saldo é positivo e Marisa Matias não tem dúvidas de que só com um reforço do Bloco é que se consegue evitar “o empecilho da maioria absoluta“.

Já Catarina Martins encerrou o comício com um discurso em que voltou a dar gás ao tema que escolheu para abrir o dia: o combate às offshores para garantir maior justiça fiscal no país. Alegando “não estamos todos a fazer o mesmo esforço”, pediu que “os privilegiados que têm tanta riqueza e fogem sempre à sua parte para construir este país” paguem a sua parte. E fechou a intervenção com o habitual apelo ao voto: “Quem sabe que este é o momento de sermos mais exigentes sabe que o partido que faz acontecer justiça na economia é o Bloco de Esquerda“.

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