Somincor vai investir 250 milhões em Neves Corvo

19-10-2018
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Somincor vai investir 250 milhões em Neves Corvo

Os canadianos da Lundin Mining propõem-se investir 250 milhões e ter a expansão de produção de zinco a funcionar em meados de 2019. O Governo promete "acompanhar o projecto" mas não se compromete com datas.

A Lundin Mining, dona da mineira Somincor, anunciou esta segunda-feira, 10 de Abril, um investimento de 250 milhões de euros para duplicar a produção de zinco nas minas de Neves-Corvo, no Alentejo.

O objectivo, anunciado no final de uma reunião com membros do Governo e autarcas locais, é passar das actuais 1,1 milhões de toneladas de zinco extraídas por ano para 2,5 milhões de toneladas, permitindo à mina operar pelo menos por mais 10 anos e compensando a redução de recursos de cobre na mina ao longo dos últimos anos.

Leia Também Minas de Neves Corvo renderam 350 milhões ao Estado

"É normal numa actividade mineira, os últimos anos na mina são sempre difíceis," afirmou. Contudo, se o novo investimento avançar, permitirá à empresa "ficar em Portugal durante muitos mais anos."

Conibear salientou ainda que a Lundin Mining investiu 800 milhões de euros nos últimos dez anos na "muito rentável" mina de Neves Corvo, pagando 350 milhões de euros em impostos e royalties ao Estado.

Leia Também EDM procura parceiros para prospecção de cobre, zinco e chumbo no Baixo Alentejo Governo não se compromete com datas

No final do encontro com a administração da mina e com autarcas, o secretário de Estado da Energia, disse que cabe ao Governo criar todas as condições para que o investimento aconteça e contribua para aumentar as exportações. Mas salvaguardou que o processo vai a meio.

"Nada está fechado, nada está concretizado, foi uma boa reunião de trabalho, possivelmente terá um bom sucesso, dependente do empenhamento de todos," afirmou Jorge Seguro Sanches (na foto). O mesmo em relação a potenciais benefícios fiscais a conceder pelo Governo: Leia Também Mineiros de Neves-Corvo ameaçam com nova greve

"Nada está colocado em cima da mesa quanto a essa questão, o que está agora é o licenciamento, a haver incentivos será no mesmo quadro das restantes empresas," concretizou.

Entre os elementos que aguardam luz verde do Governo está o estudo de impacte ambiental, que se iniciou no final do ano passado e aguarda aprovação.

"Estamos a trabalhar para que todos os prazos sejam os mais curtos possíveis nos termos da lei para que o país possa aproveitar da melhor maneira esta possibilidade de investimento," acrescentou.

Leia Também Governo aprova benefícios fiscais a quatro contratos de investimento de quase 400 milhões No final do encontro com a administração da mina e com autarcas, o secretário de Estado da Energia, disse que cabe ao Governo criar todas as condições para que o investimento aconteça e contribua para aumentar as exportações. Mas salvaguardou que o processo vai a meio."Nada está colocado em cima da mesa quanto a essa questão, o que está agora é o licenciamento, a haver incentivos será no mesmo quadro das restantes empresas," concretizou.Entre os elementos que aguardam luz verde do Governo está o estudo de impacte ambiental, que se iniciou no final do ano passado e aguarda aprovação."Estamos a trabalhar para que todos os prazos sejam os mais curtos possíveis nos termos da lei para que o país possa aproveitar da melhor maneira esta possibilidade de investimento," acrescentou. De acordo com a empresa canadiana, o projecto de alargamento da exploração deste mineral deve estar pronto em dois anos - em meados de 2019 - para duplicar a produção de concentrado de zinco. A expansão empregará 300 a 350 pessoas na construção e mais de 200 postos de trabalho em laboração.O objectivo, anunciado no final de uma reunião com membros do Governo e autarcas locais, é passar das actuais 1,1 milhões de toneladas de zinco extraídas por ano para 2,5 milhões de toneladas, permitindo à mina operar pelo menos por mais 10 anos e compensando a redução de recursos de cobre na mina ao longo dos últimos anos.De acordo com o CEO da Lundin Mining, Paul Conibear, ao longo dos últimos anos o teor e os recursos do cobre explorado na mina de Neves-Corvo têm vindo a diminuir significativamente, o que penalizou os lucros da companhia nos últimos dois exercícios."É normal numa actividade mineira, os últimos anos na mina são sempre difíceis," afirmou. Contudo, se o novo investimento avançar, permitirá à empresa "ficar em Portugal durante muitos mais anos."Conibear salientou ainda que a Lundin Mining investiu 800 milhões de euros nos últimos dez anos na "muito rentável" mina de Neves Corvo, pagando 350 milhões de euros em impostos e royalties ao Estado.

6.000 milhões de exportações em dez anos

As minas de cobre, zinco e chumbo de Neves-Corvo, localizadas em Castro Verde, distrito de Beja, são um dos maiores exportadores do país. A operar desde 1989, a Somincor - que gere a mina - lucrou 66,7 milhões de euros em 2016 , menos 700 mil euros que em 2015.

A mina de Neves-Corvo é detida a 100% pela Lundin Mining e responde por quase 20% das receitas desta empresa canadiana. No ano passado, aquela unidade produziu cerca de 46,5 mil toneladas de cobre e 69,5 mil toneladas de zinco. A exploração de zinco iniciou-se em 2006.

Desde que está em actividade, a mina já exportou 6.000 milhões de euros em minério, avançou o secretário de Estado da Energia.

Em 2014 a empresa tinha anunciado o investimento de 185 milhões de euros para a exploração de um depósito de cobre em Semblana, a 900 metros de profundidade, que permitiria estender a vida útil da mina até 2027 e extrair 200 mil toneladas de cobre.

As minas de Neves-Corvo foram vendidas em 2004 à Eurozinc, que a partir de Outubro de 2006 foi integrada na Lundin Mining. Em Neves-Corvo emprega cerca de 2.000 trabalhadores, entre próprios e contratados a entidades externos.

Além da mina de Neves-Corvo, a Lundin Mining tem actividade de exploração nos Estados Unidos, Finlândia, Suécia, Chile e República Democrática do Congo.

Somincor vai investir 250 milhões em Neves Corvo

Os canadianos da Lundin Mining propõem-se investir 250 milhões e ter a expansão de produção de zinco a funcionar em meados de 2019. O Governo promete "acompanhar o projecto" mas não se compromete com datas.

A Lundin Mining, dona da mineira Somincor, anunciou esta segunda-feira, 10 de Abril, um investimento de 250 milhões de euros para duplicar a produção de zinco nas minas de Neves-Corvo, no Alentejo.

O objectivo, anunciado no final de uma reunião com membros do Governo e autarcas locais, é passar das actuais 1,1 milhões de toneladas de zinco extraídas por ano para 2,5 milhões de toneladas, permitindo à mina operar pelo menos por mais 10 anos e compensando a redução de recursos de cobre na mina ao longo dos últimos anos.

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"É normal numa actividade mineira, os últimos anos na mina são sempre difíceis," afirmou. Contudo, se o novo investimento avançar, permitirá à empresa "ficar em Portugal durante muitos mais anos."

Conibear salientou ainda que a Lundin Mining investiu 800 milhões de euros nos últimos dez anos na "muito rentável" mina de Neves Corvo, pagando 350 milhões de euros em impostos e royalties ao Estado.

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No final do encontro com a administração da mina e com autarcas, o secretário de Estado da Energia, disse que cabe ao Governo criar todas as condições para que o investimento aconteça e contribua para aumentar as exportações. Mas salvaguardou que o processo vai a meio.

"Nada está fechado, nada está concretizado, foi uma boa reunião de trabalho, possivelmente terá um bom sucesso, dependente do empenhamento de todos," afirmou Jorge Seguro Sanches (na foto). O mesmo em relação a potenciais benefícios fiscais a conceder pelo Governo: Leia Também Mineiros de Neves-Corvo ameaçam com nova greve

"Nada está colocado em cima da mesa quanto a essa questão, o que está agora é o licenciamento, a haver incentivos será no mesmo quadro das restantes empresas," concretizou.

Entre os elementos que aguardam luz verde do Governo está o estudo de impacte ambiental, que se iniciou no final do ano passado e aguarda aprovação.

"Estamos a trabalhar para que todos os prazos sejam os mais curtos possíveis nos termos da lei para que o país possa aproveitar da melhor maneira esta possibilidade de investimento," acrescentou.

Leia Também Governo aprova benefícios fiscais a quatro contratos de investimento de quase 400 milhões No final do encontro com a administração da mina e com autarcas, o secretário de Estado da Energia, disse que cabe ao Governo criar todas as condições para que o investimento aconteça e contribua para aumentar as exportações. Mas salvaguardou que o processo vai a meio."Nada está colocado em cima da mesa quanto a essa questão, o que está agora é o licenciamento, a haver incentivos será no mesmo quadro das restantes empresas," concretizou.Entre os elementos que aguardam luz verde do Governo está o estudo de impacte ambiental, que se iniciou no final do ano passado e aguarda aprovação."Estamos a trabalhar para que todos os prazos sejam os mais curtos possíveis nos termos da lei para que o país possa aproveitar da melhor maneira esta possibilidade de investimento," acrescentou. De acordo com a empresa canadiana, o projecto de alargamento da exploração deste mineral deve estar pronto em dois anos - em meados de 2019 - para duplicar a produção de concentrado de zinco. A expansão empregará 300 a 350 pessoas na construção e mais de 200 postos de trabalho em laboração.O objectivo, anunciado no final de uma reunião com membros do Governo e autarcas locais, é passar das actuais 1,1 milhões de toneladas de zinco extraídas por ano para 2,5 milhões de toneladas, permitindo à mina operar pelo menos por mais 10 anos e compensando a redução de recursos de cobre na mina ao longo dos últimos anos.De acordo com o CEO da Lundin Mining, Paul Conibear, ao longo dos últimos anos o teor e os recursos do cobre explorado na mina de Neves-Corvo têm vindo a diminuir significativamente, o que penalizou os lucros da companhia nos últimos dois exercícios."É normal numa actividade mineira, os últimos anos na mina são sempre difíceis," afirmou. Contudo, se o novo investimento avançar, permitirá à empresa "ficar em Portugal durante muitos mais anos."Conibear salientou ainda que a Lundin Mining investiu 800 milhões de euros nos últimos dez anos na "muito rentável" mina de Neves Corvo, pagando 350 milhões de euros em impostos e royalties ao Estado.

6.000 milhões de exportações em dez anos

As minas de cobre, zinco e chumbo de Neves-Corvo, localizadas em Castro Verde, distrito de Beja, são um dos maiores exportadores do país. A operar desde 1989, a Somincor - que gere a mina - lucrou 66,7 milhões de euros em 2016 , menos 700 mil euros que em 2015.

A mina de Neves-Corvo é detida a 100% pela Lundin Mining e responde por quase 20% das receitas desta empresa canadiana. No ano passado, aquela unidade produziu cerca de 46,5 mil toneladas de cobre e 69,5 mil toneladas de zinco. A exploração de zinco iniciou-se em 2006.

Desde que está em actividade, a mina já exportou 6.000 milhões de euros em minério, avançou o secretário de Estado da Energia.

Em 2014 a empresa tinha anunciado o investimento de 185 milhões de euros para a exploração de um depósito de cobre em Semblana, a 900 metros de profundidade, que permitiria estender a vida útil da mina até 2027 e extrair 200 mil toneladas de cobre.

As minas de Neves-Corvo foram vendidas em 2004 à Eurozinc, que a partir de Outubro de 2006 foi integrada na Lundin Mining. Em Neves-Corvo emprega cerca de 2.000 trabalhadores, entre próprios e contratados a entidades externos.

Além da mina de Neves-Corvo, a Lundin Mining tem actividade de exploração nos Estados Unidos, Finlândia, Suécia, Chile e República Democrática do Congo.

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