MasterCard, Visa, eBay, Stripe e Mercado Pago abandonam Facebook na criação da Libra

12-10-2019
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EmpresasTecnologia MasterCard, Visa, eBay, Stripe e Mercado Pago abandonam Facebook na criação da Libra Flávio Nunes 12 Outubro, 2019 MasterCard e Visa decidiram abandonar a associação de fundadores da Libra, um grande passo atrás no projeto liderado pelo Facebook.Pixabay Há novas baixas no consórcio montado pelo Facebook para desenvolver a criptomoeda Libra. A MasterCard e a Visa, assim como o eBay, a Stripe e o Mercado Pago, anunciaram esta sexta-feira que decidiram deixar de fazer parte do grupo de apoiantes do projeto idealizado por Mark Zuckerberg.Estas saídas somam-se à recusa já anunciada pelo PayPal e podem ameaçar a intenção do Facebook, que pretende criar uma nova moeda digital de alcance mundial e suporte universal. Para tal, a rede social formou uma associação da qual faziam parte estas empresas até agora e onde permanecem outras, como é o caso da Farfetch, criada pelo português José Neves.Concretamente, a renúncia da MasterCard e da Vida representa representa um grande passo atrás no projeto da Libra, uma vez que estas duas empresas detêm a “fatia de leão” do mercado de pagamentos digitais, pelo que a sua participação era crítica para o desenvolvimento de um ecossistema de pagamentos aceite pela generalidade dos comerciantes no mundo da internet. Primeira baixa na moeda do Facebook. PayPal sai do projeto Ler Mais Segundo a Reuters, permanecem na Libra Association empresas como a Lyft e a Vodafone. O grupo de apoiantes compõe-se agora, essencialmente, por empresas de capital de risco, telecomunicações e tecnologia.Facebook já perdeu seis dos 29 fundadores da LibraAtravés da rede social Twitter, o líder da equipa que está a desenvolver a Libra, David Marcus, confirmou que a MasterCard e a Visa decidiram abandonar o projeto, deixando-lhes “um agradecimento especial” por se terem mantido “até à 11.ª hora [ou seja, até muito perto de o projeto ser lançado]”. “A pressão tem sido intensa (um eufemismo), e eu respeito a decisão deles de esperarem até haver autorização regulatória para a Libra continuar versus as ameaças (de muitos) do setor”, indicou, sem especificar a que se referia.Contudo, noutro tweet, David Marcus foi mais longe e “acautelou” que não é por estas desistências que o projeto não se vai realizar. “Claro que não são boas notícias no curto prazo, mas, de certa forma, é libertador. Fiquem ligados para novidades muito em breve. Mudanças desta magnitude são difíceis. Sabes que estás a fazer algo importante quando surge tamanha pressão”, rematou.Tweet from @davidmarcus As decisões anunciadas na sexta-feira surgem depois de várias autoridades a nível mundial terem expressado preocupações em torno das implicações da Libra para a estabilidade do sistema financeiro mundial. Uma moeda criada pelo Facebook teria como público-alvo principal os milhares de milhões de utilizadores da rede social, o que faria com que a Libra facilmente se tornasse numa das moedas mais universais do mundo.Uma das críticas mais recentes, aliás, partiu do secretário de Estado Adjunto e das Finanças de Portugal, Ricardo Mourinho Félix, que chegou às notícias internacionais por ser mais uma voz a juntar-se ao coro de críticas ao projeto do Facebook. Segundo Mourinho Félix, “Portugal partilha da preocupação de outros países europeus sobre a Libra e aguarda as recomendações do grupo de trabalho do G7 sobre moedas estáveis [as chamadas stable coins], que deverão ser conhecidas nos próximos dias”, afirmou. Mourinho Félix: Portugal também está preocupado com a Libra Ler Mais Como explicou o governante português, a Libra “pode ser a primeira moeda privada a impor-se”, sem controlo de qualquer banco central, o que pode suscitar “elevados riscos com dimensão sistémica que lhe estão associados” e “limitar o alcance das ferramentas tradicionais da política monetária”. Mas, apesar das preocupações dos reguladores, o Facebook quer lançar a Libra na primeira metade do ano que vem.(Notícia atualizada às 17h54 com reação do líder da equipa da Libra) Relacionados Governo fala em “dados animadores” sobre evolução da sardinha nas águas portuguesas A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, manifestou este sábado a intenção de encontrar posições… Nova Comissão Europeia pode só tomar posse a 1 de dezembro O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, admitiu este sábado que provavelmente será… Investimento no Porto de Sines deverá criar 900 empregos até 2039 O Governo estima a criação até 2039 de 900 postos de trabalho no terminal XXI…

EmpresasTecnologia MasterCard, Visa, eBay, Stripe e Mercado Pago abandonam Facebook na criação da Libra Flávio Nunes 12 Outubro, 2019 MasterCard e Visa decidiram abandonar a associação de fundadores da Libra, um grande passo atrás no projeto liderado pelo Facebook.Pixabay Há novas baixas no consórcio montado pelo Facebook para desenvolver a criptomoeda Libra. A MasterCard e a Visa, assim como o eBay, a Stripe e o Mercado Pago, anunciaram esta sexta-feira que decidiram deixar de fazer parte do grupo de apoiantes do projeto idealizado por Mark Zuckerberg.Estas saídas somam-se à recusa já anunciada pelo PayPal e podem ameaçar a intenção do Facebook, que pretende criar uma nova moeda digital de alcance mundial e suporte universal. Para tal, a rede social formou uma associação da qual faziam parte estas empresas até agora e onde permanecem outras, como é o caso da Farfetch, criada pelo português José Neves.Concretamente, a renúncia da MasterCard e da Vida representa representa um grande passo atrás no projeto da Libra, uma vez que estas duas empresas detêm a “fatia de leão” do mercado de pagamentos digitais, pelo que a sua participação era crítica para o desenvolvimento de um ecossistema de pagamentos aceite pela generalidade dos comerciantes no mundo da internet. Primeira baixa na moeda do Facebook. PayPal sai do projeto Ler Mais Segundo a Reuters, permanecem na Libra Association empresas como a Lyft e a Vodafone. O grupo de apoiantes compõe-se agora, essencialmente, por empresas de capital de risco, telecomunicações e tecnologia.Facebook já perdeu seis dos 29 fundadores da LibraAtravés da rede social Twitter, o líder da equipa que está a desenvolver a Libra, David Marcus, confirmou que a MasterCard e a Visa decidiram abandonar o projeto, deixando-lhes “um agradecimento especial” por se terem mantido “até à 11.ª hora [ou seja, até muito perto de o projeto ser lançado]”. “A pressão tem sido intensa (um eufemismo), e eu respeito a decisão deles de esperarem até haver autorização regulatória para a Libra continuar versus as ameaças (de muitos) do setor”, indicou, sem especificar a que se referia.Contudo, noutro tweet, David Marcus foi mais longe e “acautelou” que não é por estas desistências que o projeto não se vai realizar. “Claro que não são boas notícias no curto prazo, mas, de certa forma, é libertador. Fiquem ligados para novidades muito em breve. Mudanças desta magnitude são difíceis. Sabes que estás a fazer algo importante quando surge tamanha pressão”, rematou.Tweet from @davidmarcus As decisões anunciadas na sexta-feira surgem depois de várias autoridades a nível mundial terem expressado preocupações em torno das implicações da Libra para a estabilidade do sistema financeiro mundial. Uma moeda criada pelo Facebook teria como público-alvo principal os milhares de milhões de utilizadores da rede social, o que faria com que a Libra facilmente se tornasse numa das moedas mais universais do mundo.Uma das críticas mais recentes, aliás, partiu do secretário de Estado Adjunto e das Finanças de Portugal, Ricardo Mourinho Félix, que chegou às notícias internacionais por ser mais uma voz a juntar-se ao coro de críticas ao projeto do Facebook. Segundo Mourinho Félix, “Portugal partilha da preocupação de outros países europeus sobre a Libra e aguarda as recomendações do grupo de trabalho do G7 sobre moedas estáveis [as chamadas stable coins], que deverão ser conhecidas nos próximos dias”, afirmou. Mourinho Félix: Portugal também está preocupado com a Libra Ler Mais Como explicou o governante português, a Libra “pode ser a primeira moeda privada a impor-se”, sem controlo de qualquer banco central, o que pode suscitar “elevados riscos com dimensão sistémica que lhe estão associados” e “limitar o alcance das ferramentas tradicionais da política monetária”. Mas, apesar das preocupações dos reguladores, o Facebook quer lançar a Libra na primeira metade do ano que vem.(Notícia atualizada às 17h54 com reação do líder da equipa da Libra) Relacionados Governo fala em “dados animadores” sobre evolução da sardinha nas águas portuguesas A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, manifestou este sábado a intenção de encontrar posições… Nova Comissão Europeia pode só tomar posse a 1 de dezembro O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, admitiu este sábado que provavelmente será… Investimento no Porto de Sines deverá criar 900 empregos até 2039 O Governo estima a criação até 2039 de 900 postos de trabalho no terminal XXI…

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