EDP, Huawei e Nos testam contadores inteligentes

26-08-2017
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Na parte de cima está um mostrador e um pequeno botão amarelo; na parte de baixo está o modem que assegura a conexão à rede da Nos. As duas partes juntas fazem o Smart Meter NB-IoT, um contador de eletricidade de nova geração que foi desenvolvido pela Janz CE. Segunda-feira é o primeiro dia do resto da vida do Smart Meter NB IoT. A EDP Distribuição, a Nos e a Huawei juntaram esforços para levar a cabo um projeto-piloto que contempla a instalação e o uso de 100 contadores que comunicam com a rede através das redes móveis. O teste vai ser levado a cabo no Parque das Nações, Lisboa, anunciaram as empresas em conferência de imprensa.

Para levar a cabo este teste, a Nos teve de proceder à instalação de duas antenas compatíveis com o substandard NB-IoT (NarrowBand – Internet of Things, ou Banda Estreita – Internet das Coisas, em português), que foi desenhado especificamente para garantir as comunicações com máquinas, sensores ou objetos. As duas antenas estabelecem comunicações com os contadores inteligentes através das frequências de 900 MHz, que hoje costumam ser usados pelas redes de telemóveis.

É através destas comunicações sem fios que os contadores inteligentes ficam em condições de disponibilizar informação sobre consumos e históricos, bem como de criar funcionalidades que poderão ser ativadas sempre que o consumidor considerar que chegou a hora de alterar a potência contratada. O utilizador pode tirar partido desta interatividade a partir do próprio contador, ou através de um qualquer telemóvel ou computador que lhe permitam aceder a um site de Internet específico, que lhe permitirá fornecer dados mais detalhados.

Este primeiro ensaio com contadores inteligentes insere-se num programa mais vasto da EDP. A distribuidora de eletricidade pretende chegar a 2020 com mais de 3,6 milhões de contadores inteligentes instalados (de um total de seis milhões existentes no segmento de consumo de baixa tensão) no País. Hoje, a EDP conta com cerca de um milhão de contadores inteligentes instalados – mas apenas metade desses contadores dispõem de comunicações que permitem saber o consumo de energia e o estado da rede elétrica na hora.

A EDP admite que o recurso às redes móveis está a ser testado com o objetivo de apurar uma potencial alternativa tecnológica ao PLC (Power Line Communication, que permite criar um canal para a transmissão de dados nas redes elétricas). João Torres, administrador da EDP, justificou a aposta na NB-IoT como forma de evitar as «interferências» que impedem o PLC de se tornar uma via de comunicação 100% eficiente para ligar contadores e centrais de dados da EDP. O facto de a PLC implicar o investimento em dispositivos que procedem ao tratamento de dados nos Posto de Transformação de bairro também terá contribuído para reforçar o interesse na NB-IoT.

A NB-IoT é uma norma pertencente à 4,5G (“quarta geração e meia” das redes de telemóveis) que foi especificamente desenhada para comunicar com diferentes classes de dispositivos. Cada antena compatível com a norma pode estabelecer comunicações com mais de 100 mil dispositivos em simultâneo. No ensaio que vai decorrer no Parque das Nações, a Nos vai disponibilizar comunicações nas frequências de 900 MHz, que estão na base da grande expansão da segunda geração de telemóveis durante a década de 1990. A operadora informa ainda que também pode disponibilizar comunicações em 800 MHz, que costumam ser usadas nas redes da quarta geração móvel (4G) para prestar os típicos serviços de IoT.

Manuel Ramalho Eanes, administrador da Nos, está apostado em tirar partido de eventuais vantagens da norma NB-IoT para expandir os serviços da operadora para os diferentes segmentos de comunicações com dispositivos e máquinas. «Estamos a usar uma rede de baixo consumo energético, que permite manter os diferentes equipamentos a operar, mesmo quando há um problema de fornecimento de energia. É uma solução que pode ter uma autonomia energética de vários anos», sublinha o administrador da Nos. Manuel Ramalho Eanes apontou na conferência de imprensa duas outra virtudes da rede NB-IoT: «é melhor a atravessar as paredes (que as outras normas de redes móveis)»; e «permite fazer o deployment sem grandes necessidades de configuração».

A Janz CE enaltece o pioneirismo dos novos contadores inteligentes e facto de serem um produto 100% português – que poderá vir a ser exportado para o estrangeiro depois de comprovarem, durante os primeiros testes, a fiabilidade no que toca à comunicação de dados e à interatividade, como também no combate à fraude. Hoje, a maioria dos consumidores de eletricidade ainda tem de comunicar as leituras aos serviços da operadora e esperar pelo final do mês para saber quanto vai pagar pela eletricidade.

António Papoila, líder da Janz CE, recorda que há uma nova geração de cidades, que necessita de inteligência e comunicações, e tem na mobilidade elétrica (ou nos carros elétricos) um dos principais pilares. A nova geração de contadores inteligentes também tem a perspetiva de encurtar o circuito entre consumidor e fornecedor de energia. «A questão essencial é o tempo que um consumidor leva a ter respostas positivas (do fornecedor de energia)», conclui.

Na parte de cima está um mostrador e um pequeno botão amarelo; na parte de baixo está o modem que assegura a conexão à rede da Nos. As duas partes juntas fazem o Smart Meter NB-IoT, um contador de eletricidade de nova geração que foi desenvolvido pela Janz CE. Segunda-feira é o primeiro dia do resto da vida do Smart Meter NB IoT. A EDP Distribuição, a Nos e a Huawei juntaram esforços para levar a cabo um projeto-piloto que contempla a instalação e o uso de 100 contadores que comunicam com a rede através das redes móveis. O teste vai ser levado a cabo no Parque das Nações, Lisboa, anunciaram as empresas em conferência de imprensa.

Para levar a cabo este teste, a Nos teve de proceder à instalação de duas antenas compatíveis com o substandard NB-IoT (NarrowBand – Internet of Things, ou Banda Estreita – Internet das Coisas, em português), que foi desenhado especificamente para garantir as comunicações com máquinas, sensores ou objetos. As duas antenas estabelecem comunicações com os contadores inteligentes através das frequências de 900 MHz, que hoje costumam ser usados pelas redes de telemóveis.

É através destas comunicações sem fios que os contadores inteligentes ficam em condições de disponibilizar informação sobre consumos e históricos, bem como de criar funcionalidades que poderão ser ativadas sempre que o consumidor considerar que chegou a hora de alterar a potência contratada. O utilizador pode tirar partido desta interatividade a partir do próprio contador, ou através de um qualquer telemóvel ou computador que lhe permitam aceder a um site de Internet específico, que lhe permitirá fornecer dados mais detalhados.

Este primeiro ensaio com contadores inteligentes insere-se num programa mais vasto da EDP. A distribuidora de eletricidade pretende chegar a 2020 com mais de 3,6 milhões de contadores inteligentes instalados (de um total de seis milhões existentes no segmento de consumo de baixa tensão) no País. Hoje, a EDP conta com cerca de um milhão de contadores inteligentes instalados – mas apenas metade desses contadores dispõem de comunicações que permitem saber o consumo de energia e o estado da rede elétrica na hora.

A EDP admite que o recurso às redes móveis está a ser testado com o objetivo de apurar uma potencial alternativa tecnológica ao PLC (Power Line Communication, que permite criar um canal para a transmissão de dados nas redes elétricas). João Torres, administrador da EDP, justificou a aposta na NB-IoT como forma de evitar as «interferências» que impedem o PLC de se tornar uma via de comunicação 100% eficiente para ligar contadores e centrais de dados da EDP. O facto de a PLC implicar o investimento em dispositivos que procedem ao tratamento de dados nos Posto de Transformação de bairro também terá contribuído para reforçar o interesse na NB-IoT.

A NB-IoT é uma norma pertencente à 4,5G (“quarta geração e meia” das redes de telemóveis) que foi especificamente desenhada para comunicar com diferentes classes de dispositivos. Cada antena compatível com a norma pode estabelecer comunicações com mais de 100 mil dispositivos em simultâneo. No ensaio que vai decorrer no Parque das Nações, a Nos vai disponibilizar comunicações nas frequências de 900 MHz, que estão na base da grande expansão da segunda geração de telemóveis durante a década de 1990. A operadora informa ainda que também pode disponibilizar comunicações em 800 MHz, que costumam ser usadas nas redes da quarta geração móvel (4G) para prestar os típicos serviços de IoT.

Manuel Ramalho Eanes, administrador da Nos, está apostado em tirar partido de eventuais vantagens da norma NB-IoT para expandir os serviços da operadora para os diferentes segmentos de comunicações com dispositivos e máquinas. «Estamos a usar uma rede de baixo consumo energético, que permite manter os diferentes equipamentos a operar, mesmo quando há um problema de fornecimento de energia. É uma solução que pode ter uma autonomia energética de vários anos», sublinha o administrador da Nos. Manuel Ramalho Eanes apontou na conferência de imprensa duas outra virtudes da rede NB-IoT: «é melhor a atravessar as paredes (que as outras normas de redes móveis)»; e «permite fazer o deployment sem grandes necessidades de configuração».

A Janz CE enaltece o pioneirismo dos novos contadores inteligentes e facto de serem um produto 100% português – que poderá vir a ser exportado para o estrangeiro depois de comprovarem, durante os primeiros testes, a fiabilidade no que toca à comunicação de dados e à interatividade, como também no combate à fraude. Hoje, a maioria dos consumidores de eletricidade ainda tem de comunicar as leituras aos serviços da operadora e esperar pelo final do mês para saber quanto vai pagar pela eletricidade.

António Papoila, líder da Janz CE, recorda que há uma nova geração de cidades, que necessita de inteligência e comunicações, e tem na mobilidade elétrica (ou nos carros elétricos) um dos principais pilares. A nova geração de contadores inteligentes também tem a perspetiva de encurtar o circuito entre consumidor e fornecedor de energia. «A questão essencial é o tempo que um consumidor leva a ter respostas positivas (do fornecedor de energia)», conclui.

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