Bloco de Esquerda renascido quer travar governo de direita

21-09-2016
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Bloco de Esquerda renascido quer travar governo de direita

Bloco de Esquerda renascido quer travar governo de direita

A noite foi de festa para o BE, prestes a alcançar o melhor resultado de sempre
TIAGO PETINGA/Lusa
José Paiva Capucho 05/10/2015 12:54

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A líder bloquista Catarina Martins reitera que o Bloco “não viabilizará governo de direita”.

O Bloco de Esquerda(BE) garantiu ontem o seu melhor resultado de sempre, ficando à frente da CDU – o que não acontecia desde 2009, quando o partido de Jerónimo de Sousa ficou com menos um deputado do que os bloquistas. A noite eleitoral foi passada noCinema São Jorge e contou com a estrutura do BE em peso, inclusivamente de um dos fundadores, Luís Fazenda, do ex-coordenador Francisco Louçã, do número dois por Lisboa, PedroFilipe Soares, e das gémeas Mortágua.
Resultado histórico As previsões meteorológicas davam chuva para o dia todo, e a taxa de abstenção, a oscilar entre os 35% e os 41,3%, podia deitar por terra as pretensões bloquistas. Mas o Bloco, convencido de que “desta vez” iria ser a sua vez, não quis desistir. Por volta das 20h00, chegou a confirmação: o BE ficava à frente da CDU, tornando-se na terceira maior força política de Portugal. As palmas encheram a sala, e poucos minutos depois a cabeça-de-lista por Lisboa, Mariana Mortágua, anunciava: “O Bloco pode estarà beira do melhor resultado de sempre”. A única preocupação, que atravessou toda a noite, era saber se a coligação Portugal à Frente (PàF) iria garantir a maioria absoluta.

O clima era de alegria sempre que se anunciava que o partido conseguia mais um deputado. As notícias chegavam com intervalos curtos de tempo. Primeiro soube-se que estavam garantidos Mariana e PedroFilipe Soares. Os aplausos começaram, por isso, uns minutos antes de a líder bloquista Catarina Martins subir ao palco.

Por essa altura, o antigo líder Francisco Louçã, que viu em 2011 o BE perder metade dos deputados eleitos em 2009 (16 para 8), já tinha discursado. “É uma grande vitória, o partido esteve sempre muito vivo nas suas raízes populares, e lutará por crescer ainda mais”, começou por afirmar aos jornalistas. Mesmo assim, o ex-coordenador do BE lamentou que a direita não tenha sido derrotada. “Espero que o BE seja a garantia dessa mudança”, concluiu. Sobre a sua sucessora, deixou a expressão da noite, chamando--lhe “a heroína desta campanha”.

Catarina Martins quis deixar bem claro o que pretende fazer com esta força “maior do que nunca”, já a partir de hoje. “Se a coligação de direita não tiver maioria, não será pelo BE que conseguirá formar governo”, anunciou a porta-voz bloquista, recusando viabilizar um governo minoritário de Passos Coelho e PauloPortas.Entre agradecimentos sentidos a ex-deputados – como João Semedo ou Cecília Honório – e aos novos, veio a garantia: “o BE não desiste de Portugal, de quem trabalha, de quem trabalhou toda uma vida e não se conforma com a emigração”.

A noite seguiu com muitos festejos, a cada novo deputado eleito (subindo em todos os distritos onde já estavam representados e conseguindo até eleger deputados onde não tinham nenhum). “Com este resultado até tu podes ser eleito...”, disse uma mãe ao seu filho bebé. Não será caso para tanto, mas no meio da euforia, é normal que haja exageros.  


Bloco de Esquerda renascido quer travar governo de direita

Bloco de Esquerda renascido quer travar governo de direita

A noite foi de festa para o BE, prestes a alcançar o melhor resultado de sempre
TIAGO PETINGA/Lusa
José Paiva Capucho 05/10/2015 12:54

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A líder bloquista Catarina Martins reitera que o Bloco “não viabilizará governo de direita”.

O Bloco de Esquerda(BE) garantiu ontem o seu melhor resultado de sempre, ficando à frente da CDU – o que não acontecia desde 2009, quando o partido de Jerónimo de Sousa ficou com menos um deputado do que os bloquistas. A noite eleitoral foi passada noCinema São Jorge e contou com a estrutura do BE em peso, inclusivamente de um dos fundadores, Luís Fazenda, do ex-coordenador Francisco Louçã, do número dois por Lisboa, PedroFilipe Soares, e das gémeas Mortágua.
Resultado histórico As previsões meteorológicas davam chuva para o dia todo, e a taxa de abstenção, a oscilar entre os 35% e os 41,3%, podia deitar por terra as pretensões bloquistas. Mas o Bloco, convencido de que “desta vez” iria ser a sua vez, não quis desistir. Por volta das 20h00, chegou a confirmação: o BE ficava à frente da CDU, tornando-se na terceira maior força política de Portugal. As palmas encheram a sala, e poucos minutos depois a cabeça-de-lista por Lisboa, Mariana Mortágua, anunciava: “O Bloco pode estarà beira do melhor resultado de sempre”. A única preocupação, que atravessou toda a noite, era saber se a coligação Portugal à Frente (PàF) iria garantir a maioria absoluta.

O clima era de alegria sempre que se anunciava que o partido conseguia mais um deputado. As notícias chegavam com intervalos curtos de tempo. Primeiro soube-se que estavam garantidos Mariana e PedroFilipe Soares. Os aplausos começaram, por isso, uns minutos antes de a líder bloquista Catarina Martins subir ao palco.

Por essa altura, o antigo líder Francisco Louçã, que viu em 2011 o BE perder metade dos deputados eleitos em 2009 (16 para 8), já tinha discursado. “É uma grande vitória, o partido esteve sempre muito vivo nas suas raízes populares, e lutará por crescer ainda mais”, começou por afirmar aos jornalistas. Mesmo assim, o ex-coordenador do BE lamentou que a direita não tenha sido derrotada. “Espero que o BE seja a garantia dessa mudança”, concluiu. Sobre a sua sucessora, deixou a expressão da noite, chamando--lhe “a heroína desta campanha”.

Catarina Martins quis deixar bem claro o que pretende fazer com esta força “maior do que nunca”, já a partir de hoje. “Se a coligação de direita não tiver maioria, não será pelo BE que conseguirá formar governo”, anunciou a porta-voz bloquista, recusando viabilizar um governo minoritário de Passos Coelho e PauloPortas.Entre agradecimentos sentidos a ex-deputados – como João Semedo ou Cecília Honório – e aos novos, veio a garantia: “o BE não desiste de Portugal, de quem trabalha, de quem trabalhou toda uma vida e não se conforma com a emigração”.

A noite seguiu com muitos festejos, a cada novo deputado eleito (subindo em todos os distritos onde já estavam representados e conseguindo até eleger deputados onde não tinham nenhum). “Com este resultado até tu podes ser eleito...”, disse uma mãe ao seu filho bebé. Não será caso para tanto, mas no meio da euforia, é normal que haja exageros.  

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