Sindicatos e ordens dos médicos, enfermeiros e professores reagem às nomeações de Marta Temido e Tiago Brandão

20-10-2019
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Os sindicatos dos setores da educação e saúde já reagiram às renomeações de Marta Temido para a pasta da saúde e Tiago Brandão Rodrigues para a da educação. Catorze ministros mantêm-se à frente dos mesmos ministérios, com cinco novas aquisições ao governo de António Costa, o que, segundo fonte do executivo, representa um sinal de “estabilidade e de continuidade” em relação ao anterior elenco governamental.

Relativamente à continuação da ministra da saúde, “o Sindicato Independente dos Médicos saúda o senhor primeiro-ministro [António Costa] pela sua indigitação bem como a sua escolha para ministra da Saúde a doutora Marta Temido”, e mostra-se disposto a salvar e fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS), esclareceu Jorge Roque da Cunha à Lusa. Acrescentou também que espera ver saciada a preocupação assumida há dois dias pelo Presidente da República, que assume a necessidade do reforço das infraestruturas e recursos humanos do SNS, necessária face ao desinvestimento da última década, que “está a conduzi-lo para um perigosíssimo beco sem saída”.

Outra das reações à continuidade de Marta Temido é a da Federação Nacional dos Médicos, que procura também ver reforçado o investimento o SNS. “A FNAM tem tido uma relação cordial com a Dra. Marta Temido e só esperamos que ela tenha muito mais poder do que tem tido para reverter o que se passa não só em relação à carreira médica como em relação ao Serviço Nacional de Saúde”, disse João Proença, presidente da FNAM à Lusa, salientando a necessidade da ministra poder negociar “uma grelha salarial condigna, uma dedicação exclusiva opcional e que haja gestão democrática nos hospitais e centros de saúde”.

Noutro tom manifestou-se Ana Rita Cavaco. A bastonária da ordem dos enfermeiros disse à Lusa que “há sempre espaço para as pessoas poderem corrigir trajetos, caminhos e formas de estar”, mas não esquece a ministra que “apelidou os enfermeiros de criminosos”. E salientou o papel da instituição em apontar o que de errado se passa com o sistema, “da nossa parte podem contar com disponibilidade para o diálogo mas também para continuar a fazer denúncias sempre que houver uma quebra na segurança da prestação de cuidados de enfermagem”.

Por sua vez a Fenprof encarou a continuação de Tiago Brandão como “uma afronta e uma provocação”, relembrando o impasse negocial entre estado e professores a que o ministro levou o país. Para a Fenprof, Tiago Brandão é “alguém que levou o confronto ao extremo em relação aos professores, levou à mesa que devia ser negocial a chantagem e que nos momentos em que era mais importante haver ministro da Educação não existiu”, disse o presidente Mário Nogueira à Lusa.

“É uma pessoa que já conhecemos, que demonstrou ser incapaz de dialogar, negociar e enfrentar o protesto, não tendo solução para os problemas. Quem segurou nas pontas do Ministério da Educação nos últimos quatro anos foram os secretários de Estado”, disse acrescentando que as expectativas são “muito baixas”, sem deixar de levantar questões relativas à legitimidade da continuação do ministro no cargo.

“Nem sabemos o que se pode reconhecer de mérito ao ministro, a não ser os diferentes momentos de afronta contra os professores, para poder continuar. Penso que é o primeiro ministro da Educação que continua após quatro anos de uma legislatura, mas de certeza que não é pelo excelente trabalho que desenvolveu na educação, muito pelo contrário”

O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.

O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República “na próxima semana”, em “data a determinar”, após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.

O PS foi o partido mais votado nas eleições de 6 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.

Os sindicatos dos setores da educação e saúde já reagiram às renomeações de Marta Temido para a pasta da saúde e Tiago Brandão Rodrigues para a da educação. Catorze ministros mantêm-se à frente dos mesmos ministérios, com cinco novas aquisições ao governo de António Costa, o que, segundo fonte do executivo, representa um sinal de “estabilidade e de continuidade” em relação ao anterior elenco governamental.

Relativamente à continuação da ministra da saúde, “o Sindicato Independente dos Médicos saúda o senhor primeiro-ministro [António Costa] pela sua indigitação bem como a sua escolha para ministra da Saúde a doutora Marta Temido”, e mostra-se disposto a salvar e fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS), esclareceu Jorge Roque da Cunha à Lusa. Acrescentou também que espera ver saciada a preocupação assumida há dois dias pelo Presidente da República, que assume a necessidade do reforço das infraestruturas e recursos humanos do SNS, necessária face ao desinvestimento da última década, que “está a conduzi-lo para um perigosíssimo beco sem saída”.

Outra das reações à continuidade de Marta Temido é a da Federação Nacional dos Médicos, que procura também ver reforçado o investimento o SNS. “A FNAM tem tido uma relação cordial com a Dra. Marta Temido e só esperamos que ela tenha muito mais poder do que tem tido para reverter o que se passa não só em relação à carreira médica como em relação ao Serviço Nacional de Saúde”, disse João Proença, presidente da FNAM à Lusa, salientando a necessidade da ministra poder negociar “uma grelha salarial condigna, uma dedicação exclusiva opcional e que haja gestão democrática nos hospitais e centros de saúde”.

Noutro tom manifestou-se Ana Rita Cavaco. A bastonária da ordem dos enfermeiros disse à Lusa que “há sempre espaço para as pessoas poderem corrigir trajetos, caminhos e formas de estar”, mas não esquece a ministra que “apelidou os enfermeiros de criminosos”. E salientou o papel da instituição em apontar o que de errado se passa com o sistema, “da nossa parte podem contar com disponibilidade para o diálogo mas também para continuar a fazer denúncias sempre que houver uma quebra na segurança da prestação de cuidados de enfermagem”.

Por sua vez a Fenprof encarou a continuação de Tiago Brandão como “uma afronta e uma provocação”, relembrando o impasse negocial entre estado e professores a que o ministro levou o país. Para a Fenprof, Tiago Brandão é “alguém que levou o confronto ao extremo em relação aos professores, levou à mesa que devia ser negocial a chantagem e que nos momentos em que era mais importante haver ministro da Educação não existiu”, disse o presidente Mário Nogueira à Lusa.

“É uma pessoa que já conhecemos, que demonstrou ser incapaz de dialogar, negociar e enfrentar o protesto, não tendo solução para os problemas. Quem segurou nas pontas do Ministério da Educação nos últimos quatro anos foram os secretários de Estado”, disse acrescentando que as expectativas são “muito baixas”, sem deixar de levantar questões relativas à legitimidade da continuação do ministro no cargo.

“Nem sabemos o que se pode reconhecer de mérito ao ministro, a não ser os diferentes momentos de afronta contra os professores, para poder continuar. Penso que é o primeiro ministro da Educação que continua após quatro anos de uma legislatura, mas de certeza que não é pelo excelente trabalho que desenvolveu na educação, muito pelo contrário”

O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.

O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República “na próxima semana”, em “data a determinar”, após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.

O PS foi o partido mais votado nas eleições de 6 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.

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