Entrevista a ministro marcou debate sobre presidência austríaca da UE

13-07-2018
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Carlos Gonçalves, do PSD, e Pedro Mota Soares, do CDS, pediram esclarecimentos à secretária de Estado dos Assuntos Europeus sobre o que Augusto Santos Silva quereria dizer com o que disse na entrevista ao Público e à Rádio Renascença, mas Ana Paula Zacarias deixou os deputados sem resposta.

Primeiro, Carlos Gonçalves pediu para que fosse explicado o termo "avanço" ou "nível de comprometimento superior" usado por Santos Silva e depois Mota Soares questionou se o governo queria "atar" os seus parceiros da esquerda à política externa e europeia.

E até questionou a bancada do Governo, onde também estava Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, se o primeiro-ministro, que entretanto fizera uma declaração ao Público, o "desmentiu, ao dizer que está bem assim como está" o acordo.

"Este é o grau de compromisso possível com a convergência que alcançámos. Ora, o que corre bem não deve ser perturbado nem interrompido", disse António Costa.

Diretamente sobre este assunto, Ana Paula Zacarias nada disse, respondendo, isso si, diplomaticamente, às críticas mais ou menos duras dos partidos da esquerda às políticas restritivas, da Áustria e do seu governo de direita perante a migração para a Europa.

Até o PS, através da deputada Margarida Marques, ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus, ao dizer que "criar fronteiras seguras é diferente de fechar as fronteiras" ou defender "políticas solidárias para imigrantes e refugiados".

Isabel Pires, do BE, criticou os "argumentos falsos que têm sido a base da xenofobia e de movimentos de extrema-direita" e usadas pelo novo governo austríaco para justificar as suas posições restritivas.

E acusou o executivo de ser "conivente" com uma "política xenófoba europeia", contrariado pela "prática das autoridades portuguesas face aos imigrantes e refugiados em território nacional".

Miguel Tiago, do PCP, criticou a "deriva mais securitária" na União Europeia, que acusou de ser "responsável por conflitos armados", de motivar a "necessidade dessas migrações" e "depois criar barreiras" à entradas dos migrantes.

Ana Paula Zacarias, porém, já tinha antecipado muitas respostas no seu discurso inicial, ao assinalar, por exemplo, a "lógica muito securitária" da presidência "centrada na luta contra a migração ilegal e no reforço do controlo das fronteiras externas ficando a vertente da migração legal muito secundarizada".

E defendeu, igualmente, que, na questão dos migrantes irregulares, se devem procurar soluções "em estreito e total respeito pelos direitos humanos, pelo direito internacional e pelas convenções aplicáveis".

Numa das galerias do plenário estava, a assistir ao debate, o embaixador da Áustria em Lisboa.

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E até questionou a bancada do Governo, onde também estava Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, se o primeiro-ministro, que entretanto fizera uma declaração ao Público, o "desmentiu, ao dizer que está bem assim como está" o acordo.

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Diretamente sobre este assunto, Ana Paula Zacarias nada disse, respondendo, isso si, diplomaticamente, às críticas mais ou menos duras dos partidos da esquerda às políticas restritivas, da Áustria e do seu governo de direita perante a migração para a Europa.

Até o PS, através da deputada Margarida Marques, ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus, ao dizer que "criar fronteiras seguras é diferente de fechar as fronteiras" ou defender "políticas solidárias para imigrantes e refugiados".

Isabel Pires, do BE, criticou os "argumentos falsos que têm sido a base da xenofobia e de movimentos de extrema-direita" e usadas pelo novo governo austríaco para justificar as suas posições restritivas.

E acusou o executivo de ser "conivente" com uma "política xenófoba europeia", contrariado pela "prática das autoridades portuguesas face aos imigrantes e refugiados em território nacional".

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Ana Paula Zacarias, porém, já tinha antecipado muitas respostas no seu discurso inicial, ao assinalar, por exemplo, a "lógica muito securitária" da presidência "centrada na luta contra a migração ilegal e no reforço do controlo das fronteiras externas ficando a vertente da migração legal muito secundarizada".

E defendeu, igualmente, que, na questão dos migrantes irregulares, se devem procurar soluções "em estreito e total respeito pelos direitos humanos, pelo direito internacional e pelas convenções aplicáveis".

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