Atualidades by: Cláudia Pereira: Nos "Media": Experiências Missionárias

10-04-2019
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O NOSSO TESTEMUNHO MISSIONÁRIO

“Um ROSTO, em Deixa-o-Resto, deixa um rasto!”

O tempo não pára mas as vivências deixam marcas. Foi o que nos aconteceu há pouco tempo. Por isso, queremos partilhar o que foi a nossa experiência missionária no Grupo Diocesano “ONDJOYETU” da diocese de Leiria-Fátima, no início do passado mês de Agosto.

Quem somos e porque participámos

Começamos por nos apresentar: Somos a Maria do Rosário e o Zé Marrazes, casados catolicamente, já lá vão 35 anos. Temos um filho, um neto e um outro neto, a caminho. Vivemos na Paróquia da Marinha Grande, diocese de Leiria-Fátima. Pertencemos, desde há seis meses, ao Grupo Missionário Ondjoyetu e somos do Movimento dos Cursilhos de Cristandade há quatro anos.

Na nossa paróquia, acompanhamos semanalmente uma das Irmãs da Congregação das Filhas de Santa Maria de Guadalupe (de origem mexicana) a levar a comunhão aos doentes e participamos na visita aos idosos no Lar da Marinha Grande.

Quando surgiu o convite para irmos em missão para o Alentejo, exclamámos: “Mas nós não sabemos nada, será que temos algo para dar?” Responderam-nos que sim, que todos temos algo para dar e aceitámos o desafio da missão.

Fizemos a formação, aprendemos as regras do bom missionário, e, com ajuda do Espírito Santo, lá fomos caminhando com o Grupo que ia integrar a equipa, aprendendo a teoria e preparando-nos para a prática.

Onde fica Deixa-o-Resto

Chegou o dia da partida e a pergunta mantinha-se: “O que vamos encontrar? Como será a missão em Deixa-o-Resto? (Este é o nome de uma das povoações onde se realizou a missão). Até o nome era estranho…”

Deixa-o-Resto é uma pequena povoação, de ambiente rural, caminho de passagem. Fica na freguesia de Santo André, concelho de Santiago do Cacém. Contrasta com a cidade de Santo André, composta por muitos bairros, e com uma população muito heterogénea, proveniente de muitas terras ou países. Grande parte da população activa trabalha em Sines, por turnos. É uma cidade nova, com pouca história e poucas tradições. O campo e o mar, a aldeia e a cidade, convivem de perto e mostram um vaivém de gentes e marca alguns ritmos. Foi para esta zona que fomos enviados.

Tempo e campo da Missão

No primeiro dia, 02 de Agosto, ao chegar à Igreja de Santa Maria em Santo André, já tínhamos o Padre Abílio, o pároco, à nossa espera e ficámos mais tranquilos com mais apoio. Depressa chegamos ao alojamento no antigo “FAROL” no Bairro do Pinhal e começamos a distribuição dos quartos e a partilha das tarefas. Fomos apresentados na Igreja do Bairro Azul, também em Santo André. Participámos na Eucaristia e disponibilizamo-nos para ir visitar algum doente ou alguma familia.

No domingo começou a missão no terreno com a visita ao lugar de Deixa-o-Resto. Fomos apresentados à comunidade na igreja de Santa Maria pelo Padre Agostinho, missionário vicentino e grande apoio na preparação e realização desta missão. Também estivemos na Igreja da Aldeia de Santo André onde participamos na Eucaristia e na procissão da festa local, em honra de S. Luís. Agora a Equipa já estava completa: Irmã Nancy, Cátia, Diamantino, Júlia, Cláudia e por nós, Maria do Rosário e José. O João, seminarista vicentino, também fez parte do Grupo. Dois dias depois, chegaram o P. David e o Tio Serra. Agora era só meter pés ao caminho e as mãos ao trabalho.

Na segunda-feira, dia 04, fomos ao encontro das pessoas nas ruas, nos cafés e de porta em porta, fomos sempre bem acolhidos por todos. Nos outros dias visitámos a instituição das meninas “O FAROL”, o Centro de dia com os idosos e a CERCISIAGO, ficámos muito sensibilizados com a recepção, muito carinho, alegria e boa disposição dos utentes e das funcionárias.

“Fazei o que Ele vos disser!”

Nas actividades realizadas acolhemos a imagem de Nossa Senhora peregrina das Missões em Deixa-o-Resto com a recitação do terço e falou-se sobre a espiritualidade mariana. Em outro dia, fizemos a procissão de velas que foi um dos pontos altos da Missão. Em todas as acções, a partir de Maria, estava sempre presente um Rosto, uma Pessoa: Jesus Cristo. A Mãe, mais uma vez, nos diz: “Fazei o que Ele vos disser!”.

No final da semana, fizemos a despedida de Nossa Senhora no lugar de Deixa-o-Resto e levamo-la para a Igreja paroquial de Santa Maria, onde organizámos e celebrámos uma vigília missionária. Acorreu gente dos vários lugares onde fizemos a Missão e de algumas paróquias das redondezas. “Uma Igreja missionária, milf sexterna, pobre e para os pobres” foi o tema deste tempo de oração. Dar testemunho de Cristo, com todos os sentidos, foi o mote da reflexão, feita pelo P. David Nogueira.

Nessa noite, tivemos a agradável surpresa da chegada da Irmã Susana, da Mara, da Helena e da Ana Matos. Também elas entraram na dinâmica da missão prevista para os últimos dias.

No sábado, dia 9, organizou-se uma caminhada missionária à Ermida de Nossa Senhora da Graça onde celebrámos a Eucaristia seguida do almoço partilhado. À noite fizemos a despedida em Deixa-o-Resto com a participação da comunidade na celebração eucarística e jantar partilhado, foi um dia muito positivo que marcou o final da presença naquele bairro.

Despedida e avaliação

No domingo, dia 10, foi a despedida com a celebração da Eucaristia na Igreja da Aldeia e posterior despedida na Igreja de Santa Maria, onde demos o nosso testemunho e animamos o momento do ofertório com sinais identificativos da Missão. Seguiu-se o almoço naquela que foi a nossa casa durante estes dias, nas antigas instalações da instituição “O FAROL”.

Depois de um tempo de avaliação, na presença do P. Abílio, pároco, e do P. Agostinho, responsável da animação missionária na diocese de Beja, chegou a hora da partida e do regresso a casa.

O nosso testemunho pessoal foi muito positivo, valeu a pena abdicar de uns dias da nossa casa, da família, dos amigos e tudo o mais que deixámos em prol de outros irmãos nossos que fomos encontrar e com quem vivemos dias e momentos inesquecíveis nesta Missão.

Um muito obrigado a Deus por nos permitir partilhar a nossa fé e aos que fizeram parte da organização da missão e tornaram possível esta experiência missionária.

Maria do Rosário e Zé Marrazes

Entre os dias 2 e 10 de Agosto o Grupo Missionário ONDJOYETU, da diocese de Leiria-Fátima, organizou em conjunto com o Centro Diocesano Missionário de Beja (CDM), as chamadas Férias Missionárias. Decorreram nas paróquias de Santo André e de Santa Maria, mais propriamente no lugar de Deixa-o-Resto. Para além do P. David Nogueira, responsável pela animação missionária da diocese de Leiria-Fátima, participaram nesta experiência pessoas de várias idades e localidades: alguns jovens, vários adultos, um casal e uma religiosa, a Irmã Nancy (mexicana). Esta semana contou ainda com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Agostinho, que também é o director do Secretariado das Missões da diocese de Beja e coordenador das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, e do seminarista João Soares que integrou o grupo missionário ONJDOYETU. Apesar de não ser um grupo vicentino a sua finalidade é a mesma: A Missão.

Maria, estrela da Missão

Deixa-o-Resto é um local de passagem que fica entre Santiago do Cacém e Melides e Tróia. Pertence a Santo André, distante um pouco da igreja Matriz. Na Missão Popular em 2012, nasceu lá uma Assembleia Familiar que continua a reunir nas instalações da Escola e é animada pela Irmã Conceição, das Franciscanas Missionárias de Maria. Não têm local de culto e, com alguma dificuldade, conseguiram que o espaço do antigo Centro de Saúde fosse cedido para as reuniões e encontros desta semana missionária.

O objectivo deste tempo de missão é reavivar a fé naquela comunidade e fazer com que as pessoas se envolvam e participem mais na prática religiosa. Para tal, foram desenvolvidas várias actividades para envolver a população. A Imagem peregrina da Senhora das Missões visitou esta comunidade e foi o ponto alto desta semana, sendo ela, a base de toda a missão. Pode dizer-se que esta missão apresentou um dinamismo muito mariano. Daí que todas as reflexões partiram desse pressuposto, ou seja, Nossa Senhora, o terço, a reflexão, a procissão de velas e todos os encontros. A caminhada em Missão à Ermida da Senhora da Graça (das Graças!) e a Vigília Missionária, na Igreja de santa Maria, foram momentos em que a presença da Mãe de Deus foi fulcral.

Missão: Ir ao encontro dos mais vulneráveis

No entanto, a missão não se resumiu apenas à vertente religiosa, mas também à dimensão sócio-caritativa. Daí a visita ao Centro de Acolhimento de Jovens em risco “o Farol” e ao Centro de Dia de Santo André. A primeira situação proporcionou um momento que marcou muito os missionários, pois, ninguém ficou indiferente a essa realidade. Outra situação que proporcionou bastante alegria foi a visita a Cercisiago. O contacto com estas populações, que na nossa sociedade são consideradas as mais vulneráveis, possibilitou ao grupo reflexões muito interessantes mas, sobretudo, grandes emoções.

Porta a porta, uma descoberta

A par de tanto trabalho, aconteceram momentos de convívio e esses foram possibilitados através da caminhada missionária, da partilha fraterna, no dia do encerramento, em Deixa-o-Resto e nos momentos mais folgados entre os missionários.

Tudo isto seria impossível sem o chamado porta-a-porta que, apesar de nos terem confundido com outros grupos “religiosos”, foi essencial para chamar as pessoas à missão. No entanto, esta missão já contava com um grande impulso do Pároco (P. Abílio) e de um pequeno grupo de boas vontades que já tinha anunciado e publicitado a mesma.

Avaliação positiva

Em Deixa-o-Resto, deixamos um rasto. Esta frase resume o muito que aconteceu nestes dias. Os participantes nesta acção missionária, na avaliação final, foram unânimes em afirmar que todos os esforços foram válidos e valeu a pena sair de casa e partir ao encontro de uma realidade nova. As pessoas foram muito acolhedoras, fizeram tudo para responder ao desafio proposto. Todo o Grupo, nos diversos momentos, procurou levar a Boa Nova de Jesus a todas as pessoas. Independentemente da cor, da situação pessoal de cada um, do instituto a que pertence e da formação que tem, mostrou-se coeso, unido e empenhado.

A oração diária, as reuniões de preparação e de avaliação, os momentos de convívio e a confecção das refeições criaram e fortaleceram a amizade e a inter-ajuda. Na vida pessoal e nestas experiências missionária, o importante é ter Cristo no coração e a Palavra do seu Evangelho na boca. O testemunho e a presença atenta e disponível completam o cenário de um tempo forte para quem o viveu, como grupo e para quem o acolheu, como comunidade. Mais uma vez, a semente foi lançada à terra.

A pequena Assembleia nascida na Missão Popular, de seu nome “A Seara”, já vai sendo fermento nesta comunidade. Esta acção missionária procurou espevitar toda a população. Com a boa vontade e persistência de todos, acreditamos que, em breve, este povo seja uma comunidade viva que reflecte a Palavra de Deus e celebra a sua fé, na Eucaristia.

Todos estão de parabéns! Que Nossa Senhora das Missões proteja este trabalho missionário e abençoe toda a população de Deixa-o-Resto!

João Soares,

Seminarista vicentino

Ondjoyetu – Grupo missionário da diocese de Leiria-Fátima

Todos os anos, por ocasião do Verão, alguns elementos do Grupo, depois de uma formação e preparação são enviados para uma zona do Alentejo. A primeira vez, foi para S. Martinho das Amoreiras. Depois, foram para o Alto Alentejo (Crato e Ponte de Sor). Desde há três anos, voltaram para o Alentejo Litoral.

Depois de Santiago do Cacém e de Francisco da Serra, este ano é em Santo André, mais concretamente, na Aldeia de Deixa-o-Resto. Será de 2 a 10 de Agosto, que o Grupo vai viver esta nova experiência missionária. É composto por cerca de dez pessoas, tendo como dinamizadores, o P. David Nogueira, director diocesano da acção missionária, a Irmã Nancy (mexicana). De várias idades, casados e solteiros, deixaram as suas famílias e vêm até ao Alentejo Litoral para testemunhar a alegria de ser enviado a anunciar Jesus Cristo, a fonte da nossa alegria.

É o Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima. Iniciaram o seu percurso em Agosto de 1999. Este grupo tem sido o promotor da aproximação entre as dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe (em Angola), sendo celebrada a geminação entre as duas dioceses a 25 de Março de 2006. A palavra que dá nome ao grupo – Ondjoyetu – quer dizer, em umbundo, a língua que se fala no Gungo, “A Nossa Casa”.

Encontra-se aqui.

O NOSSO TESTEMUNHO MISSIONÁRIO

“Um ROSTO, em Deixa-o-Resto, deixa um rasto!”

O tempo não pára mas as vivências deixam marcas. Foi o que nos aconteceu há pouco tempo. Por isso, queremos partilhar o que foi a nossa experiência missionária no Grupo Diocesano “ONDJOYETU” da diocese de Leiria-Fátima, no início do passado mês de Agosto.

Quem somos e porque participámos

Começamos por nos apresentar: Somos a Maria do Rosário e o Zé Marrazes, casados catolicamente, já lá vão 35 anos. Temos um filho, um neto e um outro neto, a caminho. Vivemos na Paróquia da Marinha Grande, diocese de Leiria-Fátima. Pertencemos, desde há seis meses, ao Grupo Missionário Ondjoyetu e somos do Movimento dos Cursilhos de Cristandade há quatro anos.

Na nossa paróquia, acompanhamos semanalmente uma das Irmãs da Congregação das Filhas de Santa Maria de Guadalupe (de origem mexicana) a levar a comunhão aos doentes e participamos na visita aos idosos no Lar da Marinha Grande.

Quando surgiu o convite para irmos em missão para o Alentejo, exclamámos: “Mas nós não sabemos nada, será que temos algo para dar?” Responderam-nos que sim, que todos temos algo para dar e aceitámos o desafio da missão.

Fizemos a formação, aprendemos as regras do bom missionário, e, com ajuda do Espírito Santo, lá fomos caminhando com o Grupo que ia integrar a equipa, aprendendo a teoria e preparando-nos para a prática.

Onde fica Deixa-o-Resto

Chegou o dia da partida e a pergunta mantinha-se: “O que vamos encontrar? Como será a missão em Deixa-o-Resto? (Este é o nome de uma das povoações onde se realizou a missão). Até o nome era estranho…”

Deixa-o-Resto é uma pequena povoação, de ambiente rural, caminho de passagem. Fica na freguesia de Santo André, concelho de Santiago do Cacém. Contrasta com a cidade de Santo André, composta por muitos bairros, e com uma população muito heterogénea, proveniente de muitas terras ou países. Grande parte da população activa trabalha em Sines, por turnos. É uma cidade nova, com pouca história e poucas tradições. O campo e o mar, a aldeia e a cidade, convivem de perto e mostram um vaivém de gentes e marca alguns ritmos. Foi para esta zona que fomos enviados.

Tempo e campo da Missão

No primeiro dia, 02 de Agosto, ao chegar à Igreja de Santa Maria em Santo André, já tínhamos o Padre Abílio, o pároco, à nossa espera e ficámos mais tranquilos com mais apoio. Depressa chegamos ao alojamento no antigo “FAROL” no Bairro do Pinhal e começamos a distribuição dos quartos e a partilha das tarefas. Fomos apresentados na Igreja do Bairro Azul, também em Santo André. Participámos na Eucaristia e disponibilizamo-nos para ir visitar algum doente ou alguma familia.

No domingo começou a missão no terreno com a visita ao lugar de Deixa-o-Resto. Fomos apresentados à comunidade na igreja de Santa Maria pelo Padre Agostinho, missionário vicentino e grande apoio na preparação e realização desta missão. Também estivemos na Igreja da Aldeia de Santo André onde participamos na Eucaristia e na procissão da festa local, em honra de S. Luís. Agora a Equipa já estava completa: Irmã Nancy, Cátia, Diamantino, Júlia, Cláudia e por nós, Maria do Rosário e José. O João, seminarista vicentino, também fez parte do Grupo. Dois dias depois, chegaram o P. David e o Tio Serra. Agora era só meter pés ao caminho e as mãos ao trabalho.

Na segunda-feira, dia 04, fomos ao encontro das pessoas nas ruas, nos cafés e de porta em porta, fomos sempre bem acolhidos por todos. Nos outros dias visitámos a instituição das meninas “O FAROL”, o Centro de dia com os idosos e a CERCISIAGO, ficámos muito sensibilizados com a recepção, muito carinho, alegria e boa disposição dos utentes e das funcionárias.

“Fazei o que Ele vos disser!”

Nas actividades realizadas acolhemos a imagem de Nossa Senhora peregrina das Missões em Deixa-o-Resto com a recitação do terço e falou-se sobre a espiritualidade mariana. Em outro dia, fizemos a procissão de velas que foi um dos pontos altos da Missão. Em todas as acções, a partir de Maria, estava sempre presente um Rosto, uma Pessoa: Jesus Cristo. A Mãe, mais uma vez, nos diz: “Fazei o que Ele vos disser!”.

No final da semana, fizemos a despedida de Nossa Senhora no lugar de Deixa-o-Resto e levamo-la para a Igreja paroquial de Santa Maria, onde organizámos e celebrámos uma vigília missionária. Acorreu gente dos vários lugares onde fizemos a Missão e de algumas paróquias das redondezas. “Uma Igreja missionária, milf sexterna, pobre e para os pobres” foi o tema deste tempo de oração. Dar testemunho de Cristo, com todos os sentidos, foi o mote da reflexão, feita pelo P. David Nogueira.

Nessa noite, tivemos a agradável surpresa da chegada da Irmã Susana, da Mara, da Helena e da Ana Matos. Também elas entraram na dinâmica da missão prevista para os últimos dias.

No sábado, dia 9, organizou-se uma caminhada missionária à Ermida de Nossa Senhora da Graça onde celebrámos a Eucaristia seguida do almoço partilhado. À noite fizemos a despedida em Deixa-o-Resto com a participação da comunidade na celebração eucarística e jantar partilhado, foi um dia muito positivo que marcou o final da presença naquele bairro.

Despedida e avaliação

No domingo, dia 10, foi a despedida com a celebração da Eucaristia na Igreja da Aldeia e posterior despedida na Igreja de Santa Maria, onde demos o nosso testemunho e animamos o momento do ofertório com sinais identificativos da Missão. Seguiu-se o almoço naquela que foi a nossa casa durante estes dias, nas antigas instalações da instituição “O FAROL”.

Depois de um tempo de avaliação, na presença do P. Abílio, pároco, e do P. Agostinho, responsável da animação missionária na diocese de Beja, chegou a hora da partida e do regresso a casa.

O nosso testemunho pessoal foi muito positivo, valeu a pena abdicar de uns dias da nossa casa, da família, dos amigos e tudo o mais que deixámos em prol de outros irmãos nossos que fomos encontrar e com quem vivemos dias e momentos inesquecíveis nesta Missão.

Um muito obrigado a Deus por nos permitir partilhar a nossa fé e aos que fizeram parte da organização da missão e tornaram possível esta experiência missionária.

Maria do Rosário e Zé Marrazes

Entre os dias 2 e 10 de Agosto o Grupo Missionário ONDJOYETU, da diocese de Leiria-Fátima, organizou em conjunto com o Centro Diocesano Missionário de Beja (CDM), as chamadas Férias Missionárias. Decorreram nas paróquias de Santo André e de Santa Maria, mais propriamente no lugar de Deixa-o-Resto. Para além do P. David Nogueira, responsável pela animação missionária da diocese de Leiria-Fátima, participaram nesta experiência pessoas de várias idades e localidades: alguns jovens, vários adultos, um casal e uma religiosa, a Irmã Nancy (mexicana). Esta semana contou ainda com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Agostinho, que também é o director do Secretariado das Missões da diocese de Beja e coordenador das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, e do seminarista João Soares que integrou o grupo missionário ONJDOYETU. Apesar de não ser um grupo vicentino a sua finalidade é a mesma: A Missão.

Maria, estrela da Missão

Deixa-o-Resto é um local de passagem que fica entre Santiago do Cacém e Melides e Tróia. Pertence a Santo André, distante um pouco da igreja Matriz. Na Missão Popular em 2012, nasceu lá uma Assembleia Familiar que continua a reunir nas instalações da Escola e é animada pela Irmã Conceição, das Franciscanas Missionárias de Maria. Não têm local de culto e, com alguma dificuldade, conseguiram que o espaço do antigo Centro de Saúde fosse cedido para as reuniões e encontros desta semana missionária.

O objectivo deste tempo de missão é reavivar a fé naquela comunidade e fazer com que as pessoas se envolvam e participem mais na prática religiosa. Para tal, foram desenvolvidas várias actividades para envolver a população. A Imagem peregrina da Senhora das Missões visitou esta comunidade e foi o ponto alto desta semana, sendo ela, a base de toda a missão. Pode dizer-se que esta missão apresentou um dinamismo muito mariano. Daí que todas as reflexões partiram desse pressuposto, ou seja, Nossa Senhora, o terço, a reflexão, a procissão de velas e todos os encontros. A caminhada em Missão à Ermida da Senhora da Graça (das Graças!) e a Vigília Missionária, na Igreja de santa Maria, foram momentos em que a presença da Mãe de Deus foi fulcral.

Missão: Ir ao encontro dos mais vulneráveis

No entanto, a missão não se resumiu apenas à vertente religiosa, mas também à dimensão sócio-caritativa. Daí a visita ao Centro de Acolhimento de Jovens em risco “o Farol” e ao Centro de Dia de Santo André. A primeira situação proporcionou um momento que marcou muito os missionários, pois, ninguém ficou indiferente a essa realidade. Outra situação que proporcionou bastante alegria foi a visita a Cercisiago. O contacto com estas populações, que na nossa sociedade são consideradas as mais vulneráveis, possibilitou ao grupo reflexões muito interessantes mas, sobretudo, grandes emoções.

Porta a porta, uma descoberta

A par de tanto trabalho, aconteceram momentos de convívio e esses foram possibilitados através da caminhada missionária, da partilha fraterna, no dia do encerramento, em Deixa-o-Resto e nos momentos mais folgados entre os missionários.

Tudo isto seria impossível sem o chamado porta-a-porta que, apesar de nos terem confundido com outros grupos “religiosos”, foi essencial para chamar as pessoas à missão. No entanto, esta missão já contava com um grande impulso do Pároco (P. Abílio) e de um pequeno grupo de boas vontades que já tinha anunciado e publicitado a mesma.

Avaliação positiva

Em Deixa-o-Resto, deixamos um rasto. Esta frase resume o muito que aconteceu nestes dias. Os participantes nesta acção missionária, na avaliação final, foram unânimes em afirmar que todos os esforços foram válidos e valeu a pena sair de casa e partir ao encontro de uma realidade nova. As pessoas foram muito acolhedoras, fizeram tudo para responder ao desafio proposto. Todo o Grupo, nos diversos momentos, procurou levar a Boa Nova de Jesus a todas as pessoas. Independentemente da cor, da situação pessoal de cada um, do instituto a que pertence e da formação que tem, mostrou-se coeso, unido e empenhado.

A oração diária, as reuniões de preparação e de avaliação, os momentos de convívio e a confecção das refeições criaram e fortaleceram a amizade e a inter-ajuda. Na vida pessoal e nestas experiências missionária, o importante é ter Cristo no coração e a Palavra do seu Evangelho na boca. O testemunho e a presença atenta e disponível completam o cenário de um tempo forte para quem o viveu, como grupo e para quem o acolheu, como comunidade. Mais uma vez, a semente foi lançada à terra.

A pequena Assembleia nascida na Missão Popular, de seu nome “A Seara”, já vai sendo fermento nesta comunidade. Esta acção missionária procurou espevitar toda a população. Com a boa vontade e persistência de todos, acreditamos que, em breve, este povo seja uma comunidade viva que reflecte a Palavra de Deus e celebra a sua fé, na Eucaristia.

Todos estão de parabéns! Que Nossa Senhora das Missões proteja este trabalho missionário e abençoe toda a população de Deixa-o-Resto!

João Soares,

Seminarista vicentino

Ondjoyetu – Grupo missionário da diocese de Leiria-Fátima

Todos os anos, por ocasião do Verão, alguns elementos do Grupo, depois de uma formação e preparação são enviados para uma zona do Alentejo. A primeira vez, foi para S. Martinho das Amoreiras. Depois, foram para o Alto Alentejo (Crato e Ponte de Sor). Desde há três anos, voltaram para o Alentejo Litoral.

Depois de Santiago do Cacém e de Francisco da Serra, este ano é em Santo André, mais concretamente, na Aldeia de Deixa-o-Resto. Será de 2 a 10 de Agosto, que o Grupo vai viver esta nova experiência missionária. É composto por cerca de dez pessoas, tendo como dinamizadores, o P. David Nogueira, director diocesano da acção missionária, a Irmã Nancy (mexicana). De várias idades, casados e solteiros, deixaram as suas famílias e vêm até ao Alentejo Litoral para testemunhar a alegria de ser enviado a anunciar Jesus Cristo, a fonte da nossa alegria.

É o Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima. Iniciaram o seu percurso em Agosto de 1999. Este grupo tem sido o promotor da aproximação entre as dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe (em Angola), sendo celebrada a geminação entre as duas dioceses a 25 de Março de 2006. A palavra que dá nome ao grupo – Ondjoyetu – quer dizer, em umbundo, a língua que se fala no Gungo, “A Nossa Casa”.

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