Mourinho Félix: “Portugal partilha da preocupação de outros países europeus” em relação à criptomoeda do Facebook

22-10-2019
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O projecto da criptomoeda Libra, impulsionada pelo Facebook, tem elevados riscos para a condução da política monetária e a estabilidade do sistema financeiro e Portugal não quer que opere antes de serem acauteladas todas as preocupações, disse o secretário de Estado das Finanças.

Ricardo Mourinho Félix adiantou que "falta ainda saber se a Libra avançará e, nesse caso, se será um meio de pagamento, um instrumento financeiro ou uma estrutura de mercado". "É, contudo, claro, desde já, que existem elevados riscos e que o fenómeno tem uma dimensão sistémica", disse Mourinho Félix numa conferência, acrescentando que "é essencial que nenhum projecto de 'moeda estável' (como a Libra) opere até que todas as preocupações sejam devidamente acauteladas", disse.

O secretário de Estado das Finanças realçou que "Portugal partilha da preocupação de outros países europeus" sobre a Libra e "aguarda as recomendações do grupo de trabalho do G7 sobre 'moedas estáveis', que deverão ser conhecidas nos próximos dias durante as reuniões do FMI-Banco Mundial".

Ao contrário de uma criptomoeda normal, a Libra estaria indexada a um cabaz de ativos financeiros, o que, em princípio, evitaria oscilações bruscas do seu valor — daí estar a ser denominada como 'moeda estável'.

Mourinho Félix lembrou que "a Libra poderia ser a primeira 'moeda' privada digital a impôr-se, já que só o Facebook, uma das multinacionais por detrás do projecto, conta com 2,4 mil milhões de utilizadores".

Mas, alertou para "o risco da Libra poder limitar o alcance das ferramentas tradicionais de política monetária", sobretudo se, "como moeda dita estável, tiver potencial para se impor de forma rápida em economias com altas taxas de inflação, instituições mais frágeis e um sector financeiro ainda pouco inclusivo".

Outro risco seria a criação de sistemas de pagamentos privados, que "condicionem de forma determinantes as políticas que hoje promovem a estabilidade do sistema financeiro".

O projecto da criptomoeda Libra, impulsionada pelo Facebook, tem elevados riscos para a condução da política monetária e a estabilidade do sistema financeiro e Portugal não quer que opere antes de serem acauteladas todas as preocupações, disse o secretário de Estado das Finanças.

Ricardo Mourinho Félix adiantou que "falta ainda saber se a Libra avançará e, nesse caso, se será um meio de pagamento, um instrumento financeiro ou uma estrutura de mercado". "É, contudo, claro, desde já, que existem elevados riscos e que o fenómeno tem uma dimensão sistémica", disse Mourinho Félix numa conferência, acrescentando que "é essencial que nenhum projecto de 'moeda estável' (como a Libra) opere até que todas as preocupações sejam devidamente acauteladas", disse.

O secretário de Estado das Finanças realçou que "Portugal partilha da preocupação de outros países europeus" sobre a Libra e "aguarda as recomendações do grupo de trabalho do G7 sobre 'moedas estáveis', que deverão ser conhecidas nos próximos dias durante as reuniões do FMI-Banco Mundial".

Ao contrário de uma criptomoeda normal, a Libra estaria indexada a um cabaz de ativos financeiros, o que, em princípio, evitaria oscilações bruscas do seu valor — daí estar a ser denominada como 'moeda estável'.

Mourinho Félix lembrou que "a Libra poderia ser a primeira 'moeda' privada digital a impôr-se, já que só o Facebook, uma das multinacionais por detrás do projecto, conta com 2,4 mil milhões de utilizadores".

Mas, alertou para "o risco da Libra poder limitar o alcance das ferramentas tradicionais de política monetária", sobretudo se, "como moeda dita estável, tiver potencial para se impor de forma rápida em economias com altas taxas de inflação, instituições mais frágeis e um sector financeiro ainda pouco inclusivo".

Outro risco seria a criação de sistemas de pagamentos privados, que "condicionem de forma determinantes as políticas que hoje promovem a estabilidade do sistema financeiro".

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