Governo em modo “Encosta-te a Mim” para empurrar Pedro Marques

22-05-2019
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A voz de Jorge Palma a gritar nas colunas do restaurante "Moinho de Vento" era um prenúncio. “Tudo o que eu vi, estou a partilhaaaar contigo / o que não vivi, hei-de inventar contigooo...”. Aos poucos, mais ou menos atrasados, os convidados de honra foram chegando. José António Vieira da Silva, João Pedro Matos Fernandes e, claro, António Costa. Na véspera, já tinham estado com o candidato Luís Capoulas dos Santos e Duarte Cordeiro.

Não sendo do Governo, Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta e líder operacional do PS, fez questão de não faltar ao mega-jantar comício de Pedro Marques, em Almeirim. E Mário Centeno que, não estando fisicamente presente, é uma referência constante em todas as intervenções. O Governo em peso para dar força ao candidato e para que se perceba, em definitivo, a mensagem que os socialistas querem levar para esta campanha: o que o PS fez em Portugal, dizem, é possível replicar na Europa; “e dar força ao PS, é dar força a Portugal”, resumiu António Costa.

Não que a presença de mais ou menos ministros se tenha traduzido em particular novidade. Matos Fernandes (o primeiro ministro a discursar formalmente numa iniciativa de Pedro Marques) elogiou a “excelente lista” do PS e as qualidades do primeiro candidato. Ainda provocou Assunção Cristas, de quem, disse, “ninguém se lembra como ministra do Ambiente”, nem sequer “os funcionários” do Ministério, tal o vazio de obra.

tiago miranda

Pedro Marques, que na véspera demorara apenas seis minutos para fazer o discurso mais eficaz de toda a campanha, esta quarta-feira, perante 800 pessoas, demorou mais dez minutos para dizer exatamente o mesmo: “Vamos mobilizar as pessoas para aquilo que é mais importante e não para a política rasteira”, atirou o candidato. Paulo Rangel era novamente referido. Para o socialista, o PSD tem demonstrado “falta de paciência para falar com pessoas” e não faz mais nada a “não ser dizer mal de tudo o que mexe” e “sobrevoar” a dor das pessoas. “É muito mau para ser verdade”, repetiu Marques — já tinha transmitido a mesma mensagem na noite de terça-feira e na tarde de quarta-feira.

Quanto ao resto, Pedro Marques, que repetiu três vezes que a sua campanha “tem corrido bem, muito bem”, centrou o seu discurso na necessidade de uma Europa mais voltada para o combate às alterações climáticas e apontou dois caminhos: maior eficiência energética e uma aposta mais decidida na mobilidade verde. Ideia puxa e ideia e, claro, lá veio a referência óbvia à redução do preço dos passes sociais, “uma das maiores medidas para a descarbonização que algum Governo tomou nos últimos anos”.

António Costa fechou a noite, focando-se essencialmente em três mensagens: votar no PS é dar força ao projeto europeu, é dar força a Portugal e é dar força ao Governo, para que os socialistas continuem a mostrar que é possível “fazer diferente” no plano nacional e no plano europeu.

Para ilustrar, Costa usou a história de uma canção, “composta por um antigo professor de francês” e cantada por uns “meninos” que conhecera num centro para a educação que inaugurou na Chamusca, meses antes. “Não, não vou cantar, porque o meu pai proibiu-me aos 12 anos”, salvaguardou o líder socialista. Reza o hino da Chamusca cantado pelos petizes: “Todos juntos / Juntos somos / O coração do Ribatejo”. Ora, António Costa adaptou a canção e acrescentou-lhe mais duas estrofes:

"Todos juntos, Juntos Somos / O coração do Ribatejo;

"Todos juntos, Juntos Somos / O coração de Portugal;

"Todos juntos / Juntos Somos / O coração da Europa”.

E assim terminou António Costa, dando lugar a outros três protagonistas da noite: o vinho tinto, o caldo verde e o bacalhau à brás.

A voz de Jorge Palma a gritar nas colunas do restaurante "Moinho de Vento" era um prenúncio. “Tudo o que eu vi, estou a partilhaaaar contigo / o que não vivi, hei-de inventar contigooo...”. Aos poucos, mais ou menos atrasados, os convidados de honra foram chegando. José António Vieira da Silva, João Pedro Matos Fernandes e, claro, António Costa. Na véspera, já tinham estado com o candidato Luís Capoulas dos Santos e Duarte Cordeiro.

Não sendo do Governo, Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta e líder operacional do PS, fez questão de não faltar ao mega-jantar comício de Pedro Marques, em Almeirim. E Mário Centeno que, não estando fisicamente presente, é uma referência constante em todas as intervenções. O Governo em peso para dar força ao candidato e para que se perceba, em definitivo, a mensagem que os socialistas querem levar para esta campanha: o que o PS fez em Portugal, dizem, é possível replicar na Europa; “e dar força ao PS, é dar força a Portugal”, resumiu António Costa.

Não que a presença de mais ou menos ministros se tenha traduzido em particular novidade. Matos Fernandes (o primeiro ministro a discursar formalmente numa iniciativa de Pedro Marques) elogiou a “excelente lista” do PS e as qualidades do primeiro candidato. Ainda provocou Assunção Cristas, de quem, disse, “ninguém se lembra como ministra do Ambiente”, nem sequer “os funcionários” do Ministério, tal o vazio de obra.

tiago miranda

Pedro Marques, que na véspera demorara apenas seis minutos para fazer o discurso mais eficaz de toda a campanha, esta quarta-feira, perante 800 pessoas, demorou mais dez minutos para dizer exatamente o mesmo: “Vamos mobilizar as pessoas para aquilo que é mais importante e não para a política rasteira”, atirou o candidato. Paulo Rangel era novamente referido. Para o socialista, o PSD tem demonstrado “falta de paciência para falar com pessoas” e não faz mais nada a “não ser dizer mal de tudo o que mexe” e “sobrevoar” a dor das pessoas. “É muito mau para ser verdade”, repetiu Marques — já tinha transmitido a mesma mensagem na noite de terça-feira e na tarde de quarta-feira.

Quanto ao resto, Pedro Marques, que repetiu três vezes que a sua campanha “tem corrido bem, muito bem”, centrou o seu discurso na necessidade de uma Europa mais voltada para o combate às alterações climáticas e apontou dois caminhos: maior eficiência energética e uma aposta mais decidida na mobilidade verde. Ideia puxa e ideia e, claro, lá veio a referência óbvia à redução do preço dos passes sociais, “uma das maiores medidas para a descarbonização que algum Governo tomou nos últimos anos”.

António Costa fechou a noite, focando-se essencialmente em três mensagens: votar no PS é dar força ao projeto europeu, é dar força a Portugal e é dar força ao Governo, para que os socialistas continuem a mostrar que é possível “fazer diferente” no plano nacional e no plano europeu.

Para ilustrar, Costa usou a história de uma canção, “composta por um antigo professor de francês” e cantada por uns “meninos” que conhecera num centro para a educação que inaugurou na Chamusca, meses antes. “Não, não vou cantar, porque o meu pai proibiu-me aos 12 anos”, salvaguardou o líder socialista. Reza o hino da Chamusca cantado pelos petizes: “Todos juntos / Juntos somos / O coração do Ribatejo”. Ora, António Costa adaptou a canção e acrescentou-lhe mais duas estrofes:

"Todos juntos, Juntos Somos / O coração do Ribatejo;

"Todos juntos, Juntos Somos / O coração de Portugal;

"Todos juntos / Juntos Somos / O coração da Europa”.

E assim terminou António Costa, dando lugar a outros três protagonistas da noite: o vinho tinto, o caldo verde e o bacalhau à brás.

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