Centeno perde braço-direito para Bruxelas

01-10-2018
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Centeno perde braço-direito para Bruxelas

André Monteiro, assessor diplomático do ministro das Finanças, vai trocar o Ministério de Mário Centeno pela Representação Permanente de Portugal na União Europeia.

Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e tem um mestrado em Violence, Conflict and Development pela School of Oriental and African Studies (Universidade de Londres). Desde o final de 2015 que fazia parte do gabinete do Ministério das Finanças.

O seu nome veio a público no caso dos bilhetes pedidos por Centeno para ir a jogos do Benfica. Segundo revelou o Observador em Janeiro deste ano, foi André Monteiro que enviou um mail aos responsáveis encarnados com o pedido. O Ministério das Finanças esclareceu posteriormente que tal se devia às exigências de segurança que a notoriedade pública do ministro exigia. O Ministério Público chegou a fazer buscas no edifício do Terreiro do Paço, mas concluiu dias depois que a situação não incorria em crime de obtenção de vantagem indevida ou qualquer outro.

O braço-direito de Mário Centeno junto das instituições europeias vai trocar o gabinete do Terreiro do Paço pela Representação Permanente de Portugal na União Europeia, trabalhando na Embaixada de Portugal em Bruxelas. O ministro das Finanças não lhe poupa elogios na saída.André Abreu Costa Monteiro era assessor diplomático de Centeno, acompanhando-o principalmente em reuniões com entidades externas, seja as instituições europeias seja o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Não só era um dos principais assessores do presidente do Eurogrupo como exerceu o cargo de chefe de gabinete de Mário Centeno quando o detentor do cargo, André Moz Caldas, estava ausente.No louvor que lhe presta, publicado esta segunda-feira, dia 1 de Outubro em Diário da República , Centeno gaba a "excelente capacidade de relacionamento e de interlocução com os serviços", destacando o trabalho realizado durante a presidência do Conselho de Governadores do BEI, do Eurogrupo e do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade. "Elevada competência, disponibilidade, diligência, sentido de serviço público e lealdade" são os adjectivos utilizados pelo ministro das Finanças.(Na foto, André Monteiro é o primeiro do lado esquerdo, ao lado de Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças)Através do despacho é também possível perceber que André Monteiro teve um papel de relevo "no processo que conduziu à não sujeição de Portugal a sanções no âmbito do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) por incumprimento das regras orçamentais entre 2013 e 2015, na saída de Portugal do PDE [Procedimento por Défices Excessivos] e da lista de Estados-membros com desequilíbrios macroeconómicos excessivos".Agora o diplomata português passa novamente para a alçada do Ministério dos Negócios Estrangeiros com o cargo de segundo-secretário na Embaixada de Portugal em Bruxelas. Na capital belga onde estão a maior parte das instituições europeias, André Monteiro fará parte da Representação Permanente de Portugal na União Europeia (REPER), que é liderada por Nuno Brito.André Monteiro, de 32 anos, é licenciado em

Centeno perde braço-direito para Bruxelas

André Monteiro, assessor diplomático do ministro das Finanças, vai trocar o Ministério de Mário Centeno pela Representação Permanente de Portugal na União Europeia.

Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e tem um mestrado em Violence, Conflict and Development pela School of Oriental and African Studies (Universidade de Londres). Desde o final de 2015 que fazia parte do gabinete do Ministério das Finanças.

O seu nome veio a público no caso dos bilhetes pedidos por Centeno para ir a jogos do Benfica. Segundo revelou o Observador em Janeiro deste ano, foi André Monteiro que enviou um mail aos responsáveis encarnados com o pedido. O Ministério das Finanças esclareceu posteriormente que tal se devia às exigências de segurança que a notoriedade pública do ministro exigia. O Ministério Público chegou a fazer buscas no edifício do Terreiro do Paço, mas concluiu dias depois que a situação não incorria em crime de obtenção de vantagem indevida ou qualquer outro.

O braço-direito de Mário Centeno junto das instituições europeias vai trocar o gabinete do Terreiro do Paço pela Representação Permanente de Portugal na União Europeia, trabalhando na Embaixada de Portugal em Bruxelas. O ministro das Finanças não lhe poupa elogios na saída.André Abreu Costa Monteiro era assessor diplomático de Centeno, acompanhando-o principalmente em reuniões com entidades externas, seja as instituições europeias seja o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Não só era um dos principais assessores do presidente do Eurogrupo como exerceu o cargo de chefe de gabinete de Mário Centeno quando o detentor do cargo, André Moz Caldas, estava ausente.No louvor que lhe presta, publicado esta segunda-feira, dia 1 de Outubro em Diário da República , Centeno gaba a "excelente capacidade de relacionamento e de interlocução com os serviços", destacando o trabalho realizado durante a presidência do Conselho de Governadores do BEI, do Eurogrupo e do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade. "Elevada competência, disponibilidade, diligência, sentido de serviço público e lealdade" são os adjectivos utilizados pelo ministro das Finanças.(Na foto, André Monteiro é o primeiro do lado esquerdo, ao lado de Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças)Através do despacho é também possível perceber que André Monteiro teve um papel de relevo "no processo que conduziu à não sujeição de Portugal a sanções no âmbito do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) por incumprimento das regras orçamentais entre 2013 e 2015, na saída de Portugal do PDE [Procedimento por Défices Excessivos] e da lista de Estados-membros com desequilíbrios macroeconómicos excessivos".Agora o diplomata português passa novamente para a alçada do Ministério dos Negócios Estrangeiros com o cargo de segundo-secretário na Embaixada de Portugal em Bruxelas. Na capital belga onde estão a maior parte das instituições europeias, André Monteiro fará parte da Representação Permanente de Portugal na União Europeia (REPER), que é liderada por Nuno Brito.André Monteiro, de 32 anos, é licenciado em

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