Atualidades by: Cláudia Pereira: Opinião: "Fazer entrevistas por e-mail não é uma entrevista é mais um questionário"

03-04-2019
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"Fazer entrevistas por e-mail não é uma entrevista, é mais um inquérito do que uma entrevista", defende José Alberto Carvalho numa entrevista ao programa E2 (RTP2). Eu vejo da mesma forma essa confusão entre Jornalismo e questionário. Porque uma entrevista jornalística é, nas palavras do jornalista, "lermos o rosto do nosso interlocutor, percebermos quando ele está a patinar numa resposta, quando ele não está suficientemente à vontade com um determinado raciocínio e interagir". Isto é, o entrevistador não pode ficar preso às perguntas que pré-preparou e tem de tentar saber muito mais para além do já conhecido. 

Ao invés, as novas tecnologias e a facilidade da Internet trouxeram erros que considero graves para o Jornalismo. Fico completamente preocupa e de certo modo irritada quando leio "entrevista" e sei que por trás está um e-mail. Não aceito isto. O que é que isso tem de entrevista?!

O problema dos questionários por correio eletrónico é precisamente o facto de o entrevistado poder reformular e corrigir as suas afirmações quantas vezes quiser. Nesse formato "o entrevistador tem tempo para pensar e para articular uma resposta", acrescenta José Alberto. 

Tal como já tinha sugerido num outro post, usem os e-mails para perguntar a disponibilidade do entrevistado e recorram ao Skype para as entrevistas. Sim, porque as deslocações nem sempre podem ser feitas pelo dinheiro necessário às mesmas.

A verdadeira entrevista jornalística é portanto aquela pela qual sou uma apaixonada. É a entrevista que desafia o interlocutor a pensar, mas também o próprio entrevistador tem de lidar por vezes com temas inesperados pois nunca abordados publicamente pelo entrevistado. É fazer as questões mais delicadas como também dar espaço para que se o entrevistado não quiser responder...tudo bem.

Já publiquei duas entrevistas cá no blogue que podem ler: ao João Torres e a João Santos.

Podem ler o post a que fiz referência AQUI. 

"Fazer entrevistas por e-mail não é uma entrevista, é mais um inquérito do que uma entrevista", defende José Alberto Carvalho numa entrevista ao programa E2 (RTP2). Eu vejo da mesma forma essa confusão entre Jornalismo e questionário. Porque uma entrevista jornalística é, nas palavras do jornalista, "lermos o rosto do nosso interlocutor, percebermos quando ele está a patinar numa resposta, quando ele não está suficientemente à vontade com um determinado raciocínio e interagir". Isto é, o entrevistador não pode ficar preso às perguntas que pré-preparou e tem de tentar saber muito mais para além do já conhecido. 

Ao invés, as novas tecnologias e a facilidade da Internet trouxeram erros que considero graves para o Jornalismo. Fico completamente preocupa e de certo modo irritada quando leio "entrevista" e sei que por trás está um e-mail. Não aceito isto. O que é que isso tem de entrevista?!

O problema dos questionários por correio eletrónico é precisamente o facto de o entrevistado poder reformular e corrigir as suas afirmações quantas vezes quiser. Nesse formato "o entrevistador tem tempo para pensar e para articular uma resposta", acrescenta José Alberto. 

Tal como já tinha sugerido num outro post, usem os e-mails para perguntar a disponibilidade do entrevistado e recorram ao Skype para as entrevistas. Sim, porque as deslocações nem sempre podem ser feitas pelo dinheiro necessário às mesmas.

A verdadeira entrevista jornalística é portanto aquela pela qual sou uma apaixonada. É a entrevista que desafia o interlocutor a pensar, mas também o próprio entrevistador tem de lidar por vezes com temas inesperados pois nunca abordados publicamente pelo entrevistado. É fazer as questões mais delicadas como também dar espaço para que se o entrevistado não quiser responder...tudo bem.

Já publiquei duas entrevistas cá no blogue que podem ler: ao João Torres e a João Santos.

Podem ler o post a que fiz referência AQUI. 

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