é sempre possível fazer pior

16-10-2017
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A senhora Patrícia Gaspar que “dirige” uma, segundo se deduz das suas próprias palavras, inexistência orgânica – a Protecção Civil – afiançou-nos, numa conferência de imprensa de há pouco, que ontem «batemos todos os recordes» em matéria de incêndios. Parabéns, Patrícia, por mais este triunfo do governo de António Costa: quando se pensava que o recorde, nesta matéria, tinha sido alcançado nos incêndios de Junho e que tínhamos aprendido alguma coisa com isso, afinal é sempre possível fazer melhor. Ou pior, neste caso.

Isso mesmo nos foi também garantido pelo senhor Primeiro-Ministro, que, ontem ainda, nos assegurou que isto não ficará por aqui e que «dias negros vão seguramente repetir-se». Repare-se na segurança do governante, a prometer somente aquilo que sabe, de ciência certa, que pode cumprir: basta vir aí mais uns dias de calor que, lamentamos muito, isto arde tudo outra vez. Paciência: habituem-se!

Mas o que mais incomoda em tudo isto é o discurso permanentemente auto-justificativo de quem nos governa: a culpa é da fúria dos elementos, dos incendiários, das populações que não se sabem precaver, da falta de «resiliência das populações», segundo a inenarrável ministra (?) Constança, que, certamente pensando na sua elevada capacidade de resiliência ao caos em que transformou o ministério que dirige (?), recomenda o mesmo às populações atacadas pelos incêndios. A culpa é de tudo e de todos, menos de quem nos governa, claro está.

Enfim, o que interessa é que hoje começa a chover, o Inverno está à porta e só devemos voltar a ter disto daqui por uns meses. Na confessada impotência do nosso governo, o melhor mesmo seria entregarmos o ministério da administração interna ao S. Pedro. Ou a ninguém, o que não seria muito diferente daquilo que temos.

A senhora Patrícia Gaspar que “dirige” uma, segundo se deduz das suas próprias palavras, inexistência orgânica – a Protecção Civil – afiançou-nos, numa conferência de imprensa de há pouco, que ontem «batemos todos os recordes» em matéria de incêndios. Parabéns, Patrícia, por mais este triunfo do governo de António Costa: quando se pensava que o recorde, nesta matéria, tinha sido alcançado nos incêndios de Junho e que tínhamos aprendido alguma coisa com isso, afinal é sempre possível fazer melhor. Ou pior, neste caso.

Isso mesmo nos foi também garantido pelo senhor Primeiro-Ministro, que, ontem ainda, nos assegurou que isto não ficará por aqui e que «dias negros vão seguramente repetir-se». Repare-se na segurança do governante, a prometer somente aquilo que sabe, de ciência certa, que pode cumprir: basta vir aí mais uns dias de calor que, lamentamos muito, isto arde tudo outra vez. Paciência: habituem-se!

Mas o que mais incomoda em tudo isto é o discurso permanentemente auto-justificativo de quem nos governa: a culpa é da fúria dos elementos, dos incendiários, das populações que não se sabem precaver, da falta de «resiliência das populações», segundo a inenarrável ministra (?) Constança, que, certamente pensando na sua elevada capacidade de resiliência ao caos em que transformou o ministério que dirige (?), recomenda o mesmo às populações atacadas pelos incêndios. A culpa é de tudo e de todos, menos de quem nos governa, claro está.

Enfim, o que interessa é que hoje começa a chover, o Inverno está à porta e só devemos voltar a ter disto daqui por uns meses. Na confessada impotência do nosso governo, o melhor mesmo seria entregarmos o ministério da administração interna ao S. Pedro. Ou a ninguém, o que não seria muito diferente daquilo que temos.

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