Funcionário do PS suspeito de desviar 20 mil euros do Parlamento Europeu

28-11-2018
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O assessor da Delegação Portuguesa do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas & Democratas - o grupo do Parlamento Europeu em que se insere o Partido Socialista - está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa por alegadamente ter desviado fundos comunitários, avança o jornal Observador.

EPA

Segundo apurou aquele jornal, Pedro Alves Pereira terá desviado, pelo menos, cerca de 20 mil euros em dinheiro vivo em processos relacionados com visitas realizadas ao Parlamento Europeu por 378 eleitores nacionais entre 2014 e 2015. O assessor estava encarregue de fazer convites, comprar bilhetes de avião, reservar hotéis e restaurantes e tratar da burocracia e dos subsídios pagos em dinheiro vivo pelo PE aos convidados dos eurodeputados.

O assessor terá falsificado documentos originais do Parlamento, do Grupo S&D e da agência de viagens que trabalha com o PS em Bruxelas. Segundo o Observador, Alves Pereira preenchia com os valores correctos o formulário do PE que confirmava o custo total do subsídio atribuído e, alegadamente, falsificava a cópia que tinha de depositar na delegação portuguesa e enviar para o Socialistas & Democratas.

Ou seja, Alves Pereira terá beneficiado da pouca fiscalização que existe entre o Parlamento Europeu e os grupos parlamentares na atribuição e pagamento dos subsídios aos mesmos, apresentando contas falsas ao S&D, afirmando que o Parlamento Europeu teria atribuído um subsídio menor do que aquele que verdadeiramente atribuíra. A diferença que era depois paga pelo grupo parlamentar? Era embolsada por Alves Pereira.

Terá também falsificado as contas dos custos de viagens de avião e custos de alojamento, nos e-mails que enviava. Nos registos do que cada pessoa pagava pela viagem e hotel, Alves Pereira aumentava o valor, recebendo mais do que o devido.

Alves Pereira é ainda suspeito de ter falsificado assinaturas de três eurodeputados socialistas: Ana Gomes, Liliana Rodrigues e Ricardo Serrão Santos, segundo a documentação a que o Observador teve acesso.

Confrontada com estas questões pelo jornal digital, a delegação portuguesa decidiu abrir uma auditoria aos gastos realizados pelo funcionário, tendo Alves Pereira sido suspenso de funções que lidassem directamente com operações financeiras até à conclusão da dita auditoria interna.

Apesar das suspeitas, não foram ainda constituídos arguidos, confirmou o Conselho Superior da Magistratura em declarações àquele jornal.

Alves Pereira trabalha com o Partido Socialista desde 1999, quando Mário Soares foi o cabeça de lista do partido às europeias.

O método simples de falsificação

Esta falsificação, segundo aquilo que apurou o Observador não era difícil. O assessor do Partido Socialista preenchia a folha do subsídio do Parlamento Europeu, escrevendo no seu computador outros valores numéricos que depois imprimia numa folha A4. Recortava depois a parte que havia alterado e colava-o em cima dos espaços respectivos da cópia oficial.

No final da montagem, Alves Pereira tirava uma nova fotocópia, reduzindo o contraste da fotocopiadora para que não se notasse a operação feita.

O assessor da Delegação Portuguesa do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas & Democratas - o grupo do Parlamento Europeu em que se insere o Partido Socialista - está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa por alegadamente ter desviado fundos comunitários, avança o jornal Observador.

EPA

Segundo apurou aquele jornal, Pedro Alves Pereira terá desviado, pelo menos, cerca de 20 mil euros em dinheiro vivo em processos relacionados com visitas realizadas ao Parlamento Europeu por 378 eleitores nacionais entre 2014 e 2015. O assessor estava encarregue de fazer convites, comprar bilhetes de avião, reservar hotéis e restaurantes e tratar da burocracia e dos subsídios pagos em dinheiro vivo pelo PE aos convidados dos eurodeputados.

O assessor terá falsificado documentos originais do Parlamento, do Grupo S&D e da agência de viagens que trabalha com o PS em Bruxelas. Segundo o Observador, Alves Pereira preenchia com os valores correctos o formulário do PE que confirmava o custo total do subsídio atribuído e, alegadamente, falsificava a cópia que tinha de depositar na delegação portuguesa e enviar para o Socialistas & Democratas.

Ou seja, Alves Pereira terá beneficiado da pouca fiscalização que existe entre o Parlamento Europeu e os grupos parlamentares na atribuição e pagamento dos subsídios aos mesmos, apresentando contas falsas ao S&D, afirmando que o Parlamento Europeu teria atribuído um subsídio menor do que aquele que verdadeiramente atribuíra. A diferença que era depois paga pelo grupo parlamentar? Era embolsada por Alves Pereira.

Terá também falsificado as contas dos custos de viagens de avião e custos de alojamento, nos e-mails que enviava. Nos registos do que cada pessoa pagava pela viagem e hotel, Alves Pereira aumentava o valor, recebendo mais do que o devido.

Alves Pereira é ainda suspeito de ter falsificado assinaturas de três eurodeputados socialistas: Ana Gomes, Liliana Rodrigues e Ricardo Serrão Santos, segundo a documentação a que o Observador teve acesso.

Confrontada com estas questões pelo jornal digital, a delegação portuguesa decidiu abrir uma auditoria aos gastos realizados pelo funcionário, tendo Alves Pereira sido suspenso de funções que lidassem directamente com operações financeiras até à conclusão da dita auditoria interna.

Apesar das suspeitas, não foram ainda constituídos arguidos, confirmou o Conselho Superior da Magistratura em declarações àquele jornal.

Alves Pereira trabalha com o Partido Socialista desde 1999, quando Mário Soares foi o cabeça de lista do partido às europeias.

O método simples de falsificação

Esta falsificação, segundo aquilo que apurou o Observador não era difícil. O assessor do Partido Socialista preenchia a folha do subsídio do Parlamento Europeu, escrevendo no seu computador outros valores numéricos que depois imprimia numa folha A4. Recortava depois a parte que havia alterado e colava-o em cima dos espaços respectivos da cópia oficial.

No final da montagem, Alves Pereira tirava uma nova fotocópia, reduzindo o contraste da fotocopiadora para que não se notasse a operação feita.

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