O ministro das Finanças garantiu esta quarta-feira que a dívida pública portuguesa é sustentável. A garantia foi deixada na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, durante a qual Mário Centeno lembrou que a dívida já não está no valor recorde. Sublinhou também que o valor já desceu para os 124% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal e que deverá cair para os 122% no final do ano.
"A partir do momento em que um país inicia o processo de redução do endividamento, do rácio da dívida sobre o PIB, os modelos empíricos econométricos o que dizem é que o constrangimento para o crescimento económico se reduz desde que essa trajetória seja sustentável e essa é a variável de política que nós podemos utilizar."
A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua diz que esta é uma "posição irresponsável" tendo em conta as condições para a sustentabilidade da dívida, que foram apresentadas pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
"Um país com uma dívida de cerca de 100%, que é onde nós esperamos estar em 2025, para reduzir 2% por ano o seu rácio da dívida precisa de ter, no contexto em que as taxas de juro estejam à volta dos 4% - e estamos bem longe disso - um crescimento nominal de 4%. Portanto, se eu tiver um crescimento nominal igual à taxa de juro, a redução do rácio da dívida é igual ao saldo primário, basicamente, o que implica ter um saldo primário de 2% ao ano durante um período de 20 anos. Aquilo que é a discussão política é se, em termos médios, é possível ou não, durante 20 anos, ter um saldo primário de 2%."
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O ministro das Finanças garantiu esta quarta-feira que a dívida pública portuguesa é sustentável. A garantia foi deixada na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, durante a qual Mário Centeno lembrou que a dívida já não está no valor recorde. Sublinhou também que o valor já desceu para os 124% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal e que deverá cair para os 122% no final do ano.
"A partir do momento em que um país inicia o processo de redução do endividamento, do rácio da dívida sobre o PIB, os modelos empíricos econométricos o que dizem é que o constrangimento para o crescimento económico se reduz desde que essa trajetória seja sustentável e essa é a variável de política que nós podemos utilizar."
A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua diz que esta é uma "posição irresponsável" tendo em conta as condições para a sustentabilidade da dívida, que foram apresentadas pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
"Um país com uma dívida de cerca de 100%, que é onde nós esperamos estar em 2025, para reduzir 2% por ano o seu rácio da dívida precisa de ter, no contexto em que as taxas de juro estejam à volta dos 4% - e estamos bem longe disso - um crescimento nominal de 4%. Portanto, se eu tiver um crescimento nominal igual à taxa de juro, a redução do rácio da dívida é igual ao saldo primário, basicamente, o que implica ter um saldo primário de 2% ao ano durante um período de 20 anos. Aquilo que é a discussão política é se, em termos médios, é possível ou não, durante 20 anos, ter um saldo primário de 2%."