João Ferreira: “esta batalha só pode correr bem”

17-10-2019
marcar artigo

"Avançar é preciso", lê-se no pano azul que serve de cenário à apresentação oficial da candidatura de João Ferreira, cabeça de lista da CDU, às próximas eleições europeias. A sala do Capitólio, no Parque Mayer, está cheia a abarrotar, mesmo antes da hora marcada para o evento começar. Às seis da tarde, fecham-se as portas e não é permitida a entrada de mais ninguém na sala.

Quem chegou em cima da hora, ficou de fora, ao frio vento do Inverno de Lisboa. Mas não arredou pé, espreitando pelas amplas janelas que dão para o antigo cinema da capital, sem reclamações, nem lamentos.

Tanta resistência ao frio merece aplauso. E o primeiro (e único) improviso do discurso do candidato a eurodeputado foi para eles. Para os que com "tanta firmeza" aguentaram para o ver através de um vidro, João Ferrreira concluiu que "esta batalha só pode correr bem".

E é de uma batalha, de facto, que se trata. As eleições para o Parlamento Europeu são as primeiras de "três eleições que se realizarão neste ano de 2019, onde todas somam e tudo pode somar positivamente", lembrou o secretário geral do PCP na abertura da sessão. Os comunistas estão conscientes de que chegou a hora de testar, junto do eleitorado, o impacto de terem contribuído para quatro anos de geringonça. "O caminho então aberto e percorrido não teria sido possível sem a iniciativa da CDU", disse João Ferreira.

De “cara levantada”

Jerónimo de Sousa não tem dúvidas de que o seu partido, mais os parceiros de coligação eleitoral, partem para as eleições do próximo dia 26 de maio "de cara levantada" graças ao trabalho feito na última Legislatura. Um "caminho que se impõe aprofundar", disse o líder comunista, sem explicar como, nem em que matérias. A verdade é que a hora era de falar de Europa e, nesse ponto, as diferenças com o PS, dificilmente, poderiam ser maiores.

E João Ferreira fez questão de as sublinhar. Logo no arranque do discurso, o candidato a eurodeputado assumiu que a adesão de Portugal à então CEE foi parte do processo de "contra-revolução que pôs em causa as conquistas de Abril". E, dai para a frente, com o euro e o Tratado Orçamental ou o pacto de estabilidade, as coisas só se agravaram. As diferenças com o PS, o PSD e o CDS são um emblema para a candidatura da CDU, que reclama "uma mudança de fundo" e proclama a defesa de "uma outra Europa".

A libertação do Tratado Orcamental, o regresso de uma moeda nacional ou a nacionalização de sectores estratégicos da economia, desde a energia à banca, passando pelos transportes e telecomunicações, são algumas das propostas políticas. João Ferreira marcou bem as diferenças. "As águas estão bem separadas", disse. Os eleitores o dirão.

"Avançar é preciso", lê-se no pano azul que serve de cenário à apresentação oficial da candidatura de João Ferreira, cabeça de lista da CDU, às próximas eleições europeias. A sala do Capitólio, no Parque Mayer, está cheia a abarrotar, mesmo antes da hora marcada para o evento começar. Às seis da tarde, fecham-se as portas e não é permitida a entrada de mais ninguém na sala.

Quem chegou em cima da hora, ficou de fora, ao frio vento do Inverno de Lisboa. Mas não arredou pé, espreitando pelas amplas janelas que dão para o antigo cinema da capital, sem reclamações, nem lamentos.

Tanta resistência ao frio merece aplauso. E o primeiro (e único) improviso do discurso do candidato a eurodeputado foi para eles. Para os que com "tanta firmeza" aguentaram para o ver através de um vidro, João Ferrreira concluiu que "esta batalha só pode correr bem".

E é de uma batalha, de facto, que se trata. As eleições para o Parlamento Europeu são as primeiras de "três eleições que se realizarão neste ano de 2019, onde todas somam e tudo pode somar positivamente", lembrou o secretário geral do PCP na abertura da sessão. Os comunistas estão conscientes de que chegou a hora de testar, junto do eleitorado, o impacto de terem contribuído para quatro anos de geringonça. "O caminho então aberto e percorrido não teria sido possível sem a iniciativa da CDU", disse João Ferreira.

De “cara levantada”

Jerónimo de Sousa não tem dúvidas de que o seu partido, mais os parceiros de coligação eleitoral, partem para as eleições do próximo dia 26 de maio "de cara levantada" graças ao trabalho feito na última Legislatura. Um "caminho que se impõe aprofundar", disse o líder comunista, sem explicar como, nem em que matérias. A verdade é que a hora era de falar de Europa e, nesse ponto, as diferenças com o PS, dificilmente, poderiam ser maiores.

E João Ferreira fez questão de as sublinhar. Logo no arranque do discurso, o candidato a eurodeputado assumiu que a adesão de Portugal à então CEE foi parte do processo de "contra-revolução que pôs em causa as conquistas de Abril". E, dai para a frente, com o euro e o Tratado Orçamental ou o pacto de estabilidade, as coisas só se agravaram. As diferenças com o PS, o PSD e o CDS são um emblema para a candidatura da CDU, que reclama "uma mudança de fundo" e proclama a defesa de "uma outra Europa".

A libertação do Tratado Orcamental, o regresso de uma moeda nacional ou a nacionalização de sectores estratégicos da economia, desde a energia à banca, passando pelos transportes e telecomunicações, são algumas das propostas políticas. João Ferreira marcou bem as diferenças. "As águas estão bem separadas", disse. Os eleitores o dirão.

marcar artigo