Um dia de festa para António Costa: “Vai mais uma, sôtor?”

02-12-2015
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"Ó sôtor, vire mais uma, vire, que isto é Alpedrinha! Então não vai mais uma?" Mais uma era uma ginginha, num dos muitos balcões improvisados nas ruas empedradas de Vila, que hoje festeja a festa dos chocalhos e da transumância. As ruelas apertadas da histórica povoação estavam apinhadas de gente - e se não vieram só pela festa, muitos vieram para festejar António Costa.

O líder socialista movimenta-se como peixe na água entre as pessoas. Festa aqui, festa acolá, cumprimentos e abraços, todos o chamavam: "ó sôtor, vai uma imperial? Uma filhoz?" Costa parou nas casas, nos bares, trincou o pastel típico e deu-o a provar à mulher e ao filho, que o acompanharam nesta volta, para terror da organização, que não o conseguia parar.

Recados, ouviu muitos: "não acredite nas sondagens, aquilo é tudo encomendado", dizia-lhe um homem nos seus cinquenta. "Não votei em si, mas olhe que se baixar os impostos, voto!", agarrou-se-lhe uma mulher, que depois de 30 anos no estrangeiro, a reforma não chega para ajudar a filha e o neto desempregados, "porque vai tudo para os impostos".

Promessas também fez. O presidente da Junta de freguesia, que uma militante socialista de Alpedrinha dizia ser do PSD, mas que outro natural da terra contestou como "independente", fez questão de o receber nos Paços do Concelho, para lhe oferecer uma t-shirt, tamanho L: "para que divulgue Alpedrinha". Costa prometeu voltar, quando fosse Primeiro-ministro de Portugal.

A vontade da maioria absoluta

Logo depois, em Castelo Branco, o pavilhão de exposições da Associação Empresarial da Beira Baixa encheu-se "como nunca se viu", dizia um membro da organização local. "As manifestações que hoje assistimos provam que vamos ganhar as eleições", gritava já no palanque do comício o antigo presidente da Câmara, Joaquim Mourão. "Esta é a força de Castelo Branco, que o vai ajudar a ganhar por maioria, que queremos seja de maioria absoluta", clamava também Hortense Martins, a primeira candidata pelo distrito.

De manhã, depois da visita ao hospital e um encontro com empresários, foi a vez de um almoço com apoiantes da terra. Entre bombos e gritos ao PS, haja quem consiga ouvir!

O recado político veio depois. Entre os que discursaram ao almoço - sempre mais e durante mais tempo do que o previsto - falou Eurico Brilhante Dias, um segurista que entrou como segundo candidato por Castelo Branco pela quota do secretário-geral.

"O secretário-geral achou bem eu ser indicado por aqui, afinal também é a terra de António José Seguro", havia de dizer depois ao Expresso. Eurico tem antepassados beirões, mas distantes. "As estruturas locais receberam-me bem", afirmou.

Brilhante Dias esteve em sintonia com o novo líder do partido: "a direita tem que perder porque é saudável para a democracia que quem mente perca as eleições, e porque é preciso vencer o medo".

As suas palavras haviam de ser recuperadas pelo próprio António Costa na sua intervenção, onde repetiu o mote da necessidade de defender o serviço nacional de saúde, a educação pública e a segurança social, que considera ameaçadas pela coligação.

"Faltam hoje 15 dias para finalmente os portugueses terem a oportunidade de escolher e decidir o que andam há quatro anos a repetir aos amigos e vizinhos: "basta, corram com eles, ponham-nos daqui para fora". E assim terminou o discurso.

"Ó sôtor, vire mais uma, vire, que isto é Alpedrinha! Então não vai mais uma?" Mais uma era uma ginginha, num dos muitos balcões improvisados nas ruas empedradas de Vila, que hoje festeja a festa dos chocalhos e da transumância. As ruelas apertadas da histórica povoação estavam apinhadas de gente - e se não vieram só pela festa, muitos vieram para festejar António Costa.

O líder socialista movimenta-se como peixe na água entre as pessoas. Festa aqui, festa acolá, cumprimentos e abraços, todos o chamavam: "ó sôtor, vai uma imperial? Uma filhoz?" Costa parou nas casas, nos bares, trincou o pastel típico e deu-o a provar à mulher e ao filho, que o acompanharam nesta volta, para terror da organização, que não o conseguia parar.

Recados, ouviu muitos: "não acredite nas sondagens, aquilo é tudo encomendado", dizia-lhe um homem nos seus cinquenta. "Não votei em si, mas olhe que se baixar os impostos, voto!", agarrou-se-lhe uma mulher, que depois de 30 anos no estrangeiro, a reforma não chega para ajudar a filha e o neto desempregados, "porque vai tudo para os impostos".

Promessas também fez. O presidente da Junta de freguesia, que uma militante socialista de Alpedrinha dizia ser do PSD, mas que outro natural da terra contestou como "independente", fez questão de o receber nos Paços do Concelho, para lhe oferecer uma t-shirt, tamanho L: "para que divulgue Alpedrinha". Costa prometeu voltar, quando fosse Primeiro-ministro de Portugal.

A vontade da maioria absoluta

Logo depois, em Castelo Branco, o pavilhão de exposições da Associação Empresarial da Beira Baixa encheu-se "como nunca se viu", dizia um membro da organização local. "As manifestações que hoje assistimos provam que vamos ganhar as eleições", gritava já no palanque do comício o antigo presidente da Câmara, Joaquim Mourão. "Esta é a força de Castelo Branco, que o vai ajudar a ganhar por maioria, que queremos seja de maioria absoluta", clamava também Hortense Martins, a primeira candidata pelo distrito.

De manhã, depois da visita ao hospital e um encontro com empresários, foi a vez de um almoço com apoiantes da terra. Entre bombos e gritos ao PS, haja quem consiga ouvir!

O recado político veio depois. Entre os que discursaram ao almoço - sempre mais e durante mais tempo do que o previsto - falou Eurico Brilhante Dias, um segurista que entrou como segundo candidato por Castelo Branco pela quota do secretário-geral.

"O secretário-geral achou bem eu ser indicado por aqui, afinal também é a terra de António José Seguro", havia de dizer depois ao Expresso. Eurico tem antepassados beirões, mas distantes. "As estruturas locais receberam-me bem", afirmou.

Brilhante Dias esteve em sintonia com o novo líder do partido: "a direita tem que perder porque é saudável para a democracia que quem mente perca as eleições, e porque é preciso vencer o medo".

As suas palavras haviam de ser recuperadas pelo próprio António Costa na sua intervenção, onde repetiu o mote da necessidade de defender o serviço nacional de saúde, a educação pública e a segurança social, que considera ameaçadas pela coligação.

"Faltam hoje 15 dias para finalmente os portugueses terem a oportunidade de escolher e decidir o que andam há quatro anos a repetir aos amigos e vizinhos: "basta, corram com eles, ponham-nos daqui para fora". E assim terminou o discurso.

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