CMEC é? CMEC disse?

07-06-2017
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Bom dia,

CMECs, CAEs, outras siglas que tais. Nomes nada banais que tem sido estrelas nos últimos dias. Há muito (muito) tempo que não se via tanto interesse numa conferência de imprensa da EDP. Para quem achava que Mexia já não mexia, enganou-se. Mexia mexe e promete ripostar. E não se demitir. Com o apoio de Eduardo Catroga – e dos acionistas representados no Conselho Geral e de Supervisão – promete processar quem fez a queixa. Porque, como disse Catroga, “não se brinca com empresas cotadas”.

Quem parece ter ficado convencido com as explicações de Mexia foi a bolsa onde as ações da EDP recuperaram depois do tombo de segunda-feira. A empresa praticamente reverteu a queda que tinha tido e no arranque da semana ao ganhar 2,84%. O Eco conta-lhe como tudo aconteceu.

A história começou sexta-feira passada, com as buscas da PJ e Ministério Público, e ainda está numa fase inicial. Conhecem-se alguns personagens, fala-se de outros e há nomes que se vão juntando ao rol de arguidos. Ontem foi a vez de Rui Cartaxo (atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco e ex-presidente da REN), Pedro Resende (ex-administrador da EDP) e Jorge Machado (ex-conselheiro da administração da EDP) serem constituídos arguidos. Cartaxo é presidente de um banco, ainda por cima um banco detido pelo Estado através do Fundo de Resolução, e a sua continuidade pode estar em comprometida. Cauteloso, o Banco de Portugal diz estar a analisar a situação.

Mas, afinal, o que está em causa neste caso? Nada como ler, por exemplo, o que o João Palma Ferreira escreveu ontem no Expresso Diário (link para assinantes) que conta não só como foi a conferência de imprensa mas explica igualmente quais as decisões que estão a ser escrutinadas e que podem ter justificado esta investigação judicial. Se tiver dúvidas ainda, o que é normal, e quiser saber mais sobre estes contratos pode ler, por exemplo, o Observador para saber o que está por detrás das famosas siglas. O caso já chegou também em força à política e, à esquerda, PCP e Bloco que já tinham criticado estes contratos prometem agora levá-los ao Parlamento.

Há também suspeitas sobre o apoio dado pela EDP à criação de um curso na Universidade de Columbia, nos EUA, sobre energia renovável onde o ex-ministro da Economia de Sócrates, Manuel Pinho, deu aulas. A EDP entregou mais de um milhão à universidade, escreve o Negócios. Mexia respondeu a esta questão durante a conferência de imprensa assegurando que a decisão foi da universidade – com dois prémios Nobel envolvidos – e que Pinho tem uma longa carreira académica anterior e posterior a esse momento.

O que não deve sofrer feitos secundários desta investigação é a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis que pode avançar. No exterior, o problema também não passou despercebido. O Financial Times, num artigo assinado pelo correspondente em Lisboa, Peter Wise, dava conta da conferência de imprensa e da garantia de Mexia de que não se demitia. Na edição de hoje do Público, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que o “lobby da energia é um dos mais fortes que temos em Portugal”.

Bom dia,

CMECs, CAEs, outras siglas que tais. Nomes nada banais que tem sido estrelas nos últimos dias. Há muito (muito) tempo que não se via tanto interesse numa conferência de imprensa da EDP. Para quem achava que Mexia já não mexia, enganou-se. Mexia mexe e promete ripostar. E não se demitir. Com o apoio de Eduardo Catroga – e dos acionistas representados no Conselho Geral e de Supervisão – promete processar quem fez a queixa. Porque, como disse Catroga, “não se brinca com empresas cotadas”.

Quem parece ter ficado convencido com as explicações de Mexia foi a bolsa onde as ações da EDP recuperaram depois do tombo de segunda-feira. A empresa praticamente reverteu a queda que tinha tido e no arranque da semana ao ganhar 2,84%. O Eco conta-lhe como tudo aconteceu.

A história começou sexta-feira passada, com as buscas da PJ e Ministério Público, e ainda está numa fase inicial. Conhecem-se alguns personagens, fala-se de outros e há nomes que se vão juntando ao rol de arguidos. Ontem foi a vez de Rui Cartaxo (atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco e ex-presidente da REN), Pedro Resende (ex-administrador da EDP) e Jorge Machado (ex-conselheiro da administração da EDP) serem constituídos arguidos. Cartaxo é presidente de um banco, ainda por cima um banco detido pelo Estado através do Fundo de Resolução, e a sua continuidade pode estar em comprometida. Cauteloso, o Banco de Portugal diz estar a analisar a situação.

Mas, afinal, o que está em causa neste caso? Nada como ler, por exemplo, o que o João Palma Ferreira escreveu ontem no Expresso Diário (link para assinantes) que conta não só como foi a conferência de imprensa mas explica igualmente quais as decisões que estão a ser escrutinadas e que podem ter justificado esta investigação judicial. Se tiver dúvidas ainda, o que é normal, e quiser saber mais sobre estes contratos pode ler, por exemplo, o Observador para saber o que está por detrás das famosas siglas. O caso já chegou também em força à política e, à esquerda, PCP e Bloco que já tinham criticado estes contratos prometem agora levá-los ao Parlamento.

Há também suspeitas sobre o apoio dado pela EDP à criação de um curso na Universidade de Columbia, nos EUA, sobre energia renovável onde o ex-ministro da Economia de Sócrates, Manuel Pinho, deu aulas. A EDP entregou mais de um milhão à universidade, escreve o Negócios. Mexia respondeu a esta questão durante a conferência de imprensa assegurando que a decisão foi da universidade – com dois prémios Nobel envolvidos – e que Pinho tem uma longa carreira académica anterior e posterior a esse momento.

O que não deve sofrer feitos secundários desta investigação é a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis que pode avançar. No exterior, o problema também não passou despercebido. O Financial Times, num artigo assinado pelo correspondente em Lisboa, Peter Wise, dava conta da conferência de imprensa e da garantia de Mexia de que não se demitia. Na edição de hoje do Público, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que o “lobby da energia é um dos mais fortes que temos em Portugal”.

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