"Tomara eu ter encontrado uma solução para a Base das Lajes", diz ministro dos Negócios Estrangeiros

20-10-2019
marcar artigo

Chegámos ao Porto

98.4 FM

Em Lisboa

98.7 FM

País /

Base das Lajes

Seguir

"Tomara eu ter encontrado uma solução para a Base das Lajes", diz ministro dos Negócios Estrangeiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou esta terça-feira não ter encontrado uma solução para a Base das Lajes, mas crê que ainda pode "convencer os nossos amigos norte-americanos".

Agência Lusa

Texto

02 Feb 2016, 21:46

i

▲Augusto Santos Silva diz que governo quer reforçar ligação norte-atlântica

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

▲Augusto Santos Silva diz que governo quer reforçar ligação norte-atlântica

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lamentou esta terça-feira não ter encontrado qualquer solução para a base das Lajes no ministério e lembrou que há um ano para encontrar usos alternativos para aquela infraestrutura, que classificou de vital.“Tomara eu ter encontrado uma solução no Ministério dos Negócios Estrangeiros para a base das Lajes. Não encontrei nenhuma”, disse hoje no parlamento o chefe da diplomacia portuguesa, numa resposta ao deputado António Ventura (PSD) sobre o futuro da base, na ilha açoriana da Terceira.
Os Estados Unidos anunciaram há um ano uma redução militar e despedimentos na base das Lajes, mas o processo ainda não está concluído.“A base das Lajes não é apenas uma questão regional, é uma questão essencial do ponto de vista geoestratégico e julgo poder convencer os nossos amigos norte-americanos disso mesmo”, declarou o ministro, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.Portugal tem insistido, junto das autoridades norte-americanas, que há “um ano para encontrar usos alternativos àquele que a base hoje tem”, acrescentou Augusto Santos Silva.

A possível utilização do local para instalar um centro de inteligência “compete ao Congresso norte-americano e respetiva administração”, lembrou o ministro, que defendeu que “o essencial é encontrar usos alternativos para que aquela infraestrutura vital, do ponto de vista estratégico e para o desenvolvimento económico e social do país, e em particular dos Açores, se mantenha”.Durante a audição, e questionado sobre a matéria pelo deputado do PSD Sérgio Azevedo, reiterou que o reforço da ligação norte-atlântica “é um dos propósitos do Governo”, que está inscrito no programa do executivo e rejeitou que o acordo parlamentar entre o PS, PCP e bloco de Esquerda impeça essa medida.“Não há nada nos acordos celebrados com os partidos que viabilizam no parlamento o Governo e que constituem uma base parlamentar maioritária que impeça esse reforço”, garantiu.
Sobre o acordo de parceria de parceria transatlântica de comércio e investimento, conhecido como “TTIP”, a sigla em inglês, que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos, Santos Silva afirmou que “os trabalhos estão mais avançados do lado europeu que do lado norte-americano” e não deverão ser concluídos ainda durante o mandato do atual Presidente norte-americano, Barack Obama.Do lado americano, “há ainda várias barreiras ao livre investimento e ao livre comércio”, sendo a posição europeia “mais favorável”, indicou.“As negociações, que são competência da Comissão Europeia, têm que responder à necessidade de um escrutínio parlamentar, seja dos parlamentos nacionais seja do Parlamento Europeu”, acrescentou.Segundo Santos Silva, permanecem “muitas dúvidas” cujo esclarecimento é essencial para que as negociações possam ser concluídas, nomeadamente quanto aos mecanismos de regulação por arbitragem.

Augusto Santos Silva

Base das Lajes

Defesa

Diplomacia

Equipamento Militar

Governo

Ministério Dos Negócios Estrangeiros

Novo Governo

País

Açores

Mundo

Tecnologia

Política

Proponha uma correção, sugira uma pista: observador+lusa@observador.pt

Chegámos ao Porto

98.4 FM

Em Lisboa

98.7 FM

País /

Base das Lajes

Seguir

"Tomara eu ter encontrado uma solução para a Base das Lajes", diz ministro dos Negócios Estrangeiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou esta terça-feira não ter encontrado uma solução para a Base das Lajes, mas crê que ainda pode "convencer os nossos amigos norte-americanos".

Agência Lusa

Texto

02 Feb 2016, 21:46

i

▲Augusto Santos Silva diz que governo quer reforçar ligação norte-atlântica

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

▲Augusto Santos Silva diz que governo quer reforçar ligação norte-atlântica

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lamentou esta terça-feira não ter encontrado qualquer solução para a base das Lajes no ministério e lembrou que há um ano para encontrar usos alternativos para aquela infraestrutura, que classificou de vital.“Tomara eu ter encontrado uma solução no Ministério dos Negócios Estrangeiros para a base das Lajes. Não encontrei nenhuma”, disse hoje no parlamento o chefe da diplomacia portuguesa, numa resposta ao deputado António Ventura (PSD) sobre o futuro da base, na ilha açoriana da Terceira.
Os Estados Unidos anunciaram há um ano uma redução militar e despedimentos na base das Lajes, mas o processo ainda não está concluído.“A base das Lajes não é apenas uma questão regional, é uma questão essencial do ponto de vista geoestratégico e julgo poder convencer os nossos amigos norte-americanos disso mesmo”, declarou o ministro, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.Portugal tem insistido, junto das autoridades norte-americanas, que há “um ano para encontrar usos alternativos àquele que a base hoje tem”, acrescentou Augusto Santos Silva.

A possível utilização do local para instalar um centro de inteligência “compete ao Congresso norte-americano e respetiva administração”, lembrou o ministro, que defendeu que “o essencial é encontrar usos alternativos para que aquela infraestrutura vital, do ponto de vista estratégico e para o desenvolvimento económico e social do país, e em particular dos Açores, se mantenha”.Durante a audição, e questionado sobre a matéria pelo deputado do PSD Sérgio Azevedo, reiterou que o reforço da ligação norte-atlântica “é um dos propósitos do Governo”, que está inscrito no programa do executivo e rejeitou que o acordo parlamentar entre o PS, PCP e bloco de Esquerda impeça essa medida.“Não há nada nos acordos celebrados com os partidos que viabilizam no parlamento o Governo e que constituem uma base parlamentar maioritária que impeça esse reforço”, garantiu.
Sobre o acordo de parceria de parceria transatlântica de comércio e investimento, conhecido como “TTIP”, a sigla em inglês, que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos, Santos Silva afirmou que “os trabalhos estão mais avançados do lado europeu que do lado norte-americano” e não deverão ser concluídos ainda durante o mandato do atual Presidente norte-americano, Barack Obama.Do lado americano, “há ainda várias barreiras ao livre investimento e ao livre comércio”, sendo a posição europeia “mais favorável”, indicou.“As negociações, que são competência da Comissão Europeia, têm que responder à necessidade de um escrutínio parlamentar, seja dos parlamentos nacionais seja do Parlamento Europeu”, acrescentou.Segundo Santos Silva, permanecem “muitas dúvidas” cujo esclarecimento é essencial para que as negociações possam ser concluídas, nomeadamente quanto aos mecanismos de regulação por arbitragem.

Augusto Santos Silva

Base das Lajes

Defesa

Diplomacia

Equipamento Militar

Governo

Ministério Dos Negócios Estrangeiros

Novo Governo

País

Açores

Mundo

Tecnologia

Política

Proponha uma correção, sugira uma pista: observador+lusa@observador.pt

marcar artigo